domingo, fevereiro 24, 2008
DUBAI TOWERS
(Lisboa) Inspiradas em chamas estas torres ficarão no Dubai. Estarão prontas lá para o final de 2009. Uma questão que fica: como é que funcionarão os elevadores? Será que vão andar às curvas pela torre? Os elevadores nestes edifícios grandes costumam ser feitos por troços por isso não será um único túnel de elevador a furar o prédio todo.
sábado, fevereiro 23, 2008
O EXEMPLO DE FIDEL
(Lisboa) Aqui na nossa Ilha poderia ser seguido o exemplo cubano. Substituir os nossos líderes pelos seus irmãos, pelas suas irmãs, pelos sobrinhos, pelos primos, pelos amiguinhos do peito. Dá um toque familiar à coisa. E quem está à espera de 2011 que não se iluda. Depois vem mais do mesmo com Ele ou sem Ele.
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
POR FALAR EM SÉRIES QUE MARCARAM UMA GERAÇÃO
(Lisboa) A saga continua agora com o filho de Michael Night. Será que vai chegar a Portugal. Esperemos que não dobrado. O novo Justiceiro ou o novo Night Rider.
FUNCHAL
domingo, fevereiro 17, 2008
AEROPORTO DA MADEIRA
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
terça-feira, fevereiro 05, 2008
domingo, fevereiro 03, 2008
sábado, fevereiro 02, 2008
POSTAIS DO RIO DE JANEIRO - CRISTO REDENDOR - CORCOVADO
(Lisboa) Um pouco de história do Cristo Redentor, retirado da informação disponível no próprio Monumento:
Século XVI - Os portugueses dão ao morro o nome de Pináculo (ou Pico) da Tentação, em alusão a um monte bíblico.
Século XVII - O morro é rebaptizado como Corcovado, nome derivado de sua forma, que lembra uma corcova ou corcunda.
1824 - D. Pedro I lidera pessoalmente a primeira expedição oficial ao Corcovado, que resulta na abertura de um caminho de acesso ao cume.
1859 - Ao chegar ao Rio de Janeiro, o padre Lazarista Pedro Maria Boss encanta-se com a beleza do Corcovado e sugere à princesa Isabel a edificação de um monumento religioso no local.
1882 - D. Pedro II concede aos engenheiros João Teixeira Soares e Francisco Pereira Passos a permissão para construirem e explorarem a Estrada de Ferro do Corcovado.
1884 - É inaugurado o trecho entre o Cosme Velho e as Paineiras da Estrada de Ferro do Corcovado, com a presença da família imperial. Na mesma ocasião inaugura-se o Hotel das Paineiras.
1885 - É inaugurado o trecho entre as Paineiras e o Corcovado, completando assim a extensão total da Estrada de Ferro, com 3800 metros.
Início da década de 1910 - A Companhia The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power - conhecida como Light - concessionária da Estrada de Ferro do Corcovado desde 1906, transforma-se na primeira ferrovia do Brasil a ser electrificada.
1921 - A ideia da construção do monumento ao Cristo Redentor surge para marcar a comemoração do Centenário da Independência do Brasil no ano seguinte. Reúne-se no Círculo Católico a primeira assembleia destinada a discutir o projecto e o local para a edificação do monumento. Disputam o Corcovado, o Pão de Açúcar e o Morro de Santo António. Vence a opção do Corcovado, o maior dos pedestais.
1922 - Um abaixo-assinado com mais de 20 mil nomes solicita ao Presidente Epitácio Pessoa permissão para a edificação da estátua. A pedra fundamental da construção do monumento no morro do Corcovado é lançada no dia 4 de Abril de 1922.
1923 - É realizado um concurso de projectos para a construção do monumento ao Cristo Redentor. O projecto escolhido é o do engenheiro Heitor da Silva Costa. Em Setembro é organizada a Semana do Monumento, uma campanha nacional para arrecadação de fundos para as obras.
1926 - São iniciadas as obras de edificação do monumento.
1931 - A estátua do Cristo redentor é inaugurada no dia 12 de Outubro. O desenho final do monumento é de autoria do artista plástico Carlos Oswald e a execução da escultura é da responsabilidade do estatuário francês Paul Landowski. O monumento ao Cristo Redentor no morro do Corcovado torna-se a maior escultura art déco do mundo. O evento de inauguração tem a presença do cardeal dom Sebastião Leme, do chefe do governo provisório, Getúlio Vargas, e de todo o seu ministério.
Por iniciativa do jornalista Assis Chateaubriand, o cientista italiano Gugliermo Marconi foi convidado a inaugurar a iluminação do monumento, a partir do seu iate Electra, fundeado na baía de Nápoles. Emitido do iate o sinal eléctrico seria captado por uma estação receptora instalada em Dorchester, na Inglaterra, e retransmitido para uma antena em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, de onde seriam acesas as luzes do Corcovado. No entanto, o mau tempo no dia prejudicou a transmissão e o monumento foi iluminado directamente do Rio de Janeiro.
Em 21 de Outubro sobre a orientação do cardeal dom Sebastião Leme, foi criada a ordem Arquidiocesana do Cristo Redentor em substituição à Comissão Organizadora do Monumento, tendo por objectivo administrá-lo e conservá-lo.
1932 - Por iniciativa do jornal O Globo, a iluminação definitiva substitui o sistema de luz provisório instalado desde a inauguração.
1934 - A União transfere o domínio da área de 477m2 situada no alto do Corcovado à Ordem Arquidiocesana do Cristo Redentor.
1960 - Por decreto do então cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Jaime de Barros, a ordem Arquidiocesana do Cristo Redentor é extinta e substituída pela Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro.
1973 - O monumento do Cristo Redentor é tombado pelo Instituto do Património Histórico Nacional (IPHAN).
1980 - Recuperação do monumento por ocasião da visita do papa João Paulo II.
1990 - O monumento do Cristo Redentor é tombado pelo município do Rio de Janeiro. Um convénio entre a Rede Globo de Televisão, a Shell do Brasil, a Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria do Património Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) e a Prefeitura do Rio de Janeiro promove uma ampla reforma no monumento.
O Ibama assume as actividades de vigilância, limpeza e conservação da estátua e seu entorno. O direito de uso da imagem do Cristo Redentor mantém-se sob a exclusividade da Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro.
2000 - É iniciado o projecto Cristo Redentor, com as seguintes acções: recuperação do monumento, com a instalação de projecção catódica, nova iluminação, criação de sinalização histórica e turística, uma parceria entre a Fundação Roberto Marinho, Banco Real Amro Bank, Ibama, Arquidiocese e Prefeitura da Cidade.
2001 - A Gerdau S. A. integrou-se ao Projecto Cristo Redentor para as obras de ampliação da plataforma do trem, melhoria de infraestrutura e implantação de elevadores, passarelas metálicas e escadas rolantes.
2003 - Com a conclusão das obras do Projecto Cristo Redentor, o acesso ao Corcovado é facilitado, contribuindo para aumentar o número de visitantes a este importante ponto turístico da Cidade.
Falta com certeza acrescentar:
2007 - Em Julho o Cristo Redentor passa a figurar nas Novas 7 Maravilhas do Mundo.
O Cristo Redentor foi feito a pensar na comemoração do Centenário da Independência do Brasil. Estamos quase no Bicentenário da Independência do Brasil (faltam 14 anos). Será que estão a pensar fazer algum monumento para comemorar o Evento?
Para quem vai visitar o Cristo Redentor fica a informação de que o bilhete custa R$36 por pessoa e quando apanhar o comboio ou como os locais chamam, o bondinho, convém ficar do lado direito no sentido de quem sobe para ter uma vista melhor sobre a cidade do Rio de Janeiro.
Este é o fim de semana do Carnaval. Bom Carnaval para quem gosta!
Século XVI - Os portugueses dão ao morro o nome de Pináculo (ou Pico) da Tentação, em alusão a um monte bíblico.
Século XVII - O morro é rebaptizado como Corcovado, nome derivado de sua forma, que lembra uma corcova ou corcunda.
1824 - D. Pedro I lidera pessoalmente a primeira expedição oficial ao Corcovado, que resulta na abertura de um caminho de acesso ao cume.
1859 - Ao chegar ao Rio de Janeiro, o padre Lazarista Pedro Maria Boss encanta-se com a beleza do Corcovado e sugere à princesa Isabel a edificação de um monumento religioso no local.
1882 - D. Pedro II concede aos engenheiros João Teixeira Soares e Francisco Pereira Passos a permissão para construirem e explorarem a Estrada de Ferro do Corcovado.
1884 - É inaugurado o trecho entre o Cosme Velho e as Paineiras da Estrada de Ferro do Corcovado, com a presença da família imperial. Na mesma ocasião inaugura-se o Hotel das Paineiras.
1885 - É inaugurado o trecho entre as Paineiras e o Corcovado, completando assim a extensão total da Estrada de Ferro, com 3800 metros.
Início da década de 1910 - A Companhia The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power - conhecida como Light - concessionária da Estrada de Ferro do Corcovado desde 1906, transforma-se na primeira ferrovia do Brasil a ser electrificada.
1921 - A ideia da construção do monumento ao Cristo Redentor surge para marcar a comemoração do Centenário da Independência do Brasil no ano seguinte. Reúne-se no Círculo Católico a primeira assembleia destinada a discutir o projecto e o local para a edificação do monumento. Disputam o Corcovado, o Pão de Açúcar e o Morro de Santo António. Vence a opção do Corcovado, o maior dos pedestais.
1922 - Um abaixo-assinado com mais de 20 mil nomes solicita ao Presidente Epitácio Pessoa permissão para a edificação da estátua. A pedra fundamental da construção do monumento no morro do Corcovado é lançada no dia 4 de Abril de 1922.
1923 - É realizado um concurso de projectos para a construção do monumento ao Cristo Redentor. O projecto escolhido é o do engenheiro Heitor da Silva Costa. Em Setembro é organizada a Semana do Monumento, uma campanha nacional para arrecadação de fundos para as obras.
1926 - São iniciadas as obras de edificação do monumento.
1931 - A estátua do Cristo redentor é inaugurada no dia 12 de Outubro. O desenho final do monumento é de autoria do artista plástico Carlos Oswald e a execução da escultura é da responsabilidade do estatuário francês Paul Landowski. O monumento ao Cristo Redentor no morro do Corcovado torna-se a maior escultura art déco do mundo. O evento de inauguração tem a presença do cardeal dom Sebastião Leme, do chefe do governo provisório, Getúlio Vargas, e de todo o seu ministério.
Por iniciativa do jornalista Assis Chateaubriand, o cientista italiano Gugliermo Marconi foi convidado a inaugurar a iluminação do monumento, a partir do seu iate Electra, fundeado na baía de Nápoles. Emitido do iate o sinal eléctrico seria captado por uma estação receptora instalada em Dorchester, na Inglaterra, e retransmitido para uma antena em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, de onde seriam acesas as luzes do Corcovado. No entanto, o mau tempo no dia prejudicou a transmissão e o monumento foi iluminado directamente do Rio de Janeiro.
Em 21 de Outubro sobre a orientação do cardeal dom Sebastião Leme, foi criada a ordem Arquidiocesana do Cristo Redentor em substituição à Comissão Organizadora do Monumento, tendo por objectivo administrá-lo e conservá-lo.
1932 - Por iniciativa do jornal O Globo, a iluminação definitiva substitui o sistema de luz provisório instalado desde a inauguração.
1934 - A União transfere o domínio da área de 477m2 situada no alto do Corcovado à Ordem Arquidiocesana do Cristo Redentor.
1960 - Por decreto do então cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Jaime de Barros, a ordem Arquidiocesana do Cristo Redentor é extinta e substituída pela Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro.
1973 - O monumento do Cristo Redentor é tombado pelo Instituto do Património Histórico Nacional (IPHAN).
1980 - Recuperação do monumento por ocasião da visita do papa João Paulo II.
1990 - O monumento do Cristo Redentor é tombado pelo município do Rio de Janeiro. Um convénio entre a Rede Globo de Televisão, a Shell do Brasil, a Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria do Património Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) e a Prefeitura do Rio de Janeiro promove uma ampla reforma no monumento.
O Ibama assume as actividades de vigilância, limpeza e conservação da estátua e seu entorno. O direito de uso da imagem do Cristo Redentor mantém-se sob a exclusividade da Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro.
2000 - É iniciado o projecto Cristo Redentor, com as seguintes acções: recuperação do monumento, com a instalação de projecção catódica, nova iluminação, criação de sinalização histórica e turística, uma parceria entre a Fundação Roberto Marinho, Banco Real Amro Bank, Ibama, Arquidiocese e Prefeitura da Cidade.
2001 - A Gerdau S. A. integrou-se ao Projecto Cristo Redentor para as obras de ampliação da plataforma do trem, melhoria de infraestrutura e implantação de elevadores, passarelas metálicas e escadas rolantes.
2003 - Com a conclusão das obras do Projecto Cristo Redentor, o acesso ao Corcovado é facilitado, contribuindo para aumentar o número de visitantes a este importante ponto turístico da Cidade.
Falta com certeza acrescentar:
2007 - Em Julho o Cristo Redentor passa a figurar nas Novas 7 Maravilhas do Mundo.
O Cristo Redentor foi feito a pensar na comemoração do Centenário da Independência do Brasil. Estamos quase no Bicentenário da Independência do Brasil (faltam 14 anos). Será que estão a pensar fazer algum monumento para comemorar o Evento?
Para quem vai visitar o Cristo Redentor fica a informação de que o bilhete custa R$36 por pessoa e quando apanhar o comboio ou como os locais chamam, o bondinho, convém ficar do lado direito no sentido de quem sobe para ter uma vista melhor sobre a cidade do Rio de Janeiro.
Este é o fim de semana do Carnaval. Bom Carnaval para quem gosta!
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
CYBER.NET
(Lisboa) Foi há dez anos que acabou uma das melhores revistas que já tive o prazer de ler. Tinha o nome de Cyber.net e apareceu no já distante ano de 1995. Andava eu no ensino secundário na Escola Industrial, aqui no Funchal. Na altura ninguém sabia o que era a Internet. Era tudo muito confuso. Como é que os computadores poderiam estar todos ligados? De que maneira a troca de informação se processaria? Não conhecia ninguém que tivesse Internet em casa nesses primeiros tempos de revista. A Internet foi-me apresentada por essa revista. Navegava na Net pela revista sem saber muito bem o que era. A revista começou por ser dividida em duas: uma dedicada à rede das redes e a outra dedicada ao CD-ROM que a acompanhava. No CD-ROM, para além de jogos e de programas de software, uns integrais, outros em versão de demonstração, poderia-se encontrar pequenas reportagens interactivas sobre temas variados num formato que depois evoluiu, de uma forma natural, para uma revista em formato electrónico.
Para terem uma noção da minha ignorância sobre a Internet, só toquei num PC com ligação à Internet quando entrei para a faculdade. Foi na minha primeira semana de ensino superior, no fim dela, numa sexta-feira, numa altura em que já não tinha mais aulas e já não havia mais nada para fazer. Decidi ir para um barracão de madeira que toda a gente chamava o CIIST. CIIST quer dizer Centro de Informática do Instituto Superior Técnico. Naquela altura era muito complicado arranjar computador. Foi atravez da faculdade que tive o meu primeiro email. Era uma coisa do género qualquercoisa@alfa.ist.utl.pt. Talvez por ser Sexta-Feira, talvez por muita gente já ter ido para a santa terrinha, coisa que eu não poderia fazer por razão da minha terra ficar muito longe de Lisboa e ser impraticável ir todo o fim-de-semana, talvez por já ser fim de tarde, encontrei uma máquina livre. Para aquela máquina estar fazia poderia não funcionar como alguns mais velhos já me tinham dito. Sentei-me e o primeiro site a que me liguei foi o www.nasa.gov. Foi uma alegria muito grande para mim ter ali tanta informação ao meu dispor sobre a empresa e sobre as missões que desenvolvia no presente bem como as do futuro. Corria o ano de 1997, o ano em que a Pathfinder chegou a Marte e o seu pequeno rover circulou pelo planeta vermelho. Uma colega minha de escola (a única que eu saiba) tinha internet em casa e acompanhou as primeiras fotografias que eram colocadas online.
Na altura, grande parte do CIIST, estava ligado ao IRC através de uns programas chamados MIRC. Toda a gente usava esses programas com nicks ou apelidos que dependiam da imaginação de cada um. O objectivo era conhecer pessoas, de preferência do sexo oposto com quem se podessem dar umas cambalhotas. Não me venham com conversas que esse era o móbil do crime! Nada contra. Tudo a favor. Era muito estranho ver uma sala inteira de pessoas solitárias à procura de contacto social. Era estranho e contraditório mas eram esses os tempos e são ainda os tempos modernos: pessoas sós, com uma vida virtual e imaginária longe da real e da possível.
Voltando à Cyber.net, foi uma revista que me ensinou muito do que sei sobre a rede de computadores conhecida como Internet. Não era uma revista de informática, nem uma revista de computadores, nem uma revista sobre hardware ou softaware. Era uma revista talvez inspirada pela Wired. Aliás a Wired é a única revista que conheço que colocaria como semelhante à Cyber.net. As referências na Cyber à Wired são muitas. Era uma cultura. Em Fevereiro de 1998 chega uma carta, enviada a todos os assinates, fazendo as despedidas da revista e desejando um até sempre, ou melhor, transcrevendo, um "até à próxima" que é o que se costuma dizer quando não se quer perder o contacto mas as circunstâncias não nos permitem escolher ou agendar um próximo encontro.
A Cyber.Net aparece nas bancas de jornal em Julho de 1995 e por curiosidade, que sempre me acompanha na vida, comprei-a. Custava uns oitocentos e cinquenta escudos, uns quatro euros e vinte e cinco cêntimos, fazendo a conversão para a moeda actual. Era a versão portuguesa de uma revista chamada .NET. Na altura, em Julho de 1995 a revista dava como utilizadores da net quase 30 milhões de utilizadores. Não faço ideia de como se teria chegado a este número mas parecia-me já muita gente e parecia-me que mesmo falando em termos globais já estava a chegar um pouco atrasado a esta revolução. Uma revolução fantástica e na revista dizia que ninguém comandava a rede. O crescimento era orgânico diziam eles. Hoje os utilizadores da Internet são muitos mais. Hoje já muita gente está ligada, já muita gente usa a rede com normalidade e tranquilidade. A Internet não nos faz mais felizes mas possibilita-nos fazer as coisas mais confortavelmente ou mais rapidamente do que antes. Muitas das coisas pelo menos.
Para terem uma noção da minha ignorância sobre a Internet, só toquei num PC com ligação à Internet quando entrei para a faculdade. Foi na minha primeira semana de ensino superior, no fim dela, numa sexta-feira, numa altura em que já não tinha mais aulas e já não havia mais nada para fazer. Decidi ir para um barracão de madeira que toda a gente chamava o CIIST. CIIST quer dizer Centro de Informática do Instituto Superior Técnico. Naquela altura era muito complicado arranjar computador. Foi atravez da faculdade que tive o meu primeiro email. Era uma coisa do género qualquercoisa@alfa.ist.utl.pt. Talvez por ser Sexta-Feira, talvez por muita gente já ter ido para a santa terrinha, coisa que eu não poderia fazer por razão da minha terra ficar muito longe de Lisboa e ser impraticável ir todo o fim-de-semana, talvez por já ser fim de tarde, encontrei uma máquina livre. Para aquela máquina estar fazia poderia não funcionar como alguns mais velhos já me tinham dito. Sentei-me e o primeiro site a que me liguei foi o www.nasa.gov. Foi uma alegria muito grande para mim ter ali tanta informação ao meu dispor sobre a empresa e sobre as missões que desenvolvia no presente bem como as do futuro. Corria o ano de 1997, o ano em que a Pathfinder chegou a Marte e o seu pequeno rover circulou pelo planeta vermelho. Uma colega minha de escola (a única que eu saiba) tinha internet em casa e acompanhou as primeiras fotografias que eram colocadas online.
Na altura, grande parte do CIIST, estava ligado ao IRC através de uns programas chamados MIRC. Toda a gente usava esses programas com nicks ou apelidos que dependiam da imaginação de cada um. O objectivo era conhecer pessoas, de preferência do sexo oposto com quem se podessem dar umas cambalhotas. Não me venham com conversas que esse era o móbil do crime! Nada contra. Tudo a favor. Era muito estranho ver uma sala inteira de pessoas solitárias à procura de contacto social. Era estranho e contraditório mas eram esses os tempos e são ainda os tempos modernos: pessoas sós, com uma vida virtual e imaginária longe da real e da possível.
Voltando à Cyber.net, foi uma revista que me ensinou muito do que sei sobre a rede de computadores conhecida como Internet. Não era uma revista de informática, nem uma revista de computadores, nem uma revista sobre hardware ou softaware. Era uma revista talvez inspirada pela Wired. Aliás a Wired é a única revista que conheço que colocaria como semelhante à Cyber.net. As referências na Cyber à Wired são muitas. Era uma cultura. Em Fevereiro de 1998 chega uma carta, enviada a todos os assinates, fazendo as despedidas da revista e desejando um até sempre, ou melhor, transcrevendo, um "até à próxima" que é o que se costuma dizer quando não se quer perder o contacto mas as circunstâncias não nos permitem escolher ou agendar um próximo encontro.
A Cyber.Net aparece nas bancas de jornal em Julho de 1995 e por curiosidade, que sempre me acompanha na vida, comprei-a. Custava uns oitocentos e cinquenta escudos, uns quatro euros e vinte e cinco cêntimos, fazendo a conversão para a moeda actual. Era a versão portuguesa de uma revista chamada .NET. Na altura, em Julho de 1995 a revista dava como utilizadores da net quase 30 milhões de utilizadores. Não faço ideia de como se teria chegado a este número mas parecia-me já muita gente e parecia-me que mesmo falando em termos globais já estava a chegar um pouco atrasado a esta revolução. Uma revolução fantástica e na revista dizia que ninguém comandava a rede. O crescimento era orgânico diziam eles. Hoje os utilizadores da Internet são muitos mais. Hoje já muita gente está ligada, já muita gente usa a rede com normalidade e tranquilidade. A Internet não nos faz mais felizes mas possibilita-nos fazer as coisas mais confortavelmente ou mais rapidamente do que antes. Muitas das coisas pelo menos.
FUNCHAL
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