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segunda-feira, setembro 07, 2020

AIRBUS A340

CS-TOB - D. JOÃO DE CASTRO - LPPT - AEROPORTO HUMBERTO DELGADO

 (Lisboa) Viajar, há várias maneiras de viajar e nem todas passam por se sentar num banco de avião durante muitas ou poucas horas. Há maneiras de viajar que também não passam por percorrer muitos quilómetros dentro de um carro. Não passam por passar vários dias dentro de um navio de cruzeiros a conhecer várias cidades portuárias. Não passam por conhecer a sua cidade ou o seu bairro a pé prestando atenção em pormenores que normalmente lhe passam despercebidos. Há formas de viajar que não implicam movimento físico. Um amigo meu da Escola Secundária Francisco Franco, por altura do secundário, perguntou-me por que lia, parecia-lhe a ele tão chato. Depende, ler pode ser chato de facto, se leres coisas que não gostas. Como ele era obrigado a ler Virgílio Ferreira e ou Eça de Queiroz e não gostava, fazia de tudo para evitar o sofrimento que lhe provocava essa acção, então comprava os resumos que na altura se vendiam das obras literárias exigidas na escola. Como para mim não fazia sentido ler o resumo sem ter lido o original nunca dei o dinheiro dos meus pais para comprar as interpretações dos outros. A descrição do Ramalhete era um desmotivador para muita gente e não vou censurar ninguém por isso. O mais importante era passar o gosto pela leitura e sempre tive as minhas dúvidas se obrigar alguém a se limitar a um conjunto tão limitado de obras e tipos de escrita não teria o efeito contrário. Com a chegada da Internet outra possibilidade de viajar passou a existir, ouvir uma rádio local mesmo que estejamos fora do alcance das ondas de FM ou OM.

A fotografia de hoje é de um dos antigos A340 da TAP, de matrícula CS-TOB e nome D. João de Castro. Fotografei-o num dos seus últimos voos. Ele foi protagonista em pelo menos duas NOS Air Race. Da primeira vez que fui ao Brasil levou-me ou trouxe-me, já não me recordo.

sábado, março 14, 2020

AIRBUS A340

AIRBUS A340 - CS-TOB - TAP AIR PORTUGAL - LPPT - AEROPORTO HUMBERTO DELGADO - AEROPORTO DE LISBOA

(Lisboa) O ano ainda vai no início e já temos a palavra que o vai marcar. A palavra do ano será covid19, a doença, ou então menos provável por ser mais difícil de memorizar, SARS-CoV-2, o vírus. Um vírus que fez o mundo parar. O Mundo parou e não se sabe ainda por quanto tempo.  Há um ano atrás, a 25 de março de 2019, tirei esta fotografia no Aeroporto de Lisboa de um aparelho que também parou, o A340 de matrícula CS-TOB que a TAP batizou de D. João de Castro. Eram 4 os A340 que a TAP Air Portugal tinha ao seu serviço: o CS-TOA, CS-TOB, CS-TOC e CS-TOD. Todos eles foram aposentados e substituídos por aviões mais modernos e eficientes, os A330 neo. Foi num destes, este ou o CS-TOD, a minha primeira viagem ao Brasil. A primeira viagem de longo curso a atravessar o Oceano Atlântico. O voo estava previsto partir bem cedo de Lisboa, às 9h30m e estava previsto chegar às 17h45m. Partiu em pleno inverno europeu e chegou no verão brasileiro ao Aeroporto de Guarulhos. Era estranho ver as celebrações de natal com aquele calor todo, não tão estranho talvez também porque o natal onde eu nasci e cresci, no Funchal, não é muito frio. Na altura não havia entretenimento individual nestes aviões, havia uma televisão, daquelas antigas, CRT, com aquele ar bem pesado, colocada em cima de assentos. Lembro-me de pensar que não gostaria de ir debaixo da televisão, de cada vez que o avião abanava a televisão abanava também um pouco, parecia que ia partir-se toda. O voo foi tranquilo mas como não estava habituado a voos longos, um pouco aborrecido. Depois com a preparação para a aterragem que começa, grosso modo de meia hora a uma hora antes animei. Ia descer num país novo para mim. Ainda na escada rolante e ouvia alguém a gritar brasileiros por aqui. Era o controle de passaporte. Depois do calor marcaram-me os orelhões espalhados por todo o lado vestidos de amarelo e os muitos cabos aéreos nas ruas que se encontravam todos em postes de madeira. Não sei como fazem manutenção a estas instalações eléctricas. Em algumas ruas vi cabos partidos que chegavam ao alcance de quem estivesse no passeio. São Paulo onde aterrei em Guarulhos tem muito mais que isso, tem a grande Avenida Paulista com os seus prédios altos. Eu sei que há cidades com muitos mais prédios altos que São Paulo mas era uma novidade para mim. Nunca tinha estado numa cidade tão grande, com tantas pessoas. As feiras que cada bairro organiza com os seus pasteis e caldo de cana. Também o sentimento de insegurança é uma realidade que condicionava a minha vontade de explorar. O segundo ponto a explorar, Rio de Janeiro. Uma viagem noturna de autocarro e uma paragem na entrada do Estado com direito a revista pela polícia e direito a ser apontado por uma arma de fogo com lanterna na minha cara. A cidade do Rio é muito mais bonita ao vivo, tem um cenário que nunca mais vou esquecer. Voltaria anos mais tarde ao Rio em trabalho para fazer os mesmos passeios mas nunca visitei a Igreja da Penha, fica para uma próxima. Verdade é que ficou muita coisa por ver e nas viagens posteriores também. Ficam sempre coisas por ver, caminhadas por fazer, pessoas por conhecer.

sexta-feira, janeiro 27, 2017

A340

CS-TOC - VENCESLAU DE MORAES - A340 - GUARULHOS

(Lisboa) É dos aviões com mais quilómetros voados da companhia. CS-TOC, um dos quatro Airbus A340 da TAP.

sábado, setembro 21, 2013

DINHEIRO A VOAR

(Lisboa) A foto resulta de uma colagem de imagens. A minha pequena compacta S50 da Cannon não tem uma grande abertura, por isso nunca conseguiria bater uma destas. Ficou com falhas como se pode ver no poste. Estes postes e fios eléctricos sempre causam problemas quando estão próximos e pretendem-se fazer panorâmicas. No canto direito chega o CS-TTL da TAP. Um Airbus A319-111 de catorze anos também conhecido por Almeida Garrett. Um aparelho destes é brinquedo para uns muitos milhões de euros. Os novos A350 que chegarão à TAP comecei a ouvir, ler, ver, que em 2013, depois 2015 e mais recentemente em 2017 [1] têm um custo unitário de cento e vinte e cinto milhões de euros [1]! Sim isso tudo. O avião não é desenhado de raiz e deve ser muito inspirado no A330. Se qualquer maneira fiquei impressionado com o preço absurdo. Absurdo no sentido do valor absoluto porque imagino que é preciso investir muito para produzir máquinas tão complexas como um avião de passageiros para a aviação comercial.

A TAP tem aviões semelhantes ao A350. São os A340 e os A330. Vamos pegar num A340. Se tivesse custado cento e vinte e cinco milhões de euros em 1994, ano em que começou a operar para a TAP o primeiro A340, o CS-TOA, e imaginando que terminaria o seu serviço aos vinte anos, portanto em 2014, teria um custo anual de seis milhões e duzentos e cinquenta mil euros. Conta fácil. Isso dá, por dia, dezassete mil cento e vinte e três euros e trinta cêntimos. Cristiano Ronaldo ganha quarenta e sete mil por dia [2]. Dezassete mil por dia é o custo para ter um brinquedo destes no seu aeroporto particular. Depois é preciso comprar gasolina porque estes pássaros de metal não se alimentam de sol. Pagar pilotos, pelo menos três, e tripulação. Em contas de merceeiro é mais ou menos assim que funciona o negócio da aviação.

Continuando com as contas de merceeiro. Um A340 leva duzentos e setenta e quatro passageiros. Ou seja na minha pequena empresa de aviação a, Air Figueira, empresa imaginária, cada lugar vazio tem um custo diário de sessenta e dois euros e quarenta e nove cêntimos. Nunca se esqueçam dos pressupostos, estamos a considerar vinte anos de serviço, estamos também só a falar de custo de aquisição do equipamento. Não estamos a falar de outros custos como combustível, tripulação, manutenção. É um negócio caro.

AEROPORTO DA MADEIRA

Referências:
[1] - O Meu Programa de Governo de José Gomes Ferreira
[2] - http://sol.sapo.pt/inicio/Desporto/Interior.aspx?content_id=85571