(Lisboa) Há por aí uma corrente de pensamento que parece encontrar adeptos com muita facilidade, inclusivamente na blogosfera madeirense. O pensamento que corre é mais ou menos assim: se o Não ao aborto venceu na Madeira a Madeira não tem de aplicar a lei por que o seu povo não quer a aplicação da mesma. O que este pensamento perigoso esconde é que não se é só democrata quando se ganha também se pode ser quando se perde. Imaginem que em cada freguesia deste país onde Cavaco não ganhou nas últimas eleições presidenciais os seus habitantes pretendessem que ele não fosse Presidente ali. Imaginem, não fugindo ao tema do aborto, que em cada freguesia onde o não tivesse ganho os seus habitantes proibissem a aplicação da lei. Que coisa mais absurda! Não tem sentido nenhum pensar desta maneira, isto é pensar à Alberto João: quando se ganha somos os maiores, quando se perde encontramos alguma desculpa para não admitir a derrota.
Esta falta de saber perder, esta falta de saber aceitar um resultado democrático é gravíssima. Quando o não ganhou há uns anos atrás ninguém propôs que o aborto podesse ser praticado nas freguesias que votaram sim. O referendo foi feito a nível nacional, não existe essa coisa de aqui é uma lei ali é outra. A Madeira faz parte de um país chamado Portugal e tem de cumprir a mesma lei que os restantes territórios portugueses. É simples e fácil de entender.
Por falar em aborto, aborto foi a sondagem feita pelo bloguista Roberto Rodrigues no seu blog Cortar (d)a Direita e a respectiva conclusão. Podem encontrar essa pérola aqui. Eu explico por que é um aborto. Primeiro, a amostra tem 49 pessoas (no máximo), uma amostra demasiadamente pequena para o universo considerado de eleitores madeirenses. Segundo, não se sabe se foram madeirenses a votar nessa sondagem já que a Internet não tem fronteiras, mesmo que tenham votado com IPs da Madeira podem não ser eleitores locais. Terceiro, qualquer um sabe que nessas "sondagens" a mesma pessoa pode votar duas vezes ou mais. Não se garante que cada pessoa pode votar apenas uma vez. Quarto, tendo o não vencido na Região é normal que a maioria das pessoas seja contra a sua aplicação.
Perder custa mas acima de tudo pode-se perder com dignidade, sem inventar falsas desculpas, pode-se ser digno quando se perde. Isso é o mais importante, ser digno.
Esta falta de saber perder, esta falta de saber aceitar um resultado democrático é gravíssima. Quando o não ganhou há uns anos atrás ninguém propôs que o aborto podesse ser praticado nas freguesias que votaram sim. O referendo foi feito a nível nacional, não existe essa coisa de aqui é uma lei ali é outra. A Madeira faz parte de um país chamado Portugal e tem de cumprir a mesma lei que os restantes territórios portugueses. É simples e fácil de entender.
Por falar em aborto, aborto foi a sondagem feita pelo bloguista Roberto Rodrigues no seu blog Cortar (d)a Direita e a respectiva conclusão. Podem encontrar essa pérola aqui. Eu explico por que é um aborto. Primeiro, a amostra tem 49 pessoas (no máximo), uma amostra demasiadamente pequena para o universo considerado de eleitores madeirenses. Segundo, não se sabe se foram madeirenses a votar nessa sondagem já que a Internet não tem fronteiras, mesmo que tenham votado com IPs da Madeira podem não ser eleitores locais. Terceiro, qualquer um sabe que nessas "sondagens" a mesma pessoa pode votar duas vezes ou mais. Não se garante que cada pessoa pode votar apenas uma vez. Quarto, tendo o não vencido na Região é normal que a maioria das pessoas seja contra a sua aplicação.
Perder custa mas acima de tudo pode-se perder com dignidade, sem inventar falsas desculpas, pode-se ser digno quando se perde. Isso é o mais importante, ser digno.