(Lisboa) O suplemento Digital do Jornal Público colocou o título Blogues usados para enganar motores de busca. O título mais apropriado seria este que dei a este artigo A PROSTITUIÇÃO DOS BLOGUES. Ganhar dinheiro é sempre um tema delicado. Embora haja muitas maneiras de ganhar dinheiro nem todas são as mais dignas, pelo menos para mim. Nem todas as acções justificam o dinheiro que delas se possa ganhar.
Muitos bloggers, sedentos de receber mais uns tostões começam no entanto a se prostituir, a prostituir os seus espaços e toda a ideia original de um blog. No início e ainda hoje é um espaço de opinião livre onde podemos ter uma audiência global, livre de censuras editoriais, onde o único limite é a nossa própria capacidade de imaginação, a nossa capacidade de comunicação, as nossas ideias para uma comunidade melhor. Um espaço que seria impossível de obter há uns escassos quinze ou vinte anos atrás e que nos é dado pelos serviços gratuitos de blogs.
A ideia é a seguinte e pode ser feita por qualquer pessoa. Eu, o leitor ou qualquer outra pessoa que tenha um blog podem entrar neste esquema perverso e qualquer um pode ter um blog hoje em dia, basta saber navegar na internet. Tem também de saber ler e escrever. Depois, tem de se inscrever num desses sites que promovem estes esquemas que enganam os motores de busca. Consoante o PageRank do blog pode ganhar umas centenas de dólares com isto. Obviamente quanto maior for o PageRank do sítio mais aumenta o seu potencial de ganhos. O passo seguinte é escrever um artigo e incluí-lo no site com a condição do seu artigo ter de estar online durante um número mínimo de dias.
Um dos utilizadores deste sistema entre muitos é Jorge Vaz Nande, autor do blog A Peste. Segundo este blogger Houve um factor essencial que me fez querer experimentar o Blogsvertise: o de não se pedir uma orientação da opinião. O que se quer é só que o blogger escreva sobre a empresa anunciante, bem ou mal. As regras não me pareceram problemáticas e, por isso, decidi experimentar. Se for aprovado, tanto melhor. Mantê-los-ei informados..
Porquê que este sistema é perverso? Por que influencia o conteúdo de um blog. Ele exige que o autor do blog inclua determinado conteúdo em palavras e em links. Em segundo lugar este sistema tem o propósito e nisso o autor do artigo no suplemento Digital, João Pedro Pereira, foi muito certeiro no título da notícia, de enganar os motores de busca que olham para os links como um voto de confiança, como um ponto a favor de um site. Quando o leitor coloca um link no seu sítio está a indicar a quem visita esse site outros lugares na rede onde os leitores podem querer ir por estar lá informação relacionada. Ao fabricar estes links, afinal de contas estas ligações aparecem como ligações pagas, estamos a contribuir para que os resultados de motores de busca como o Google sejam artificiais. É claro que o Google e os outros têm equipas de pessoas que se dedicam a resolver estes problemas mas mesmo assim estamos, ao entrar nestes sistemas, a contribuir para a artificialidade dos resultados ou para que os resultados não tenham como base o mérito ou a sua relevância. É por isso que eu acho isto tudo uma grande degradação da blogosfera. É por essas razões também que não incluo links nem para o blog A Peste nem para a empresa ou empresas que promovem este tipo de actividade de credibilidade duvidosa.
Mas afinal eu sou contra a rentabilização dos blogues? Não sou nem um pouco. Aliás, ao contrário do pensamento dominante eu não acho negativo ganhar dinheiro ou rentabilizar qualquer coisa que seja. Num país onde uma fatia enorme do bolo das pessoas que trabalham parecem não gostar do que fazem acho um privilégio gostar do que se faz, ter paixão pelas nossas actividades e se podermos ter algum retorno sobre o que gostamos de fazer ainda melhor.
A diferença entre o sistema que empresas como a Pay per Post ou a Blogvertise e o sistema que uso é grande. Ao colocar anúncios no meu blog como estes que estou a usar neste momento no topo da página, no rodapé e ao lado, em primeiro lugar estou a identificá-los como publicidade, uma coisa que não acontece com o sistema pay per post. Não acontece necessariamente pois os autores não são obrigados a distinguir esses artigos de outros quaisquer. Quando digo que estou a identificá-los como publicidade não me estou a referir ao texto PUBLICIDADE que coloquei de propósito estou a referir-me que as próprias caixas de anúncios se identificam automaticamente como publicidade.
Os anúncios que aparecem estão relacionados com os temas que escrevo e podem ser relevantes para si, caro leitor, uma vez que está a ler esta página. É você que decide se quer ou não clicar, se quer ou não saber mais sobre a informação que aparece no anúncio, não sou eu.
Não estou a dar votos de confiança a ninguém com esses links que são tratados como scripts de java pelos motores de busca, logo não estou a vender links a quem paga. Não têm intromissão absolutamente nenhuma nos conteúdos deste blog. Posso escrever o que eu quiser, usar as palavras que entender, criar ou não links para páginas que entenda. Por exemplo mais acima neste mesmo texto tenho uma ligação para a explicação de uma definição para ajudar o leitor menos técnico a perceber esse conceito.
Engraçado é ler A Peste e ver a sequência dos posts. Um sobre seguros de viagem, depois um artigo sobre pousadas na Austrália. Depois uma data de outros artigos originais mas logo surge um sobre pousadas em Paris. Jorge Vaz Nande deve-se divertir muito e tem concerteza de exercitar a sua imaginação para conseguir elaborar um texto que não seja aborrecido com as palavras e links que tem de apresentar. O problema no entanto mantém-se, está a contribuir para que os resultados do motor de busca sejam menos pelo mérito e sim de quem mais paga. Os que mais querem pagar têm sempre a hipótese de comprar anúncios como fazem muitas empresas. Comprar anúncios que aparecem do lado direito dos resultados da busca e que são devidamente apresentados como anúncios.
Para terminar e seguindo a inspiração de Jorge Vaz Nande coloco aqui um vídeo tirado do seu blog que nada tem a ver com texto que vos escrevo hoje a estas horas.
Muitos bloggers, sedentos de receber mais uns tostões começam no entanto a se prostituir, a prostituir os seus espaços e toda a ideia original de um blog. No início e ainda hoje é um espaço de opinião livre onde podemos ter uma audiência global, livre de censuras editoriais, onde o único limite é a nossa própria capacidade de imaginação, a nossa capacidade de comunicação, as nossas ideias para uma comunidade melhor. Um espaço que seria impossível de obter há uns escassos quinze ou vinte anos atrás e que nos é dado pelos serviços gratuitos de blogs.
A ideia é a seguinte e pode ser feita por qualquer pessoa. Eu, o leitor ou qualquer outra pessoa que tenha um blog podem entrar neste esquema perverso e qualquer um pode ter um blog hoje em dia, basta saber navegar na internet. Tem também de saber ler e escrever. Depois, tem de se inscrever num desses sites que promovem estes esquemas que enganam os motores de busca. Consoante o PageRank do blog pode ganhar umas centenas de dólares com isto. Obviamente quanto maior for o PageRank do sítio mais aumenta o seu potencial de ganhos. O passo seguinte é escrever um artigo e incluí-lo no site com a condição do seu artigo ter de estar online durante um número mínimo de dias.
Um dos utilizadores deste sistema entre muitos é Jorge Vaz Nande, autor do blog A Peste. Segundo este blogger Houve um factor essencial que me fez querer experimentar o Blogsvertise: o de não se pedir uma orientação da opinião. O que se quer é só que o blogger escreva sobre a empresa anunciante, bem ou mal. As regras não me pareceram problemáticas e, por isso, decidi experimentar. Se for aprovado, tanto melhor. Mantê-los-ei informados..
Porquê que este sistema é perverso? Por que influencia o conteúdo de um blog. Ele exige que o autor do blog inclua determinado conteúdo em palavras e em links. Em segundo lugar este sistema tem o propósito e nisso o autor do artigo no suplemento Digital, João Pedro Pereira, foi muito certeiro no título da notícia, de enganar os motores de busca que olham para os links como um voto de confiança, como um ponto a favor de um site. Quando o leitor coloca um link no seu sítio está a indicar a quem visita esse site outros lugares na rede onde os leitores podem querer ir por estar lá informação relacionada. Ao fabricar estes links, afinal de contas estas ligações aparecem como ligações pagas, estamos a contribuir para que os resultados de motores de busca como o Google sejam artificiais. É claro que o Google e os outros têm equipas de pessoas que se dedicam a resolver estes problemas mas mesmo assim estamos, ao entrar nestes sistemas, a contribuir para a artificialidade dos resultados ou para que os resultados não tenham como base o mérito ou a sua relevância. É por isso que eu acho isto tudo uma grande degradação da blogosfera. É por essas razões também que não incluo links nem para o blog A Peste nem para a empresa ou empresas que promovem este tipo de actividade de credibilidade duvidosa.
Mas afinal eu sou contra a rentabilização dos blogues? Não sou nem um pouco. Aliás, ao contrário do pensamento dominante eu não acho negativo ganhar dinheiro ou rentabilizar qualquer coisa que seja. Num país onde uma fatia enorme do bolo das pessoas que trabalham parecem não gostar do que fazem acho um privilégio gostar do que se faz, ter paixão pelas nossas actividades e se podermos ter algum retorno sobre o que gostamos de fazer ainda melhor.
A diferença entre o sistema que empresas como a Pay per Post ou a Blogvertise e o sistema que uso é grande. Ao colocar anúncios no meu blog como estes que estou a usar neste momento no topo da página, no rodapé e ao lado, em primeiro lugar estou a identificá-los como publicidade, uma coisa que não acontece com o sistema pay per post. Não acontece necessariamente pois os autores não são obrigados a distinguir esses artigos de outros quaisquer. Quando digo que estou a identificá-los como publicidade não me estou a referir ao texto PUBLICIDADE que coloquei de propósito estou a referir-me que as próprias caixas de anúncios se identificam automaticamente como publicidade.
Os anúncios que aparecem estão relacionados com os temas que escrevo e podem ser relevantes para si, caro leitor, uma vez que está a ler esta página. É você que decide se quer ou não clicar, se quer ou não saber mais sobre a informação que aparece no anúncio, não sou eu.
Não estou a dar votos de confiança a ninguém com esses links que são tratados como scripts de java pelos motores de busca, logo não estou a vender links a quem paga. Não têm intromissão absolutamente nenhuma nos conteúdos deste blog. Posso escrever o que eu quiser, usar as palavras que entender, criar ou não links para páginas que entenda. Por exemplo mais acima neste mesmo texto tenho uma ligação para a explicação de uma definição para ajudar o leitor menos técnico a perceber esse conceito.
Engraçado é ler A Peste e ver a sequência dos posts. Um sobre seguros de viagem, depois um artigo sobre pousadas na Austrália. Depois uma data de outros artigos originais mas logo surge um sobre pousadas em Paris. Jorge Vaz Nande deve-se divertir muito e tem concerteza de exercitar a sua imaginação para conseguir elaborar um texto que não seja aborrecido com as palavras e links que tem de apresentar. O problema no entanto mantém-se, está a contribuir para que os resultados do motor de busca sejam menos pelo mérito e sim de quem mais paga. Os que mais querem pagar têm sempre a hipótese de comprar anúncios como fazem muitas empresas. Comprar anúncios que aparecem do lado direito dos resultados da busca e que são devidamente apresentados como anúncios.
Para terminar e seguindo a inspiração de Jorge Vaz Nande coloco aqui um vídeo tirado do seu blog que nada tem a ver com texto que vos escrevo hoje a estas horas.
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