domingo, maio 30, 2021

PAREDES PINTADAS

MURAL NA CALÇADA DE CARRICHE


(Lisboa) Tem poucos dias, esta obra de arte. Detalhes que só se vê andando a pé.

 Detalhe do mural realizado num dos acessos à ponte pedonal na Calçada de Carriche em Lisboa, no âmbito do projecto Mural18 promovido pela Área Metropolitana de Lisboa e com o apoio da Galeria de Arte Urbana | GAU, da Câmara Municipal de Lisboa e da Câmara Municipal da Moita. in @pinhal_art (Pedro Pinhal)

segunda-feira, maio 24, 2021

JUPITER E SATURNO

FUNCHAL - JUPITER - SATURNO - CALLISTO - IO - GANYMEDE - EUROPA

(Lisboa) No passado mês de dezembro, no Funchal, captei esta imagem. Aqui estão os dois planetas maiores do nosso Sistema Solar: Júpiter e Saturno. Júpiter é a bola maior do lado esquerdo e Saturno é a oval quase no canto superior direito. Também se veem as luas de Júpiter, as quatro maiores, são aquelas quatro manchas que aparecem sobre uma linha imaginária oblíqua que corta o planeta pelo equador. De cima para baixo, Callisto mais afastado, do lado esquerdo, Io e Ganymede bem mais perto e ainda do mesmo lado esquerdo e Europa do lado direito.

HENRIQUE AFONSO

(Lisboa) Quem não tem o desejo de dar a volta ao mundo? De barco, de avião, de carro, bicicleta ou até a pé. Sim a pé, creio que seria possível em teoria e em termos de distância apenas. Estou só a fazer a contabilidade de distância porque uma volta ao mundo implica atravessar superfície terrestre coberta por água e claro que a pé, de carro ou de bicicleta não seria possível. Mas uma viagem desta natureza só é real tendo uma condição física aceitável, paciência e muita muita vontade. Henrique Afonso viaja na sua Sofia do Mar desde janeiro de 2019 e deve chegar nas próximas semanas à Ilha da Madeira. Imagino que será muito bem recebido. Tenho acompanhado algumas das suas publicações que faz nas redes sociais, por onde passa. Há uns dias publicou um vídeo onde mostra os sítios no globo onde esteve. Impressionante. O perímetro da Terra são mais ou menos uns 40000 km. A viagem não é um perímetro perfeito por isso a distância percorrida pela Sofia do Mar terá de ser superior a esse valor. Tenho tantas perguntas que gostava de fazer.

Referências:

(1) - https://historiasdomar.blogosfera.uol.com.br/2021/05/01/portugues-da-volta-ao-mundo-com-200-litros-de-vinho-no-barco-mas-nao-bebe/

(2) - https://www.dnoticias.pt/2018/12/20/178136-madeirense-de-56-anos-vai-dar-a-volta-ao-mundo-sozinho-num-veleiro-e-volta-em-2022/

(3) - https://www.oseculoonline.com/volta-ao-mundo-no-veleiro-sofia-do-mar-portugues-jose-afonso-saiu-da-ilha-da-madeira-e-ja-esteve-em-durban-cabo-e-port-elizabeth/

(4) - http://www.cm-funchal.pt/en/not%C3%ADciaspt/5429-henrique-afonso-%E2%80%9Cpirata%E2%80%9D-partiu-do-funchal.html


quarta-feira, maio 12, 2021

30 ANOS DEPOIS

VISITA DO PAPA À MADEIRA - 1991

(Lisboa) Foi num sábado ou num domingo? Não tinha a certeza quando comecei a escrever estas linhas. 12 de maio de 1990 foi num domingo, tirei a dúvida agora mesmo, num calendário. Saímos de casa eu, o meu pai, a minha mãe e a minha irmã. Fomos ver o cortejo papal na esquina entre a Rua do Bom Jesus e a Rua 31 de Janeiro. Era da parte da manhã. É a única fotografia que tenho da visita do Papa à Madeira, e acho que foi também a única que tirei. Foi o melhor que consegui numa máquina que era muito simples, para tirar fotos: era só carregar no botão, não havia nenhum ajuste possível em termos de abertura ou velocidade de captura. A única coisa mais complexa era mesmo olhar pela ocular e tentar apanhar o alvo. Estou a falar de uma máquina que tinha um formato rectangular, deveria ter mais ou menos o volume de três caixas de fósforos alinhadas. Depois de tirar as fotos tínhamos de esperar o rolo acabar para então revelar as doze ou vinte e quatro que nunca eram doze ou vinte e quatro porque algumas não eram reveladas por vontade própria das pessoas que o faziam, na loja de fotografia. Mais um tipo de serviço que hoje praticamente já não existe. Foi a primeira vez que tirei a fotografia ao papamóvel, na altura desconhecia o seu destino e já agora, o meu também. Voltei a fotografá-lo uns anos mais tarde, por acaso (2) e anos depois em frente à Sé (1). O Diário de Notícias da Madeira, de vez em quando, nos presenteia com edições antigas completas em PDF e também recentemente disponibilizou a edição de 4 de maio de 1991, uns dias antes da visita de João Paulo II, com boatos da capital estampados na capa (3). Nesse dia 4 de maio se forem ver em (3) a programação da RTP-Madeira, passou o McGuiver, o Rotações e o Caminho das Estrelas também, tudo mais ou menos à hora de almoço que é o tempo que se convencionu chamar ao intervalo entre as doze e as catorze horas. No sábado seguinte, véspera da visita do Papa, também deve ter sido esse o alinhamento. À tarde fui para a catequese, mas disso já falei aqui há uns dias atrás. 

Referências:

domingo, maio 09, 2021

BAIXIO

BAIXIO - IMO 801056 - FUNCHAL

(Lisboa) Um baixio é uma parte do mar afastado da costa onde este é menos profundo. É o nome também deste navio, fotografado no penúltimo dia de 2020 ao largo do Funchal. Um dia de vento que produziu alguma ondulação, as chamadas ovelhinhas, no mar.

terça-feira, maio 04, 2021

IGREJA DE SANTA LUZIA

IGREJA DE SANTA LUZIA

(Lisboa) Não sei se foi aqui que fui batizado mas foi aqui que recebi a primeira comunhão e foi aqui também que tive todos os meus anos de catequese. Não cheguei a me crismar, deixei a catequese no último ano, quando por questões de idade ou burocráticas inventaram mais um (ano) para eu fazer. Desmotivei e não completei a minha formação católica. Tinha catequese aos sábados e não éramos muitos, chegámos a ser dois ou três na mesma turma, o máximo. O sábado à tarde era já uma extensão do domingo. No sábado de manhã há muita coisa aberta e é bom andar pela cidade quando ela funciona normalmente. O meu pai levava-me aos sábados de manhã pelas ruas do centro para o passeio matinal. À tarde eu vinha aqui para uma hora de formação religiosa. A miúda do basquetebol também, de vez em quando. Numa missa, num domingo de manhã, sentei-me ao lado dela na fila da frente. Não foi bem ao lado dela, estávamos nos extremos do banco e entre ela e eu ainda se poderiam contar: a prima dela, uma amiga e mais um ou dois sem rosto e sem nome. Há uma tendência para quando nos distraímos tomarmos a opção errada e eu para ir para o meu lugar, voltando da comunhão, poderia muito bem ter ido pela frente do genuflexório que na primeira fila não se encontra pegado com o banco da frente porque ele não existe. Em vez disso decidi ir pelo outro lado, talvez atraído pela força da gravidade da rapariga do basquetebol. Foi um festival de pisar pés. Com o meu calcanhar activei o ui na boca dela e um ai na prima e nas amigas. Poderia ter circulado pela tábua onde se encostam os joelhos mas sabem que nestas alturas a lógica perde todo o sentido. Até cheguei a jogar razoavelmente o jogo que ela treinava mas naquele dia a minha proximidade excessiva jogou-me definitivamente para longe da órbita daquele ser que dominava a minha atenção como um cometa que passa tão perto do Sol mas é jogado para sempre para as trevas do sistema solar.