(Lisboa) Em 2012 passei em Água de Pena e tirei estas fotografias. Estava a chover na altura, a captação foi feita dentro do carro. Depois as imagens ficaram num baú digital, porque hoje quase tudo é digital, até mesmo muitas relações humanas. Há uns dias o tema voltou e fui procurar o que era feito destes zeros e uns armazenados. Tirei a poeira de cima das imagens, poeira digital, mais uns zeros e uns. Fui recordar a história. Estas imagens são de um Noratlas 2501, de matrícula 6419, e pelo que vi em (1), era um avião militar, estão lá as especificações técnicas. De acordo com a mesma fonte, a Força Aérea Portuguesa adquiriu 28 equipamentos destes. Este das imagens tinha a matrícula 6419 e veio da Força Aérea Alemã. Este avião foi bombardeado a 13 de Novembro de 1975, uma quinta-feira, pela Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira (FLAMA), uma organização terrorista que pretendia a independência da Madeira.
Referências:
(1) - https://ab4especialistas.blogspot.com/2012/12/nord-aviation-n-2501-e-n-2502-noratlas.html
(2) - https://en.wikipedia.org/wiki/Nord_Noratlas
sábado, janeiro 30, 2021
AVIÃO EM ÁGUA DE PENA
quarta-feira, janeiro 27, 2021
DIÁRIO DA PANDEMIA
terça-feira, janeiro 26, 2021
AINDA SOBRE 2020
(Lisboa) 2020 foi um ano difícil. Enquanto muitas pessoas faziam a sua parte para se protegerem a si e aos outros, muitos também desvalorizaram a covid-19, desvalorizaram o isolamento, desvalorizaram o uso das máscaras, ao mesmo tempo e em contradição, propagaram o uso de placebos para tratamento sem qualquer evidência em relação a uma cura da doença, como se isto de ciência fosse uma questão de fé, só de fé. Quando saíram as vacinas fizeram troça, em linha com o que têm dito e escrito ao longo do último ano. O tempo passa e continuam a comparar a covid-19 com a gripe. Hoje estão mais de 700 pessoas em cuidados intensivos, em Portugal, por causa da covid-19, morreram mais de 10000 pessoas da doença, em Portugal, por causa da covid-19, mas eu já não tenho esperança que essas pessoas que divulgam essas coisinhas estranhinhas mudem. Há muita informação a circular sim e muita dela contraditória, mesmo de fontes oficiais. Mas ainda assim é possível estar informado, estar bem informado, escolher estar bem informado. Sejam burros à vontade mas não apaguem o que escreveram ao longo destes últimos meses das vossas redes sociais. Essa é a vossa história, a vossa triste história para alguns, a vossa positiva história para outros. As vacinas colocadas em circulação passaram todos os testes que tinham de passar antes de serem disponibilizadas para a população. Israel está imparável e é curioso de ver como os resultados aparecem em proporção com os esforços desenvolvidos. Estas notícias enchem-me de esperança e alimentam as minhas forças para chegar até ao fim com a ficha limpa de nunca ter baixado a guarda, de nunca ter incentivado a que ninguém baixasse a guarda. Foi o meu pequeníssimo contributo, é só o que posso fazer.
Referências:
segunda-feira, janeiro 25, 2021
OS SITES DOS CANDIDATOS
(Lisboa) Acabou a campanha, as eleições foram ontem e os sites dos candidatos em breve devem sair do ar. Ficam para a história estas imagens. Nem todos os candidatos têm página na Internet. A ordem de apresentação das imagens não respeita nenhuma regra em especial.
sábado, janeiro 23, 2021
JOÃO FERNANDES VIEIRA
(Lisboa) Nas corridas vou aproveitando os trajectos e fazendo pequenas alterações e pausas para passar nos lugares. Para ver como estão. Saco do telemóvel, porque não dá para correr com a outra máquina e levo a imagem comigo para mais tarde recordar, para mais tarde investigar mais sobre o que é. No Jardim Municipal do Funchal está um busto de João Fernandes Vieira. O autor da obra é António da Costa Motta e data de 1925 (2).
Referências:
(1) - https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Fernandes_Vieira
sexta-feira, janeiro 22, 2021
UMA CARTA QUE NUNCA SERÁ ENTREGUE
(Lisboa) Se eu escrevesse uma carta ao meu pai que já não está aqui entre nós, teria de lhe explicar o que se passou desde que deixou este mundo. Teria de lhe contar que vencemos o Festival Eurovisão da Canção e o Europeu de Futebol. Sim, aquele festival onde por vezes nem pontuávamos e que passava na televisão desde o tempo em que era a preto e branco, num sábado à noite lá para maio. Antes disso e pela primeira vez, partidos de esquerda aprovaram o orçamento e apoiaram um Governo em Portugal, pondo fim ao conceito exclusivo de partidos do arco da governação. Cavaco Silva já não é Presidente da República e ainda que ache que ele terá votado no professor nas duas eleições, também acredito que votaria Marcelo Rebelo de Sousa e estaria contente com a sua eleição. Na Madeira o caminho também parece estar a evoluir e terminaram as maiorias absolutas de um só partido, obrigando a que haja conversa e negociação entre grupos. Na Madeira estas coisas são mais lentas mas vai chegar o dia. Seria a hora H e o dia D, do mês M e de um ano Y. Isto explicado com o mesmo rigor que o Ministro da Saúde do Brasil se referiu ao dia em que a vacinação iria começar no Brasil (1), há uns dias atrás. A vacinação de uma doença que nos começou a atingir há mais ou menos um ano, uma doença chamada Covid-19, o acontecimento mais marcante para todos desde que o meu pai deixou de estar aqui. Teria de lhe contar que o mundo parou em 2020. Ficámos em casa, quem podia, mas veio uma onda que passou no início do verão e achámos que foi duro. E foi. Tivemos a oportunidade de ver o que se passou em Itália e Espanha e fechámos tudo! Fomos rápidos. Fechámos fronteiras e espaço aéreo. Foram muitos dias de março e todos os de abril iguais a um domingo de Páscoa. Depois veio uma segunda e sobreposta a essa estamos a viver uma terceira, nestes dias de janeiro em que escrevo estas linhas. Num mundo cheio de informação que cada um de nós produz a toda a hora desde que acorda até dormir. Tanta informação misturada com desinformação, com desperdício do tempo, com fantasias, crenças, amores e ódios. Dias de janeiro que também são de campanha eleitoral para Presidente da República, as segundas em que ele não vai votar. Como sempre apresentam-se vários candidatos e tão diferentes, alguns desconhecidos como o Tiago Mayan, uma lufada de ar fresco, um candidato que tem feito uma campanha muito positiva. Teria de explicar ao meu pai que embora o elogie não vou votar nele. Não é por ser voto inútil porque sempre achei essa ideia do voto útil muito conveniente para alguns mas muito pouco honesta connosco. Voto é voto e o meu voto tem exactamente o mesmo valor que o voto de qualquer outra pessoa seja ela o que for e seja eu o que for. E como estamos a viver nesta altura? Desde março passamos alguns dias e algumas semanas e meses confinados ou com limitações na nossa mobilidade. Estive em filas para entrar em supermercados, mesmo em hipermercados já tive de aguardar a minha vez para entrar. Começamos a usar máscaras até na rua mas sobretudo em espaços fechados, nos cabeleireiros, nos consultórios médicos, dentro das grandes superfícies, em todo o lado a partir do momento em que se sai de casa. Mesmo com isto tudo vamos mesmo a eleições no próximo dia 24 e é importante continuar com a vida naquilo que for possível fazer, da maneira que for possível fazer. Hoje fui votar antecipadamente, muita gente se inscreveu para o voto em mobilidade. Tive de esperar, queria esperar. Votar também pode ser difícil, a democracia é difícil e este tempo de espera nas filas é uma dificuldadezinha sem importância. Importante mesmo é fazer ouvir a nossa voz, participar e sobre estas eleições tenho alguns pensamentos, algumas preocupações sobre o futuro de Portugal. Por exemplo, ou o fanfarrão das sondagens cai do cavalo dia 24 ou então é Portugal que vai começar a cair do cavalo em breve quando aquela caterva, expressão usada pelo historiador Marco António Villa, entrar no poder. Preparem-se para ver na segunda-feira seguinte o senhor a dizer aos deputados do CDS ou do Bloco que já não deviam estar ali sentados. Devo-me ter esquecido de muitas coisas, esqueci-me de referir que não tivemos Jogos Olímpicos em 2020 e não é certo e seguro que o tenhamos em 2021, não tivemos Euro 2020 e Portugal será assim campeão europeu durante mais do que quatro anos. O Nacional subiu ao primeiro escalão do futebol nacional, o clube que o meu pai foi sócio durante muitos anos e eu, por sua causa, também. Há uma coisa que sei que ele gostaria de ter presenciado, o nascimento do netos. Faltou pouco, a partida dele e a chegada dos netos foram separadas por alguns meses.
Referências:
quinta-feira, janeiro 07, 2021
DIÁRIO DA PANDEMIA
(Funchal) Os cartazes estão espalhados pela cidade e o uso da máscara é respeitado, geralmente, pela população. O inimigo é invisível e mesmo o arranque da vacinação não deve acabar com o seu uso nos próximos tempos.
Referências:
(1) - https://covid19.min-saude.pt/vacinacao/
(2) - https://covid19.min-saude.pt/wp-content/uploads/2020/12/PLANO-VACINAC%CC%A7A%CC%83O_20201203.pdf
segunda-feira, janeiro 04, 2021
DIÁRIO DA PANDEMIA
(Funchal) Em tempos de pandemia surgem novas necessidades. Esta máquina de venda de equipamentos de protecção individual, também chamados de EPI, encontrei-a no Lido, uma das praias do Funchal. Entretanto a página https://covidmadeira.pt/dashboard/ foi actualizada. Desde 14 de dezembro que não era, deu um salto, até dia 2 de janeiro de 2021. O Sars-Vov-2 não tirou férias de Natal e Fim de Ano.
domingo, janeiro 03, 2021
PHYTOLACCA DIOICA
(Funchal) Desde sempre, lembro-me desta árvore de grande porte no Jardim Municipal do Funchal. Está nas costas do mesmo, no cruzamento entre as ruas Ivens e Conselheiro José Silvestre Ribeiro, tem uma base enorme. É conhecida pelo nome do título deste artigo e também por outro nome, é conhecida por bela-sombra. A base da árvore é um óptimo lugar para se estar num dia de muito calor. O Jardim Municipal é um tesouro nesta cidade tal como é descrito no segundo episódio de Jardins com História, uma série de Raimundo Quintal.
Referências: