domingo, fevereiro 25, 2007

FUNCHAL - PASSEIO MARÍTIMO - PROMENADE

ESTÁTUA DE JOÃO GONÇALVES ZARCO NA PROMENADE - FUNCHAL
(Lisboa) Diz a lenda que corria o ano de 1419 quando João Gonçalves, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo chegaram a estas ilhas no meio do Atlântico (Ilha da Madeira e Porto Santo). João Gonçalves tinha o apelido de Zarco por que, segundo José Hermano Saraiva no seu livro Lugares Históricos de Portugal era zarolho.

Esta estátua da imagem pode ser encontrada no Passeio Marítimo do Funchal ou Promenade, caminhando desde o Lido passando pelo Clube Naval do Funchal e pela Ponta Gorda após uma acentuada subida e antes de chegar à Doca do Cavacas. É recente, é de 2004.

João Gonçalves olha para sudoeste.

sábado, fevereiro 24, 2007

MARCA MADEIRA

(Lisboa) A ideia não é nova. Já existem movimentos para promover o consumo de produtos portugueses. Talvez um dos primeiros, talvez o mais conhecido, seja o Movimento 560. O que não conhecia era um movimento para promover os produtos madeirenses, mas existe, é o Marca Madeira.

MARCA MADEIRA
Os mais liberais podem pensar que esses movimentos não promovem a competitividade. Podem argumentar que cabe ao consumidor dar preferência ao melhor produto e aí permitam-me que vos diga, estão, na maior parte das vezes, a cair na armadilha que o mais barato é sempre o melhor. É claro que o preço é um critério importante principalmente num país em que grande parte das pessoas vive a contar os tostões para dar até ao fim do mês. Esses problemas de dinheiro de grande parte da população são bem conhecidos. Mas porquê comprar um produto que vem de muito longe, muito longe mesmo, por vezes vem do outro lado do planeta quando um produto com as mesmas funções é produzido localmente. Já se perguntaram por que certos produtos são mais baratos? Exploram mão de obra barata com condições de trabalho também baratos, depois são transportados em grande quantidade e conseguem ser por vezes significativamente mais baratos.

Mas já viram o preço que estamos a pagar? Eu acredito que muitos problemas de dinheiro que temos são puramente artificiais: é certo que se ganha pouco em Portugal comparado com, por exemplo, Inglaterra, ou França, ou Espanha, até a Irlanda explodiu e nós não. Mas reparem que nunca se viveu tão bem e em média, em Portugal, como agora. O conforto nunca atingiu, em média mais uma vez, níveis tão altos como agora e baseio-me em números para dizer isto: basta olhar para os consumos do Natal passado e ver que há muito dinheiro nos bolsos dos portugueses. Pode até ser menos que nos bolsos dos espanhóis, menos que na carteira de um irlandês (de certeza), do que na conta bancária de um inglês mas mais do que havia há vinte anos na mesma carteira cá em Portugal ou numa carteira qualquer de um português médio qualquer. A pressão para o consumo é muito maior agora. O problema é ir a uma loja comprar um produto que andamos à procura e sair de lá com mais meia dúzia que não pensávamos precisar mas que lá faz todo o sentido comprar e faz toda a falta do mundo na ocasião.

Ao darmos preferência a produtos locais estamos a deixar o dinheiro localmente, estamos a promover o emprego localmente e estamos a dar um voto de confiança para que o produto seja melhorado, estamos a contribuir para a economia local e nacional. Por outro lado e a eficiência energética é muito importante também nestes casos: esse produto vai ser mais facilmente transportado para nós e com menos emissões de CO2 sendo portanto mais ecológico consumir produtos locais (o meu site globalwarming awareness2007). Portanto essa visão de que o preço é o único critério para que um produto seja mais competitivo que o outro é um falso argumento. O preço que se paga na caixa pode até ser menor mas se calhar a factura chega mais tarde quando já for mais difícil de consertar.

MEL DE CANA SACARINA

MEL DE CANA SACARINA
(Lisboa) O mel de cana sacarina não só serve para molhar as Malassadas, feitas e consumidas mais nesta época de Carnaval mas também existem muitas outras receitas onde ele entra: receitas com mel de cana.

O produtor mais conhecido é a Fábrica do Ribeiro Seco. Não conheço outro.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

UM GOVERNO DE MEDÍOCRES

(Lisboa) Afinal vai haver eleição. Na Madeira há pessoas que se dão ao luxo de brincar às eleições. Eleições que para nada servirão, tudo continuará na mesma. Inúteis porque a lei continuará, porque o Governo Central continuará e mais, continuaremos a ser vistos por muitos outros portugueses como pedintes, coisa que o poder regional actual nunca soube corrigir. Se de cada vez que uma decisão de Lisboa com impacto na Região não for do agrado do Clube Laranja tivermos esta reacção então até final deste ano vamos ter mais umas.

Registo no entanto a frase de Alberto João Jardim, a seguinte, durante o triste espectáculo, que infelizmente foi protagonista:

... recandidato-me porque em minha opinião pessoal acho que a Madeira não merece passar a ter um Governo de medíocres, de incultos, de traumatizados sociais e de subservientes e a Lisboa...


é exactamente isso que eu penso também e pelos vistos o Sr. Presidente também pensa. Ele acha que se sair os que ficarem são incultos e traumatizados sociais. Pois bem, ele tem uma excelente imagem do seu próprio partido e teve a coragem de o dizer publicamente. A imagem de pessoas que seguem cegamente o seu líder e que precisam dele para crescerem, a imagem de um grupo que não é uma equipa mas sim um rebanho controlado por um pastor. Os madeirenses são governados há anos por um pastor, um pastor que nem confiança tem nas suas ovelhas, não acha que no seu partido haja pessoas capazes de fazer um bom trabalho. Afinal quem teria coragem de partir e concorrer contra o líder? Ninguém. Está tudo à espera para ver quando vai embora e aí vai ser um massacre sanguinário.

Nem falo da oposição porque essa já morreu há muitos anos, mesmo antes de ganharem nem que sejam pequenas batalhas perdem-se com lutas internas para decidir quem é que manda na rua, um velho problema de disciplina nestas latitudes.

E para quê isto tudo? Para quê? Para no fim o Sr. ser aclamado pela milésima vez Presidente do Governo Regional com mais uma maioria absolutíssima? Ou alguém duvida que a personagem ganhe outra vez? Alguém duvida disso? E vai mudar o quê? No dia a seguir às eleições digam-me de vossas justiças o quê que isto representou para a Madeira e se não foi pura e simplesmente um capricho com sérios sinais já de demência. Uma demência que não se fica pelo próprio, é uma demência de grupo. Precisa-se: Salvadores de Pátria!

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

BLOGS DA MADEIRA

(Lisboa) Luís Filipe Malheiro, conhecido dirigente do PSD-Madeira, tem dois blogues. Os dois são recentes e têm a sua origem no final do ano passado. Pelo menos é isso que se percebe do arquivo. Ultraperiferias é um blog que pretende ser Um espaço de opinião e de liberdade, no Atlântico. Mas liberdade? Afinal é preciso um espaço de liberdade no Atlântico assim como um oásis no meio do deserto? Será? Num momento de alguma confusão este elemento próximo e podemos mesmo dizer um elemento dentro do poder fechado e elitista da Madeira pode ser muito importante para se perceber o que vai acontecer nos próximos dias.

Existe um outro blog de Luís Filipe Malheiro que parece não gostar de acentos nem no seu nome. O blogue Pinaculos. Basta clicar ali e quando este artigo desaparecer tapado por outros artigos mais recentes e frescos neste blog pode sempre encontrar o link aqui ao lado.

domingo, fevereiro 18, 2007

FICHAS DA IRLANDA - 065 (DUBLIN)

Grand Canal - Charlotte Quay
(Lisboa) Aqui é Charlotte Quay Dock. Esta zona de Dublin está toda a ser remodelada. Fala-se que aqui nascerá um grande centro comercial assim como muitos prédios de habitação. A zona é tranquila mas nem quero imaginar quanto custará um apartamento aqui em Dublin 4, nesta região. Uma pequena vivenda pode custar até três milhões de Euros. Sim, leu bem, são 3 milhões de Euros! Um apartamento talvez um pouco menos mas como esta é uma boa zona não sei se vai custar mesmo menos ou não.

O barco que se vê na foto em cima é um veículo anfíbio. Vêem-se muitos iguais a este, de outras cores também a circular pelas ruas de Dublin. Depois em algum ponto que nunca percebi bem onde, descem para a água no Grand Canal, um dos canais que depois desagua no Liffey.

Por aqui não se celebra o Carnaval. Nem perguntei nada quando lá trabalhava. Dava para perceber que nada se ia passar no Carnaval e nem se falou no assunto. Para quem está habituado não deixa de ser esquisito mas mesmo assim é uma questão de hábito, como muitas outras coisas. Com o tempo deles não dá mesmo para se usar as roupas que por exemplo se usam no cortejo de sábado à noite no Funchal. Não dá mesmo, morre-se de frio.


Ringsend Road - Dublin 4 - República da Irlanda
Por esta ponte passa Ringsend Road. O barco da primeira fotografia passa debaixo desta ponte.
É aqui nesta zona que fica o maior edifício residencial do país. Com um total de 16 andares. Podem ver uma fotografia do mesmo aqui. Nesta última fotografia tirei-a de um edifício adjacente. É muito bom viver aqui. Fica muito perto do centro da cidade, pode-se considerar esta parte da cidade como centro de Dublin mesmo. Aqui em baixo ficava um bar chamado Ocean Bar. Descobri o sítio na Internet do Ocean Bar & Restaurant. Às Sextas e Sábados à noite fica cheio de gente e muitas vezes quando abria a janela do quarto ouvia o barulho das pessoas a falar, muitas pessoas a falar. Como vai muita gente e não cabe tudo lá dentro vêm cá para fora beber e conversar.

Quando está bom tempo e isso também acontece na Irlanda e em Dublin as pessoas enchem-no também durante a tarde, sobretudo quando os dias começam a ficar mais longos e também mais quentes.

NÃO VAI HAVER ELEIÇÕES ANTECIPADAS, É CARNAVAL

(Lisboa) De vez em quando há estes espectáculos para atrair a atenção de todos. Na verdade porque haveria eleições antecipadas na Madeira? Por causa da Lei das Finanças Regionais? Não. Existe alguma confusão. O espaço mediático é tão importante que se aproveita o canal de comunicação para não só falar da Lei das Finanças Regionais como também do recente resultado do referendo à interrupção da gravidez. Confusão total. Pelo meio vem uns números ensaiados (mal ensaiados) de teatro à porta da sede do PSD-M na Rua dos Netos. Uma pessoa como o nosso presidente, tão apegada ao poder porque é de poder que ele e muitos à volta dele vivem e sem poder morrem no dia a seguir, não entrega assim o jogo. Este é mais um amuo de criança que passa com o lento caminhar do tempo. Não nos podemos esquecer que na mesma notícia em que passa (outra vez!, eu vou, eu vou, mas, daqui não saio) a ameaça de eleições antecipadas o Chefe do Governo Madeirense também aproveitou para alegar a inconstitucionalidade do referendo da última semana, bem como o facto de não ser vinculativo. Se não é vinculativo este também o não o foi o de 1998. A abstenção na Madeira foi maior que a média nacional e isso só se explica pelo desinteresse de participação pública o que só tira legitimidade ao povo de se queixar. Sendo assim, alguém tem de decidir. Como podem ver uma confusão das antigas em que se mistura tudo e em que se atiram tiros para todos os lados.

Por outro lado, poderão pensar alguns, este homem dado a espectáculos mais do que a qualquer outra coisa pode muito bem encontrar nesta altura tão particular uma desculpa para ir embora dizendo que há que dar lugar aos mais novos, a desculpa de quem quer encontrar uma fuga. Sai pela porta grande sem nunca ter tido uma derrota em eleições (na verdade teve apenas uma, nas Presidenciais de 2001 em que o PSD-M apoiou Ferreira do Amaral e ganhou na Madeira Jorge Sampaio). Se houver eleição, ele candidata-se outra vez mas não haverá. Há sim um número ensaiado, uma peça de teatro para atrair atenções mediáticas nacionais para o próprio arranjar tempo de antena como sempre aproveita descaradamente em cada inauguração de lavatório e de banheira que o seu governo local promove.

sábado, fevereiro 17, 2007

CARNAVAL NA MADEIRA

CANECA FURADA - CARNAVAL 2004
(Lisboa) O Carnaval na Madeira é mesmo assim, muito com influências brasileiras. No Sábado à noite há um desfile onde grupos organizados se apresentam à população por um traçado nas ruas do Funchal já escolhido. Cada um desses grupos é muitas vezes conhecido por escolas de samba. Mas é um Carnaval sem complexos por ter escolhido o modelo brasileiro e não é por isso que passa a ser um Carnaval menor. Se calhar quando estiver a ler estas linhas ainda está a tempo de ir lá dar um saltinho à Madeira. Fica a uma hora e trinta minutos de Lisboa. Pensando bem não fica tão longe assim.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

domingo, fevereiro 11, 2007

JARDIM TROPICAL MONTE PALACE

JARDIM TROPICAL MONTE PALACE - CASA DOS SONS
(Lisboa) Um jardim como este não se explora numa tarde. Há sempre coisas que escapam, caminhos que não são passados, pormenores que não são notados. Por isso é que se deve lá voltar sempre que um espaço é agradável e este é o sem dúvida. Esta figura aqui em cima, uma figura africana é encontrada numa pequena casa a meio do Jardim. Quando se entra lá dentro somos invadidos por sons. Sons produzidos por estas criaturas. É um ambiente mágico. Sons de floresta.

JARDIM TROPICAL MONTE PALACE - A PATA
A minha paixão por gatos leva-me, sempre que me é permitido e eles deixam a lhes tirar fotografias. Também gosto de lhes colocar nomes: esta é a Pata, mais um gato do Sr. Berardo. Não gosto de chamar aos gatos um nome qualquer, como tareco ou outra coisa qualquer. Eles também têm direito a ter um nome que os individualize afinal de contas cada gato é diferente. Os gatos também são fabricados em moldes: os chamados rafeiros só podem ser pretos e brancos (os tarecos clássicos), os monocolores (brancos ou pretos, mais raros), os amarelos (conhecidos como tigrados) e os tartarugas (com três cores como essa aí de cima).

sábado, fevereiro 10, 2007

JARDINAGEM

(Lisboa) No início desta semana foram mais uma vez notícia os subsídios do Governo Regional da RAM para o Jornal da Madeira. Isto é sabido há já muito tempo por todos e nem é daquelas coisas que se tenham de dizer à boca fechada, para mais ninguém ouvir. Toda a gente sabe e toda a gente aceita a coisa. O aceitar nem é o que surpreende mais, o que surpreende são os argumentos usados por Jardim para justificar esse apoio. Segundo o mesmo, esse apoio existe para que não persista o pensamento único encarnado no Diário de Notícias da Madeira. Isto numa região cujo Governo Regional tem maioria absoluta há décadas, numa terra onde todos os municípios são controlados pelo mesmo partido e da mesma cor do Executivo Madeirense. Numa terra onde são sempre os mesmos a se perpetuar em cargos públicos, cargos de contribuição. Pensamento único existe sim e é subsidiado pelo Governo Regional para fazer chegar a sua mensagem a toda a gente. Mais uma vez na Madeira a lei e a ética foram regionalizadas e por isso vai continuar tudo na mesma? O ponto de interrogação aparece por que me parece também que muita gente se queixa mas é melhor salvaguardar o que já se conhece do que saltar para o desconhecido imaginando que o desconhecido será sempre pior que o que se tem actualmente. É assim que o madeirense médio pensa.

A Lei das Finanças Regionais vai mesmo para a frente mas a guerra ainda não acabou. No meio dos protestos surgem sempre coisas que são de total abuso e que ultrapassam todas as medidas. Já nem me refiro ao baixo nível que os protesto encontram nas palavras e nos tons em que são feitos sentir. Refiro-me ao tom de chantagem e de apropriação do sentido de voto de toda a população da Madeira na passada eleição presidencial. Disse alguém responsável no PSD-M que os madeirenses se encontravam defraudados após terem votado no Presidente Cavaco e ser ele agora a passar a "lei maldita". Não tem nada uma coisa com a outra. É preciso muito cuidado também quando se usa o nome de todos os madeirenses. Que eu saiba a maioria absoluta dada ao PSD-M no parlamento regional não é um cheque em branco para usar o nome de toda a população seja no que for. O PSD-M tem de perceber que a Madeira faz parte de um todo nacional e que a democracia é mesmo assim uma vez concorda-se, outras discorda-se, umas vezes ganha-se, outras vezes perde-se. Estas reacções em cadeia e a peça de teatro encenada à porta da sede, na rua dos netos (como sempre, para consumo interno por que aqui, fora da região, a peça não passa na medida e seguindo o alinhamento que o autor quer), são estranhos sinais de quem embora tenha orgulho em mostrar e ostentar toda a sua experiência governativa e a sua abundância de quadros disponíveis, embora sejam sempre os mesmos no governo e no parlamento, não está habituado a perder e quando perde uma batalha parece uma criança mimada, chora, berra e esperneia. Espero é que os pais desta criança não cedam ao espectáculo e que a saibam educar convenientemente ao contrário do que aconteceu no passado.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

FUNCHAL

turista nada no Funchal
(Lisboa) Os locais não nadam no Funchal ao pé do cais. Dizem que é porco. Por causa dos barcos do Porto do Funchal. Já vi muito boa gente nadar no meio de peixe morto e rodeada de espuma suspeita no Clube Naval do Funchal. Coisas que nunca vi no Porto do Funchal. No entanto a criatura de cima, da fotografia é turista. Só um turista para deixar a sua roupa nas escadas do cais da cidade e ir nadar na praia de areia preta.

sábado, fevereiro 03, 2007

CINE ECO

CINE ECO(Lisboa) Neste cartaz falta informação tal como onde se realiza o festival e não há a presença de uma página na Internet para informações, só um telefone. Nem toda a gente sabe onde fica a Casa das Mudas ou o Centro das Artes.