domingo, setembro 30, 2007
FOTOGRAFIAS DA MADEIRA ANTIGAS
(Lisboa) Imaginam como era a Avenida Arriaga antigamente na parte junto à Rotunda do Infante e aos edifícios do Marina Shopping? Podem ver aqui.
BLOGS MADEIRA
(Lisboa) Descobri mais uma embaixada da Ilha da Madeira na Internet sobre a forma de blog. Madeira Gentes e Lugares nasceu em 2007. Estes lugares são tesouros sobre a forma de bits. Escondidos na rede, por vezes temos a sorte de nos cruzarmos com eles descobrindo mais sobre a Madeira, tendo acesso a uma visão única e fora do formato mediático tradicional. Vou juntar à minha lista de blogs madeirenses. A nossa blogosfera está a crescer!
GUIA TURÍSTICO DA MADEIRA EM RUSSO
(Lisboa) Descobri essa notícia aqui. Tentando saber quem escreveu este artigo vejo que o mesmo foi escrito por José Milhazes. Será o conhecido jornalista da TSF, correspondente na Rússia?
A DESGRAÇA NO PSD
(Lisboa) Mário Soares disse a quem quisesse ouvir que o que se passou no PSD foi uma desgraça e que a mesma desgraça poderia acontecer no PS. Foi isso que ouvimos o ex Presidente da República dizer na TSF. Nunca se ouviu da boca dele que a eleição de Luís Filipe Menezes tinha sido uma desgraça. Não passou na TSF essa declaração.
Na rua dos netos deve estar um clima um pouco tenso já que o candidato apoiado não foi eleito.
Na rua dos netos deve estar um clima um pouco tenso já que o candidato apoiado não foi eleito.
sábado, setembro 29, 2007
AEROPORTO DA MADEIRA, UMA PORTA PARA O MUNDO
sexta-feira, setembro 28, 2007
FICHAS DA IRLANDA - 073 (GREYSTONES E O MADEIRA CAKE)
(Lisboa) A imagem em cima é de Greystones, uma povoação a sul de Dublin, no fim da linha de Dart.
Estava a ler o blog de um meu conterrâneo e descobri que o espanto sobre o Madeira Cake não foi apenas um exclusivo meu. O Madeira Cake é um bolo aparentemente vulgaríssimo, um daqueles bolos de supermercado, parecido com um aqueles bolos chamados madalenas. Muitas vezes vi este bolo assim chamado no Tesco e no Lidl na Irlanda. Não sabia a razão do seu nome nem nunca me tinha dado ao trabalho de procurar no Google informação sobre isso mas de facto achava curioso que o bolo tivesse o nome da Ilha onde nasci e vivi a maior parte da minha vida.
Estava a ler o blog de um meu conterrâneo e descobri que o espanto sobre o Madeira Cake não foi apenas um exclusivo meu. O Madeira Cake é um bolo aparentemente vulgaríssimo, um daqueles bolos de supermercado, parecido com um aqueles bolos chamados madalenas. Muitas vezes vi este bolo assim chamado no Tesco e no Lidl na Irlanda. Não sabia a razão do seu nome nem nunca me tinha dado ao trabalho de procurar no Google informação sobre isso mas de facto achava curioso que o bolo tivesse o nome da Ilha onde nasci e vivi a maior parte da minha vida.
O VAZIO DA INFORMAÇÃO
(Lisboa) Para quem não viu aqui fica o vídeo. Num país adormecido, reacções destas são raras, ainda mais no mundo fantasioso, aborrecido e de entretenimento em que se transformou a informação televisiva em Portugal.
quarta-feira, setembro 26, 2007
CARTAS DOS LEITORES XIII
Antes de mais, os meus parabéns pelo belo blog que o Ricardo tem. No seguimento do tema dos Blogs da Madeira, venho fazer publicidade do novo blog madeirense inteiramente dedicado ao cinema que passa na Região. O link é o:
www.cinema-madeira.blogspot.com
Obrigado pela atenção.
Luis Miguel Rosa
Obrigado a todos os meus leitores. Este blog já se encontrava listado por mim na barra aqui do lado direito.
www.cinema-madeira.blogspot.com
Obrigado pela atenção.
Luis Miguel Rosa
Obrigado a todos os meus leitores. Este blog já se encontrava listado por mim na barra aqui do lado direito.
terça-feira, setembro 25, 2007
Transat 6.50
(Lisboa) Parabéns a Isabelle Joschke por ter ganho a primeira etapa da regata Transat 6.50. Para saberem o percurso cliquem aqui.
domingo, setembro 23, 2007
NAVEGAR À VELA
(Lisboa) Tive ontem o meu baptismo de vela. Um passeio muito agradável ao longo da margem do rio Tejo. Devem existir muitas empresas que fazem esses passeios mas aquela em que fui foi a West Coast Sailing. Como é óbvio não me deram um barco para a mão. O nome do profissional que nos acompanhou era Victor. Muito simpático e confiante sempre ao longo de toda a viagem que deve ter levado umas duas horas e meia a três horas de duração. O Victor demonstrou uma capacidade e paciência para ensinar muito elevada.
Deixou os passageiros participarem no controlo do barco. Sempre quando se faziam manobras explicava tudo quanto se estava a passar e deixou-me ao leme da embarcação. Garanto-vos que com as rajadas de vento e sendo muito ignorante nesta matéria pensei que o barco se ia voltar ao contrário em pleno rio. O barco que tive o prazer de pilotar tem 1200 kg e tem 600 desses quilos como lastro, um torpedo no fim do calado com 1,60m. Segundo o mesmo Victor para o barco voltar teria de dar um rajadão de vento e o rio estar muito alterado. Esta última informação acalmou-me muito já que não é fácil manter a calma quando o barco inclina bastante. Pois é, caro leitor, a ignorância cega e cria medos. A informação e a alfabetização apagam esses medos.
Não sou ninguém para ensinar vela mas fiquei a saber que para montar e retirar a vela é preciso apontar o barco para o foco do vento. Fiquei também a saber que o vento embora imprevisível não é maluco, ou seja, não vem vento de sudeste e no segundo seguinte de noroeste (o sentido inverso). O vento roda, ou seja, se vem de norte não pode mudar subitamente para sul. Roda lentamente até mudar a sua direcção. O que muda imprevisivelmente é a sua intensidade e não a sua direcção.
A minha curiosidade não foi totalmente satisfeita, mas é impraticável fazer todas as perguntas que nos dá vontade de fazer em apenas duas horas e meia. Não sou grande navegador já que enjoo muito facilmente mas ontem não senti quase nada, acho que era por ir aos comandos, isso ocupou-me a cabeça.
O site da West Coast Sailing tem disponível para download alguns documentos explicativos de alguns conceitos náuticos importantes.
O barco da imagem primeira não foi o que usei na viagem descrita. Na imagem está um barco na Baía D'Abra, no Caniçal, na Ilha da Madeira.
Deixou os passageiros participarem no controlo do barco. Sempre quando se faziam manobras explicava tudo quanto se estava a passar e deixou-me ao leme da embarcação. Garanto-vos que com as rajadas de vento e sendo muito ignorante nesta matéria pensei que o barco se ia voltar ao contrário em pleno rio. O barco que tive o prazer de pilotar tem 1200 kg e tem 600 desses quilos como lastro, um torpedo no fim do calado com 1,60m. Segundo o mesmo Victor para o barco voltar teria de dar um rajadão de vento e o rio estar muito alterado. Esta última informação acalmou-me muito já que não é fácil manter a calma quando o barco inclina bastante. Pois é, caro leitor, a ignorância cega e cria medos. A informação e a alfabetização apagam esses medos.
Não sou ninguém para ensinar vela mas fiquei a saber que para montar e retirar a vela é preciso apontar o barco para o foco do vento. Fiquei também a saber que o vento embora imprevisível não é maluco, ou seja, não vem vento de sudeste e no segundo seguinte de noroeste (o sentido inverso). O vento roda, ou seja, se vem de norte não pode mudar subitamente para sul. Roda lentamente até mudar a sua direcção. O que muda imprevisivelmente é a sua intensidade e não a sua direcção.
A minha curiosidade não foi totalmente satisfeita, mas é impraticável fazer todas as perguntas que nos dá vontade de fazer em apenas duas horas e meia. Não sou grande navegador já que enjoo muito facilmente mas ontem não senti quase nada, acho que era por ir aos comandos, isso ocupou-me a cabeça.
O site da West Coast Sailing tem disponível para download alguns documentos explicativos de alguns conceitos náuticos importantes.
O barco da imagem primeira não foi o que usei na viagem descrita. Na imagem está um barco na Baía D'Abra, no Caniçal, na Ilha da Madeira.
sábado, setembro 22, 2007
AINDA OS DELFINS
(Lisboa) Ainda eu percorria os corredores da Francisco Franco e já se falava nos delfins. Para quem não está dentro da história e não está a perceber nada do que digo eu passo a apresentar, em poucas palavras, quem são os delfins. A história apareceu com a possibilidade eterna de o Presidente do Governo Regional se reformar. Essa ideia de delfim deu já muitas capas de jornais regionais, com listas de nomes e respectivas fotografias tipo passe nas primeiras folhas dos diários locais.
A Madeira mais parece um reino monárquico em que o seu rei todo o poderoso escolhe e prepara quem o vai suceder ficando apenas ao povo o papel de confirmar a sua escolha. Girando todo este círculo à volta das mesmas pessoas e do mesmo partido, há décadas, é perfeitamente natural que à oposição não fique reservada mais do que alguns votos residuais. O povo vota em quem vê. Se o povo não vê mais do que as pessoas ligadas ao poder laranja o povo só pode votar laranja e não tenham dúvidas disso. Há por aí quem diga que a Madeira é um caso ímpar de uma pessoa há muito tempo no poder mas a verdade é bem mais simples: existe um poder que chama até si toda a atenção dos media, todo o foco da informação. É o Governo Regional que faz, que constrói, que toma a decisão, que emprega. O Governo Regional é o motor da economia madeirense.
Desde sempre se ouviu, vindo de dentro e fora da Madeira, suspeições disto ou daquilo mas nunca essas suspeições, ou perdoem-me os leitores identificados com o poder laranja, essas acusações sem prova irem mais além do que uma simples reacção mais acalorada e alcoolicamente estimulada no Chão da Lagoa ou no parlamento madeirense. Mas desta vez e tendo ambos os lados forças iguais ou parecidas as notícias de irregularidades na Câmara do Funchal parecem ter alcançado um nível interessante. Quero com isto dizer o que ultimamente tenho escrito e dito de que a alternativa vai, muito provavelmente, surgir dentro do próprio PSD-M quando nele se formar a oposição que não consegue viver fora de portas. Estando o PSD-M habituado a ganhar a tudo e a todos por goleada não vai ser fácil a quem perder (e alguém vai ter de perder pois não poderão ser todos presidentes do governo regional, ou deputados regionais, ou directores de alguma coisa) digerir tamanha humilhação. Estes meninos não estão habituados a derrotas e talvez se tornem perigosos quando a coisa não correr bem para o lado deles.
Nem sei se ria, chore, fique chocado ou deprimido com a notícia do Semanário Expresso de hoje, no caderno principal, na página 8. Para muitos serão apenas trocos as verbas envolvidas. Podem até ser trocos, pode até nem dar para os beneficiados enriquecerem mas há aqui, nesta notícia, se for verdadeira, várias questões éticas e de carácter de quem as pratica que merecem reflexão no mínimo e uma punição severa no máximo. Pagar contas alheias? Câmara sem tesoureiro? Praça do Euro anulada? Subsídios à vela? Bombeiro ilegal? Senhas pagas sem actas? Jazz de luxo? Contratos com o filho? Do sabão às calças? Pagar ao prefeito? Que é isto tudo.
Costumo ler muitos blogues. De entre aqueles que têm na Madeira um foco não encontro muita gente preocupada com toda esta situação. Será que acham normal? Mesmo aqueles que do círculo partidário regional ou do círculo de poder regional passam por cima deste assunto com uma leviandade grosseira. No fundo todos eles são um pequeno grupo de gajos porreiros que conhecem os visados em todas estas situações e que por isso não se atrevem a entrar por um caminho de crítica que os poderia atirar para exclusão.
A Madeira mais parece um reino monárquico em que o seu rei todo o poderoso escolhe e prepara quem o vai suceder ficando apenas ao povo o papel de confirmar a sua escolha. Girando todo este círculo à volta das mesmas pessoas e do mesmo partido, há décadas, é perfeitamente natural que à oposição não fique reservada mais do que alguns votos residuais. O povo vota em quem vê. Se o povo não vê mais do que as pessoas ligadas ao poder laranja o povo só pode votar laranja e não tenham dúvidas disso. Há por aí quem diga que a Madeira é um caso ímpar de uma pessoa há muito tempo no poder mas a verdade é bem mais simples: existe um poder que chama até si toda a atenção dos media, todo o foco da informação. É o Governo Regional que faz, que constrói, que toma a decisão, que emprega. O Governo Regional é o motor da economia madeirense.
Desde sempre se ouviu, vindo de dentro e fora da Madeira, suspeições disto ou daquilo mas nunca essas suspeições, ou perdoem-me os leitores identificados com o poder laranja, essas acusações sem prova irem mais além do que uma simples reacção mais acalorada e alcoolicamente estimulada no Chão da Lagoa ou no parlamento madeirense. Mas desta vez e tendo ambos os lados forças iguais ou parecidas as notícias de irregularidades na Câmara do Funchal parecem ter alcançado um nível interessante. Quero com isto dizer o que ultimamente tenho escrito e dito de que a alternativa vai, muito provavelmente, surgir dentro do próprio PSD-M quando nele se formar a oposição que não consegue viver fora de portas. Estando o PSD-M habituado a ganhar a tudo e a todos por goleada não vai ser fácil a quem perder (e alguém vai ter de perder pois não poderão ser todos presidentes do governo regional, ou deputados regionais, ou directores de alguma coisa) digerir tamanha humilhação. Estes meninos não estão habituados a derrotas e talvez se tornem perigosos quando a coisa não correr bem para o lado deles.
Nem sei se ria, chore, fique chocado ou deprimido com a notícia do Semanário Expresso de hoje, no caderno principal, na página 8. Para muitos serão apenas trocos as verbas envolvidas. Podem até ser trocos, pode até nem dar para os beneficiados enriquecerem mas há aqui, nesta notícia, se for verdadeira, várias questões éticas e de carácter de quem as pratica que merecem reflexão no mínimo e uma punição severa no máximo. Pagar contas alheias? Câmara sem tesoureiro? Praça do Euro anulada? Subsídios à vela? Bombeiro ilegal? Senhas pagas sem actas? Jazz de luxo? Contratos com o filho? Do sabão às calças? Pagar ao prefeito? Que é isto tudo.
Costumo ler muitos blogues. De entre aqueles que têm na Madeira um foco não encontro muita gente preocupada com toda esta situação. Será que acham normal? Mesmo aqueles que do círculo partidário regional ou do círculo de poder regional passam por cima deste assunto com uma leviandade grosseira. No fundo todos eles são um pequeno grupo de gajos porreiros que conhecem os visados em todas estas situações e que por isso não se atrevem a entrar por um caminho de crítica que os poderia atirar para exclusão.
PORTO SANTO
(Lisboa) Trabalhar em Lisboa em Julho e Agosto é bom. Não há trânsito, não há confusão. As pessoas foram todas para os mesmos sítios, fazer as mesmas coisas à mesma hora mas não aqui. Foram para as Caraíbas, para o Nordeste Brasileiro, foram para Cuba ou em rebanho para o Algarve. Voltam tão ou mais cansadas do que foram por que não descansam, estão sempre preocupadas com o que têm ou fica bem fazer. Voltam todas juntas como foram todas juntas.
As ilhas podem ser isoladas e de difícil acesso mas quem disse que o isolamento e o difícil acesso não pode ser bom também? É tudo uma questão de ponto de vista. Ficam as saudades da tranquilidade.
As ilhas podem ser isoladas e de difícil acesso mas quem disse que o isolamento e o difícil acesso não pode ser bom também? É tudo uma questão de ponto de vista. Ficam as saudades da tranquilidade.
sábado, setembro 15, 2007
TRANSPORTES NA MADEIRA II
(Lisboa) Ainda sobre os transportes na Madeira deixo-vos um vídeo em que são apresentados alguns segundos da descida do Monte em carrinhos de vime.
TRANSPORTES NA MADEIRA
(Lisboa) Voltei a enriquecer a a lista de sítios de História da Madeira. Em formato de blog talvez por ser prático este interessante site dedica-se aos Transportes na Madeira. É neste blog que, através de um documentário da RTP, descobri que o Caminho dos Pretos foi construído por dezenas de seres humanos de pele escura. Descobri que a Estrada Monumental foi uma importante e difícil obra. Os transportes na Madeira têm vida complexa devido à orografia da Ilha.
BLOG DA BIBLIOTECA MUNICIPAL DO FUNCHAL
(Lisboa) O Blog da Biblioteca Municipal do Funchal foi retirado da categoria Blogs Madeira. Agora está na categoria História da Madeira.
Criado em Outubro de 2006 este blog é um tesouro na blogosfera.
Como muitos dos leitores sabem o Funchal vai fazer 500 anos no próximo ano. Quase tantos como a idade em que o Brasil foi descoberto. É uma cidade muito antiga mas também uma cidade que mudou muito ao longo dos últimos séculos. Integrado neste acontecimento estão a ser colocados mais acessíveis muitos materiais históricos.
Neste blog pode-se ver como era o Funchal em 1901, a zona do cais da cidade chamada de Entrada da Cidade para além de ter acesso a muitos outros documentos históricos. Conhecer a nossa história é muito importante porque ajuda-nos a nos conhecermos a nós próprios.
Criado em Outubro de 2006 este blog é um tesouro na blogosfera.
Como muitos dos leitores sabem o Funchal vai fazer 500 anos no próximo ano. Quase tantos como a idade em que o Brasil foi descoberto. É uma cidade muito antiga mas também uma cidade que mudou muito ao longo dos últimos séculos. Integrado neste acontecimento estão a ser colocados mais acessíveis muitos materiais históricos.
Neste blog pode-se ver como era o Funchal em 1901, a zona do cais da cidade chamada de Entrada da Cidade para além de ter acesso a muitos outros documentos históricos. Conhecer a nossa história é muito importante porque ajuda-nos a nos conhecermos a nós próprios.
sexta-feira, setembro 14, 2007
SE EU FOSSE O PRESIDENTE DO GOVERNO REGIONAL
(Lisboa) O autor do blog Madeira minha vida, Madeira meu país! lançou um desafio. Um desafio que não deveria ser dirigido só aos bloggers Madeira mas a todos os madeirenses ou todos aqueles que vivam na Madeira por razões profissionais ou outras.
O desafio é o seguinte, imaginem que são presidentes do Governo Regional da Madeira. Chegou a hora. Muita gente se queixa mas chegou a hora do povo deixar a democracia dos cafés e passar à prática. Nesse desafio são apresentadas muitas perguntas em formato de entrevista.
O que faria?
O tempo passa e eu muitas vezes pergunto-me por que certas zonas do globo são abençoadas pelo desenvolvimento e pela prosperidade e outras não. Será pela latitude? Será uma característica genética de cada povo? O que será? Todos os países desenvolvidos ou mais desenvolvidos que o nosso têm boas escolas e universidades. Não há volta a dar. A Irlanda desenvolveu-se por que apostou na educação. Apostou nas pessoas, na sua formação. Os Estados Unidos, o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Suécia e outros têm boas escolas, têm boas faculdades, sabem passar o conhecimento. Grandes empresas mundiais nasceram nos berços de universidades e aprenderam a andar no meio académico antes de se fazerem à vida. É por aí que passa o desenvolvimento.
Nestes últimos anos, nestas últimas décadas, muita coisa mudou na Madeira. O desenvolvimento deu-se mas muito à custa da construção civil. Muitos dos que se desenvolveram foram os construtores civis que ganharam fortunas com todo o investimento feito. A cultura do cimento e do alcatrão é fantástica mas não permite que muitos sejam prósperos, só alguns: os que constroem em cimento e em alcatrão. O leitor provavelmente sabe de obras que foram feitas e que pouco ou nada servem: estão vazias ou são meras desculpas para se poupar cinco minutos aqui ou sete minutos mais ali à frente nos passeios de Sábado e Domingo. Na escola é que está a nossa riqueza futura, não é no alcatrão.
O que mudava?
Esta pergunta confunde-se com a primeira e acho que vou indicar a leitura da minha resposta em cima. Quero acrescentar só que se acabavam as tolerâncias de ponto.
O que mantinha?
Há uma coisa boa no poder laranja: a vontade de desenvolver a Madeira. Isso mantinha.
O que é que não tinha feito em 30 anos?
Eu não teria ficado no poder 30 anos. Acho isso uma aberração da democracia. Ficar na presidência durante 30 anos é uma aberração. Toda a gente sabe da maior facilidade em se ser reeleito do que ser eleito pela primeira vez. O acto de exercer o poder é uma espécie de campanha durante o tempo do mandato. Os eleitores habituam-se a ver a pessoa, acabam por conhecer a personagem, acabam por sentir uma certa familiaridade com o eleito. Por isso sempre defendi o limite de mandatos. O poder corrompe. O poder cria vícios. Sempre escrevi que estes cargos públicos são cargos de contribuição. Uma pessoa tem uma profissão, interrompe essa actividade para desempenhar o cargo público e depois volta para a sua vida. Não faz sentido fazer carreira como Presidente do Governo. A certa altura todo o círculo eleito está instalado, está profissionalizado e acabam por ser sempre as mesmas pessoas a fazer tudo. Isso é péssimo por que corta criatividade e não origina novas ligações e novas ideias.
O que é que tinha feito em 30 anos?
30 anos dá para fazer muita coisa. Ficar 30 anos na Presidência do Governo da Madeira é estar agarrado ao poder. É viver para o poder e não pensar em mais nada que em se manter lá. A certa altura só se pensa na manutenção. Não há criatividade, não há risco, não há ideias novas, só mais do mesmo.
O desafio é o seguinte, imaginem que são presidentes do Governo Regional da Madeira. Chegou a hora. Muita gente se queixa mas chegou a hora do povo deixar a democracia dos cafés e passar à prática. Nesse desafio são apresentadas muitas perguntas em formato de entrevista.
O que faria?
O tempo passa e eu muitas vezes pergunto-me por que certas zonas do globo são abençoadas pelo desenvolvimento e pela prosperidade e outras não. Será pela latitude? Será uma característica genética de cada povo? O que será? Todos os países desenvolvidos ou mais desenvolvidos que o nosso têm boas escolas e universidades. Não há volta a dar. A Irlanda desenvolveu-se por que apostou na educação. Apostou nas pessoas, na sua formação. Os Estados Unidos, o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Suécia e outros têm boas escolas, têm boas faculdades, sabem passar o conhecimento. Grandes empresas mundiais nasceram nos berços de universidades e aprenderam a andar no meio académico antes de se fazerem à vida. É por aí que passa o desenvolvimento.
Nestes últimos anos, nestas últimas décadas, muita coisa mudou na Madeira. O desenvolvimento deu-se mas muito à custa da construção civil. Muitos dos que se desenvolveram foram os construtores civis que ganharam fortunas com todo o investimento feito. A cultura do cimento e do alcatrão é fantástica mas não permite que muitos sejam prósperos, só alguns: os que constroem em cimento e em alcatrão. O leitor provavelmente sabe de obras que foram feitas e que pouco ou nada servem: estão vazias ou são meras desculpas para se poupar cinco minutos aqui ou sete minutos mais ali à frente nos passeios de Sábado e Domingo. Na escola é que está a nossa riqueza futura, não é no alcatrão.
O que mudava?
Esta pergunta confunde-se com a primeira e acho que vou indicar a leitura da minha resposta em cima. Quero acrescentar só que se acabavam as tolerâncias de ponto.
O que mantinha?
Há uma coisa boa no poder laranja: a vontade de desenvolver a Madeira. Isso mantinha.
O que é que não tinha feito em 30 anos?
Eu não teria ficado no poder 30 anos. Acho isso uma aberração da democracia. Ficar na presidência durante 30 anos é uma aberração. Toda a gente sabe da maior facilidade em se ser reeleito do que ser eleito pela primeira vez. O acto de exercer o poder é uma espécie de campanha durante o tempo do mandato. Os eleitores habituam-se a ver a pessoa, acabam por conhecer a personagem, acabam por sentir uma certa familiaridade com o eleito. Por isso sempre defendi o limite de mandatos. O poder corrompe. O poder cria vícios. Sempre escrevi que estes cargos públicos são cargos de contribuição. Uma pessoa tem uma profissão, interrompe essa actividade para desempenhar o cargo público e depois volta para a sua vida. Não faz sentido fazer carreira como Presidente do Governo. A certa altura todo o círculo eleito está instalado, está profissionalizado e acabam por ser sempre as mesmas pessoas a fazer tudo. Isso é péssimo por que corta criatividade e não origina novas ligações e novas ideias.
O que é que tinha feito em 30 anos?
30 anos dá para fazer muita coisa. Ficar 30 anos na Presidência do Governo da Madeira é estar agarrado ao poder. É viver para o poder e não pensar em mais nada que em se manter lá. A certa altura só se pensa na manutenção. Não há criatividade, não há risco, não há ideias novas, só mais do mesmo.
quinta-feira, setembro 13, 2007
CAMARADAGEM
(Lisboa) Neste vídeo que vos apresento hoje Natalie Gilbert canta o Hino Nacional dos Estados Unidos da América quando, perante 20.000 pessoas, esquece-se da letra. Maurice Cheeks, treinador, vai até junto da pequena cantora de apenas 13 anos e ajuda-a a terminar o que tinha começado mas não tinha sido capaz de continuar.
Quando alguém vacila, quando alguém cai, quando alguém erra, nesta sociedade cheia de gente errada, muita gente ignorante e estupidamente arrogante, muitos são aqueles que apontam o dedo, acusam e riem. Infelizmente há muita gente assim, negativa. Eu acredito que esses são sintomas de atraso e subdesenvolvimento mas podemos mudar, caso queiramos.
Um caso bem fresco é o caso Scolari. Não sei porquê mas as agressões verbais são muito toleradas em contraposição às agressões físicas. Scolari poderá ter sido agredido de outra forma que não a física e respondeu impulsivamente. Num jogo em que há um fora de jogo que resulta num golo ilegal, num árbitro que nem respeita o tempo de compensação, há um jogador sérvio que é expulso e alguém tem de ser eleito o mau. O eleito foi o Sr. Scolari. Foi ridículo ver o presidente da Federação Sérvia de Futebol a falar na RTP1. Ainda mais ridículo foi o provocador jogador sérvio a fazer-se de vítima e o topo da estupidez foi o treinador espanhol da Selecção da Sérvia a dar lições de moral e de fair play. Se o seleccionador do país vizinho olhasse para as atitudes dos seus jogadores primeiro. Ridículo mas vende e como vende! Por isso é frequente a provocação, por que o provocador sabe que vai sair impune e se conseguir que o provocado ceda, ele só tem a ganhar. O provocador é sempre absolvido, sempre.
Agora nada presta, somos muito maus outra vez e não sabemos fazer nada. Até à próxima vitória, aí seremos fantásticos outra vez. Andamos em constante oscilação: entre a perfeição e incompetência total.
Quando alguém vacila, quando alguém cai, quando alguém erra, nesta sociedade cheia de gente errada, muita gente ignorante e estupidamente arrogante, muitos são aqueles que apontam o dedo, acusam e riem. Infelizmente há muita gente assim, negativa. Eu acredito que esses são sintomas de atraso e subdesenvolvimento mas podemos mudar, caso queiramos.
Um caso bem fresco é o caso Scolari. Não sei porquê mas as agressões verbais são muito toleradas em contraposição às agressões físicas. Scolari poderá ter sido agredido de outra forma que não a física e respondeu impulsivamente. Num jogo em que há um fora de jogo que resulta num golo ilegal, num árbitro que nem respeita o tempo de compensação, há um jogador sérvio que é expulso e alguém tem de ser eleito o mau. O eleito foi o Sr. Scolari. Foi ridículo ver o presidente da Federação Sérvia de Futebol a falar na RTP1. Ainda mais ridículo foi o provocador jogador sérvio a fazer-se de vítima e o topo da estupidez foi o treinador espanhol da Selecção da Sérvia a dar lições de moral e de fair play. Se o seleccionador do país vizinho olhasse para as atitudes dos seus jogadores primeiro. Ridículo mas vende e como vende! Por isso é frequente a provocação, por que o provocador sabe que vai sair impune e se conseguir que o provocado ceda, ele só tem a ganhar. O provocador é sempre absolvido, sempre.
Agora nada presta, somos muito maus outra vez e não sabemos fazer nada. Até à próxima vitória, aí seremos fantásticos outra vez. Andamos em constante oscilação: entre a perfeição e incompetência total.
segunda-feira, setembro 10, 2007
CABO DA ROCA
(Lisboa) Não sabia que poderia ficar à frente de um farol e poder olhar directamente para a fonte de luz. Foi o que aconteceu no Farol do Cabo da Roca, graças ao programa Ciência Viva que nos mostra muitos locais inacessíveis ao comum dos mortais, ou seja a todos nós, porque mesmo que trabalhemos no Farol do Cabo da Roca de certeza que não acumulamos com a profissão de jornalista ou funcionário da RTP ou somos ao mesmo tempo trabalhador nas instalações da PT em Sesimbra. Fiquei a saber que os farois têm de ter uma assinatura para o marinheiro saber que está a ver aquele farol e não o farol uns quilómetros mais acima ou mais abaixo.
Nestas coisas há sempre quem não se saiba comportar. Levam crianças pequenas achando que isto é um infantário e deixam as crianças entregues a elas próprias. Há quem comece a falar no meio das explicações. É assim o nosso mundo. Vale a pena ir e é preciso dizer um muito obrigado a todos aqueles que nos apresentam as actividades.
Nestas coisas há sempre quem não se saiba comportar. Levam crianças pequenas achando que isto é um infantário e deixam as crianças entregues a elas próprias. Há quem comece a falar no meio das explicações. É assim o nosso mundo. Vale a pena ir e é preciso dizer um muito obrigado a todos aqueles que nos apresentam as actividades.
sábado, setembro 08, 2007
ESTUDOS SOBRE BLOGS MADEIRA
(Lisboa) Quantos são os blogs da Madeira? No entanto, a primeira pergunta, deveria ser, como definir um blog da madeira? Terá o seu autor de ser madeirense? Terá de ser escrito na Madeira? Terá de ser sobre a Madeira? Para incluir um blog na categoria de Blogs Madeira adoptei a seguinte estratégia:
1. Olhar para os elementos do sítio como o URL, título e sub-título (se houver);
2. Olhar para o perfil do seu autor;
3. Olhar para o conteúdo do blog.
Depois, tomo a decisão se aquele blog adequa-se na categoria de Blog Madeira. É uma abordagem muito subjectiva e dada a falsas interpretações mas foi a abordagem que escolhi.
Torna-se muito complicado saber quantos Blogs Madeira existem. Não sei se tenho grande parte ou pequena parte deles apontada na minha secção a eles dedicada. Não tenho maneira de o saber. O que fiz, foi pegar na amostra que tenho e que toda a gente pode ver aqui ao lado e saber quando foram criados os Blogs Madeira. Em que anos apareceram.
De acordo com o suplemento gps-e de hoje do Semanário Expresso existem 101 milhões de blogs no mundo. Se deve ter sido complicado chegar a esse número imaginem como complicado deve ser chegar ao número de Blogs Madeira. Não esqueçam que a própria definição de um Blog Madeira é uma definição que não é exacta.
Muitos blogs são temáticos. Um dos temáticos mais curioso é o My Asian Movies. Porquê que é curioso? Porque é UM BLOGUE MADEIRENSE DEDICADO AO CINEMA ASIÁTICO E AFINS!!! Para mim é curioso que na Madeira haja uma pessoa que se dedique a compilar sobre um tema que nos passa (à grande maioria de nós, pelo menos) completamente ao lado.
Alguns blogs talvez no futuro tenham de ser mudados de categoria. Por exemplo, Nesos, deveria estar na categoria História da Madeira. Com o tempo a casa vai ficando arrumada.
Muitos blogs começaram por polémicas e diz que disse e alcançaram uma certa popularidade rapidamente. Popularidade na pequena blogosfera madeirense. Outros são sítios de resposta e análise exclusiva de blogs como eles. Existem muitos blogs com posições políticas assumidas bem claras. Existem os diários pessoais em que a pessoa conta que foi ao Sá ou foi ver o jogo do Marítimo ou tem lá publicadas as fotos da família e dos acontecimentos sociais em que participa. Existem os conhecidos como blogs parasitas, blogs cujo conteúdo maioritário não é orgânico, é copiado integralmente ou quase, de outras fontes citadas ou não. Nos últimos tempos, essencialmente, apareceram os blogs de políticos locais que passam a vida a se desafiarem uns aos outros.
Os blogs são acusados de tudo. São acusados de serem pouco rigorosos, são acusados de quererem entrar num jogo de profissionais, são acusados de quererem substituir-se à imprensa tradicional, são acusados de roubarem conteúdos. Algumas críticas fazem sentido mas nem tudo aquilo que se ouve e vê escrito sobre blogs é verdade.
1. Olhar para os elementos do sítio como o URL, título e sub-título (se houver);
2. Olhar para o perfil do seu autor;
3. Olhar para o conteúdo do blog.
Depois, tomo a decisão se aquele blog adequa-se na categoria de Blog Madeira. É uma abordagem muito subjectiva e dada a falsas interpretações mas foi a abordagem que escolhi.
Torna-se muito complicado saber quantos Blogs Madeira existem. Não sei se tenho grande parte ou pequena parte deles apontada na minha secção a eles dedicada. Não tenho maneira de o saber. O que fiz, foi pegar na amostra que tenho e que toda a gente pode ver aqui ao lado e saber quando foram criados os Blogs Madeira. Em que anos apareceram.
De acordo com o suplemento gps-e de hoje do Semanário Expresso existem 101 milhões de blogs no mundo. Se deve ter sido complicado chegar a esse número imaginem como complicado deve ser chegar ao número de Blogs Madeira. Não esqueçam que a própria definição de um Blog Madeira é uma definição que não é exacta.
Muitos blogs são temáticos. Um dos temáticos mais curioso é o My Asian Movies. Porquê que é curioso? Porque é UM BLOGUE MADEIRENSE DEDICADO AO CINEMA ASIÁTICO E AFINS!!! Para mim é curioso que na Madeira haja uma pessoa que se dedique a compilar sobre um tema que nos passa (à grande maioria de nós, pelo menos) completamente ao lado.
Alguns blogs talvez no futuro tenham de ser mudados de categoria. Por exemplo, Nesos, deveria estar na categoria História da Madeira. Com o tempo a casa vai ficando arrumada.
Muitos blogs começaram por polémicas e diz que disse e alcançaram uma certa popularidade rapidamente. Popularidade na pequena blogosfera madeirense. Outros são sítios de resposta e análise exclusiva de blogs como eles. Existem muitos blogs com posições políticas assumidas bem claras. Existem os diários pessoais em que a pessoa conta que foi ao Sá ou foi ver o jogo do Marítimo ou tem lá publicadas as fotos da família e dos acontecimentos sociais em que participa. Existem os conhecidos como blogs parasitas, blogs cujo conteúdo maioritário não é orgânico, é copiado integralmente ou quase, de outras fontes citadas ou não. Nos últimos tempos, essencialmente, apareceram os blogs de políticos locais que passam a vida a se desafiarem uns aos outros.
Os blogs são acusados de tudo. São acusados de serem pouco rigorosos, são acusados de quererem entrar num jogo de profissionais, são acusados de quererem substituir-se à imprensa tradicional, são acusados de roubarem conteúdos. Algumas críticas fazem sentido mas nem tudo aquilo que se ouve e vê escrito sobre blogs é verdade.
TORRES DAS AMOREIRAS
(Lisboa) As vistas que vos trago hoje são as vistas de Lisboa de uma das torres das Amoreiras. Estes prédios já têm vinte e dois anos. Confesso que olhar para o exterior das janelas é uma das coisas mais agradáveis de fazer quando estou por lá.
Por aqui também há trânsito, também há horas de ponta. Horas em que todos os engravatados executivos e executivas sobem. Na verdade muitos são operários, são operários de gravata. A gravata faz-lhes sentido, mas é por vezes a única coisa que faz sentido.
Em cima: apontando a objectiva para Sul.
Apontando a máquina para Oeste.
Apontando a máquina para sudoeste.
Apontando para Sul.
Cristo Rei visto de uma das Torres das Amoreiras.
Por aqui também há trânsito, também há horas de ponta. Horas em que todos os engravatados executivos e executivas sobem. Na verdade muitos são operários, são operários de gravata. A gravata faz-lhes sentido, mas é por vezes a única coisa que faz sentido.
Em cima: apontando a objectiva para Sul.
Apontando a máquina para Oeste.
Apontando a máquina para sudoeste.
Apontando para Sul.
Cristo Rei visto de uma das Torres das Amoreiras.
domingo, setembro 02, 2007
CÓPIA DE BITS
(Lisboa)
Portugal é um país muito cansativo. A maior parte das pessoas são cansativas. Para ler o artigo completo aqui.
Acabadas as férias, os portugueses que saíram de casa (menos do que se pensa) chegam tão cansados quanto partiram. Esta é a natureza das férias modernas, mas ainda vai demorar algum tempo até que as pessoas se apercebam que é assim. Os aviões, os aeroportos, o destino das bagagens, os engarrafamentos, os furacões tropicais e a chuva fora de época são os bodes expiatórios do cansaço, mas o mal vem de uma característica das sociedades modernas: haver muita gente a fazer as mesmas coisas, nos mesmos sítios, ao mesmo tempo e sem muito dinheiro. Dá sempre torto.
(abrupto.blogspot.com)Portugal é um país muito cansativo. A maior parte das pessoas são cansativas. Para ler o artigo completo aqui.
A PROSTITUIÇÃO DOS BLOGUES
(Lisboa) O suplemento Digital do Jornal Público colocou o título Blogues usados para enganar motores de busca. O título mais apropriado seria este que dei a este artigo A PROSTITUIÇÃO DOS BLOGUES. Ganhar dinheiro é sempre um tema delicado. Embora haja muitas maneiras de ganhar dinheiro nem todas são as mais dignas, pelo menos para mim. Nem todas as acções justificam o dinheiro que delas se possa ganhar.
Muitos bloggers, sedentos de receber mais uns tostões começam no entanto a se prostituir, a prostituir os seus espaços e toda a ideia original de um blog. No início e ainda hoje é um espaço de opinião livre onde podemos ter uma audiência global, livre de censuras editoriais, onde o único limite é a nossa própria capacidade de imaginação, a nossa capacidade de comunicação, as nossas ideias para uma comunidade melhor. Um espaço que seria impossível de obter há uns escassos quinze ou vinte anos atrás e que nos é dado pelos serviços gratuitos de blogs.
A ideia é a seguinte e pode ser feita por qualquer pessoa. Eu, o leitor ou qualquer outra pessoa que tenha um blog podem entrar neste esquema perverso e qualquer um pode ter um blog hoje em dia, basta saber navegar na internet. Tem também de saber ler e escrever. Depois, tem de se inscrever num desses sites que promovem estes esquemas que enganam os motores de busca. Consoante o PageRank do blog pode ganhar umas centenas de dólares com isto. Obviamente quanto maior for o PageRank do sítio mais aumenta o seu potencial de ganhos. O passo seguinte é escrever um artigo e incluí-lo no site com a condição do seu artigo ter de estar online durante um número mínimo de dias.
Um dos utilizadores deste sistema entre muitos é Jorge Vaz Nande, autor do blog A Peste. Segundo este blogger Houve um factor essencial que me fez querer experimentar o Blogsvertise: o de não se pedir uma orientação da opinião. O que se quer é só que o blogger escreva sobre a empresa anunciante, bem ou mal. As regras não me pareceram problemáticas e, por isso, decidi experimentar. Se for aprovado, tanto melhor. Mantê-los-ei informados..
Porquê que este sistema é perverso? Por que influencia o conteúdo de um blog. Ele exige que o autor do blog inclua determinado conteúdo em palavras e em links. Em segundo lugar este sistema tem o propósito e nisso o autor do artigo no suplemento Digital, João Pedro Pereira, foi muito certeiro no título da notícia, de enganar os motores de busca que olham para os links como um voto de confiança, como um ponto a favor de um site. Quando o leitor coloca um link no seu sítio está a indicar a quem visita esse site outros lugares na rede onde os leitores podem querer ir por estar lá informação relacionada. Ao fabricar estes links, afinal de contas estas ligações aparecem como ligações pagas, estamos a contribuir para que os resultados de motores de busca como o Google sejam artificiais. É claro que o Google e os outros têm equipas de pessoas que se dedicam a resolver estes problemas mas mesmo assim estamos, ao entrar nestes sistemas, a contribuir para a artificialidade dos resultados ou para que os resultados não tenham como base o mérito ou a sua relevância. É por isso que eu acho isto tudo uma grande degradação da blogosfera. É por essas razões também que não incluo links nem para o blog A Peste nem para a empresa ou empresas que promovem este tipo de actividade de credibilidade duvidosa.
Mas afinal eu sou contra a rentabilização dos blogues? Não sou nem um pouco. Aliás, ao contrário do pensamento dominante eu não acho negativo ganhar dinheiro ou rentabilizar qualquer coisa que seja. Num país onde uma fatia enorme do bolo das pessoas que trabalham parecem não gostar do que fazem acho um privilégio gostar do que se faz, ter paixão pelas nossas actividades e se podermos ter algum retorno sobre o que gostamos de fazer ainda melhor.
A diferença entre o sistema que empresas como a Pay per Post ou a Blogvertise e o sistema que uso é grande. Ao colocar anúncios no meu blog como estes que estou a usar neste momento no topo da página, no rodapé e ao lado, em primeiro lugar estou a identificá-los como publicidade, uma coisa que não acontece com o sistema pay per post. Não acontece necessariamente pois os autores não são obrigados a distinguir esses artigos de outros quaisquer. Quando digo que estou a identificá-los como publicidade não me estou a referir ao texto PUBLICIDADE que coloquei de propósito estou a referir-me que as próprias caixas de anúncios se identificam automaticamente como publicidade.
Os anúncios que aparecem estão relacionados com os temas que escrevo e podem ser relevantes para si, caro leitor, uma vez que está a ler esta página. É você que decide se quer ou não clicar, se quer ou não saber mais sobre a informação que aparece no anúncio, não sou eu.
Não estou a dar votos de confiança a ninguém com esses links que são tratados como scripts de java pelos motores de busca, logo não estou a vender links a quem paga. Não têm intromissão absolutamente nenhuma nos conteúdos deste blog. Posso escrever o que eu quiser, usar as palavras que entender, criar ou não links para páginas que entenda. Por exemplo mais acima neste mesmo texto tenho uma ligação para a explicação de uma definição para ajudar o leitor menos técnico a perceber esse conceito.
Engraçado é ler A Peste e ver a sequência dos posts. Um sobre seguros de viagem, depois um artigo sobre pousadas na Austrália. Depois uma data de outros artigos originais mas logo surge um sobre pousadas em Paris. Jorge Vaz Nande deve-se divertir muito e tem concerteza de exercitar a sua imaginação para conseguir elaborar um texto que não seja aborrecido com as palavras e links que tem de apresentar. O problema no entanto mantém-se, está a contribuir para que os resultados do motor de busca sejam menos pelo mérito e sim de quem mais paga. Os que mais querem pagar têm sempre a hipótese de comprar anúncios como fazem muitas empresas. Comprar anúncios que aparecem do lado direito dos resultados da busca e que são devidamente apresentados como anúncios.
Para terminar e seguindo a inspiração de Jorge Vaz Nande coloco aqui um vídeo tirado do seu blog que nada tem a ver com texto que vos escrevo hoje a estas horas.
Muitos bloggers, sedentos de receber mais uns tostões começam no entanto a se prostituir, a prostituir os seus espaços e toda a ideia original de um blog. No início e ainda hoje é um espaço de opinião livre onde podemos ter uma audiência global, livre de censuras editoriais, onde o único limite é a nossa própria capacidade de imaginação, a nossa capacidade de comunicação, as nossas ideias para uma comunidade melhor. Um espaço que seria impossível de obter há uns escassos quinze ou vinte anos atrás e que nos é dado pelos serviços gratuitos de blogs.
A ideia é a seguinte e pode ser feita por qualquer pessoa. Eu, o leitor ou qualquer outra pessoa que tenha um blog podem entrar neste esquema perverso e qualquer um pode ter um blog hoje em dia, basta saber navegar na internet. Tem também de saber ler e escrever. Depois, tem de se inscrever num desses sites que promovem estes esquemas que enganam os motores de busca. Consoante o PageRank do blog pode ganhar umas centenas de dólares com isto. Obviamente quanto maior for o PageRank do sítio mais aumenta o seu potencial de ganhos. O passo seguinte é escrever um artigo e incluí-lo no site com a condição do seu artigo ter de estar online durante um número mínimo de dias.
Um dos utilizadores deste sistema entre muitos é Jorge Vaz Nande, autor do blog A Peste. Segundo este blogger Houve um factor essencial que me fez querer experimentar o Blogsvertise: o de não se pedir uma orientação da opinião. O que se quer é só que o blogger escreva sobre a empresa anunciante, bem ou mal. As regras não me pareceram problemáticas e, por isso, decidi experimentar. Se for aprovado, tanto melhor. Mantê-los-ei informados..
Porquê que este sistema é perverso? Por que influencia o conteúdo de um blog. Ele exige que o autor do blog inclua determinado conteúdo em palavras e em links. Em segundo lugar este sistema tem o propósito e nisso o autor do artigo no suplemento Digital, João Pedro Pereira, foi muito certeiro no título da notícia, de enganar os motores de busca que olham para os links como um voto de confiança, como um ponto a favor de um site. Quando o leitor coloca um link no seu sítio está a indicar a quem visita esse site outros lugares na rede onde os leitores podem querer ir por estar lá informação relacionada. Ao fabricar estes links, afinal de contas estas ligações aparecem como ligações pagas, estamos a contribuir para que os resultados de motores de busca como o Google sejam artificiais. É claro que o Google e os outros têm equipas de pessoas que se dedicam a resolver estes problemas mas mesmo assim estamos, ao entrar nestes sistemas, a contribuir para a artificialidade dos resultados ou para que os resultados não tenham como base o mérito ou a sua relevância. É por isso que eu acho isto tudo uma grande degradação da blogosfera. É por essas razões também que não incluo links nem para o blog A Peste nem para a empresa ou empresas que promovem este tipo de actividade de credibilidade duvidosa.
Mas afinal eu sou contra a rentabilização dos blogues? Não sou nem um pouco. Aliás, ao contrário do pensamento dominante eu não acho negativo ganhar dinheiro ou rentabilizar qualquer coisa que seja. Num país onde uma fatia enorme do bolo das pessoas que trabalham parecem não gostar do que fazem acho um privilégio gostar do que se faz, ter paixão pelas nossas actividades e se podermos ter algum retorno sobre o que gostamos de fazer ainda melhor.
A diferença entre o sistema que empresas como a Pay per Post ou a Blogvertise e o sistema que uso é grande. Ao colocar anúncios no meu blog como estes que estou a usar neste momento no topo da página, no rodapé e ao lado, em primeiro lugar estou a identificá-los como publicidade, uma coisa que não acontece com o sistema pay per post. Não acontece necessariamente pois os autores não são obrigados a distinguir esses artigos de outros quaisquer. Quando digo que estou a identificá-los como publicidade não me estou a referir ao texto PUBLICIDADE que coloquei de propósito estou a referir-me que as próprias caixas de anúncios se identificam automaticamente como publicidade.
Os anúncios que aparecem estão relacionados com os temas que escrevo e podem ser relevantes para si, caro leitor, uma vez que está a ler esta página. É você que decide se quer ou não clicar, se quer ou não saber mais sobre a informação que aparece no anúncio, não sou eu.
Não estou a dar votos de confiança a ninguém com esses links que são tratados como scripts de java pelos motores de busca, logo não estou a vender links a quem paga. Não têm intromissão absolutamente nenhuma nos conteúdos deste blog. Posso escrever o que eu quiser, usar as palavras que entender, criar ou não links para páginas que entenda. Por exemplo mais acima neste mesmo texto tenho uma ligação para a explicação de uma definição para ajudar o leitor menos técnico a perceber esse conceito.
Engraçado é ler A Peste e ver a sequência dos posts. Um sobre seguros de viagem, depois um artigo sobre pousadas na Austrália. Depois uma data de outros artigos originais mas logo surge um sobre pousadas em Paris. Jorge Vaz Nande deve-se divertir muito e tem concerteza de exercitar a sua imaginação para conseguir elaborar um texto que não seja aborrecido com as palavras e links que tem de apresentar. O problema no entanto mantém-se, está a contribuir para que os resultados do motor de busca sejam menos pelo mérito e sim de quem mais paga. Os que mais querem pagar têm sempre a hipótese de comprar anúncios como fazem muitas empresas. Comprar anúncios que aparecem do lado direito dos resultados da busca e que são devidamente apresentados como anúncios.
Para terminar e seguindo a inspiração de Jorge Vaz Nande coloco aqui um vídeo tirado do seu blog que nada tem a ver com texto que vos escrevo hoje a estas horas.
RED BULL AIR RACE NO PORTO
(Lisboa) Com tanta gente presente no evento este fim de semana não seria nada difícil encontrar um vídeo no YouTube da corrida dos F1 dos ares. Ao ver as imagens na RTP1 ontem imaginei também este espectáculo fantástico na baía da cidade do Funchal. Impressionante. Seria óptimo para a Madeira receber um evento deste género.
sábado, setembro 01, 2007
CAÇA AOS BLOGS DA MADEIRA III
(Lisboa) Continuo a minha viagem pelos blogs da Madeira. Escritos na Madeira, escritos por madeirenses que claramente identifiquem o seu blog com qualquer coisa da Madeira ou escritos sobre a Madeira. PensaMadeira é mais um para a minha lista. E já agora para a vossa.
CAÇA AOS BLOGS DA MADEIRA II
(Lisboa) Hoje estou mesmo a caçar blogues. Sinto-me um piloto do Red Bull Air Race que acabou, por acaso, de terminar na cidade do Porto. Agostinho Soares é o autor do blogue Pode ser liberdade. Daqui a uns minutinhos já estará na lista aqui ao lado direito.
CAÇA AOS BLOGS DA MADEIRA
(Lisboa) Mais um para a minha lista de blogs da Madeira aqui ao lado. Tem o nome de Urbanidades da Madeira. É um recém nascido na blogosfera. Nasceu o mês passado. Gosto de saber o que dizem, gosto de saber qual o seu posicionamento político e como descrevem a Madeira. Estou a fazer colecção dos blogues da Madeira. Se souber de algum que não esteja na minha lista aqui do lado por favor diga-me!
EMPREGO PRECÁRIO
(Lisboa) O tema de capa da Revista do Expresso há umas semanas atrás era a mulher traída do americano homossexual que poderia ter sido a primeira dama dos Estados Unidos da América. Para além disso ela é descendente de portugueses ou terá mesmo nascido como portuguesa (já não me lembro). Nessa mesma revista o que mais me chocou não foi essa reportagem cor-de-rosa mas sim uma outra que na minha opinião deveria ter sido a capa. Era a reportagem Vidas a Prazo da autoria de Katya Delimbeuf com fotografias de Tiago Miranda.
Nessa reportagem muitos são os exemplos, em profissões tão diferentes umas das outras, de pessoas que têm horários, têm de responder a uma hierarquia e mesmo assim são profissionais liberais, isto é, passam recibos e não têm ligação nenhuma com a empresa onde trabalham. Não têm direitos nenhuns como outros trabalhadores, simplesmente não têm vínculo. No fundo todos somos cúmplices nisto, no nosso silêncio, nas nossas atitudes colaborativas ou quando simplesmente não sentimos revolva e ficamos indiferentes a estas situações. Inclusivamente são cúmplices as próprias vítimas que muitas vezes sabem das falsas promessas mas continuam no mesmo caminho por que no fundo acreditam na justiça e que tudo acabará por se ordenar. As razões para este comportamento são várias: somos passivos, não nos queremos chatear com mais isto, somos urbanamente egoístas, só pensamos no nosso umbigo.
São os recibos verdes para profissionais que não são liberais, são os estágios que servem de mão-de-obra barata e nada acrescentam a quem neles participa mais do que umas boas dores de cabeça, são as bolsas para investigação quando não se faz investigação nenhuma. E é este um país de baixas qualificações. Impressionante não?
No país da baixa produtividade parte-se do princípio que o trabalho é uma coisa penosa e dolorosa. A maior parte das pessoas não gosta do que faz. Conseguem perceber concerteza por que somos tão pouco eficazes no que respeita à produtividade não conseguem?
Nessa reportagem muitos são os exemplos, em profissões tão diferentes umas das outras, de pessoas que têm horários, têm de responder a uma hierarquia e mesmo assim são profissionais liberais, isto é, passam recibos e não têm ligação nenhuma com a empresa onde trabalham. Não têm direitos nenhuns como outros trabalhadores, simplesmente não têm vínculo. No fundo todos somos cúmplices nisto, no nosso silêncio, nas nossas atitudes colaborativas ou quando simplesmente não sentimos revolva e ficamos indiferentes a estas situações. Inclusivamente são cúmplices as próprias vítimas que muitas vezes sabem das falsas promessas mas continuam no mesmo caminho por que no fundo acreditam na justiça e que tudo acabará por se ordenar. As razões para este comportamento são várias: somos passivos, não nos queremos chatear com mais isto, somos urbanamente egoístas, só pensamos no nosso umbigo.
São os recibos verdes para profissionais que não são liberais, são os estágios que servem de mão-de-obra barata e nada acrescentam a quem neles participa mais do que umas boas dores de cabeça, são as bolsas para investigação quando não se faz investigação nenhuma. E é este um país de baixas qualificações. Impressionante não?
No país da baixa produtividade parte-se do princípio que o trabalho é uma coisa penosa e dolorosa. A maior parte das pessoas não gosta do que faz. Conseguem perceber concerteza por que somos tão pouco eficazes no que respeita à produtividade não conseguem?
DIÁRIO DA CALHETA
(Lisboa) Vou incluir na categoria dos blogs da Madeira. Estava na dúvida entre blog e imprensa regional. Está no blogspot.com logo é um blog. Fica aqui.
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