(Helsínquia, Finlândia) Enquanto Portugal tinha o seu dia de reflexão eu encontrava-me a viajar para Estocolmo. Sim, com muita pena minha não consegui estar presente em Lisboa para votar e dar assim a minha contribuição. Razões profissionais impediram-me de participar. De qualquer maneira, já não voto na Madeira por isso não poderia fazer muito para impedir a palhaçada que foi, mais uma vez, repito, mais uma vez, a votação na Ilha. Enfim, cada um tem o que merece e certamente os madeirenses têm os governantes que merecem.
Voltando à viagem, não estava à espera que fosse tão boa como foi. Afinal de contas sei o que custa ficar três horas e meia no Lobo Marinho, por isso nunca vi com bons olhos uma viagem de barco de dezassete horas. Dezassete horas para lá e outras tantas para cá. Nem para ver suecas eu me animava com a ideia. Nem para ver suecas. Na verdade o barco da Viking Line chamado
Gabriella é muito confortável e caso não queira estar num dos restaurantes ou bares, nem queira estar a fazer compras no supermercado, se não quiser estar na sala de jogos, se não quiser estar nas varandas a ver o mar, se não quiser estar na loja pode ainda ir relaxar para a sua cabine. As cabines existem para todos os bolsos. A cabine mais barata deste barco fica no andar de baixo onde ficam os camiões e os carros. Tem rádio, o que é óptimo para pessoas que como eu não conseguem viver sem esse aparelho. Não tem janelas para o exterior e provavelmente fica abaixo da linha de água mas a categoria imediatamente a seguir também não tem janelas e é muito semelhante. Fica no quinto deck e por causa disso paga mais cem euros.
Daí para cima as cabines começam a ter televisão, começam a ter mesas maiores e mais do que um banco para se sentar. O espaço aumenta uns metros quadrados. Depois aparecem as cabines com televisão e aquelas que têm uma pequena sala de estar, separada do espaço de dormir. Nenhuma, que eu soubesse, tinha Internet.
O barco tem cobertura de rede celular em alguns pontos durante toda a viagem. Por exemplo, na zona das lojas, dos restaurantes. O acesso à Internet, para crianças até aos 17 anos é de graça. Os adultos pagam para aceder à rede.