domingo, maio 27, 2007

O CAMPEÃO

(Lisboa) A confirmação foi há exactamente uma semana mas para relembrar a festa aqui fica um cartoon. Aqui.

CASA DOS CÍRIOS - CABO ESPICHEL

CABO ESPICHEL
(Lisboa) Estas são as hospedarias do Santuário de Nossa Senhora de Pedra Mua em Cabo Espichel. Também são conhecidas como as Casas dos Círios, antigos alojamentos para peregrinos. Para saber mais cliquem aqui. Estava tanto calor neste dia que lembrei-me dele neste dia um pouco frio para Maio aqui em Lisboa.

O PAÍS DO DESPERDÍCIO

(Lisboa) Há coisas que são realmente chocantes para mim no que se refere à aplicação dos dinheiros públicos. Não temos a mentalidade americana de fazer e construir e o nosso motor continua em muito a ser o investimento público, ou seja, o investimento de todos nós. É impressionante a leveza com que se discute a localização da OTA mesmo com relatórios técnicos de especialistas (como o relatório da NAV, recentemente) a apontar para uma revisão da aparente decisão já tomada. No assunto TGV é igualmente espantosa a falta de sensibilidade em investir milhões numa ligação Lisboa Porto só para ganhar uns vinte minutos. Temos oportunidade para nos desenvolver quando tomamos decisões mas tomamos decisões importantes destas tal como trabalhamos todos os dias, em geral, tal como o nosso comportamento social e pouco cívico, em geral de todos os dias, com leveza e pouco nos importando para o bem da comunidade ou do colectivo.

Nos últimos dias mais uma vez gabou-se, lá no meu local de trabalho, a extraordinária capacidade de desenrascanço do português. Nada mais falso do que acreditar nessa teoria do desenrasca. Isto porquê? Por que quando se tenta fazer alguma coisa nos últimos cinco minutos a coisa corre mal na maioria das vezes. A razão é simples, sem plano, sem organização e sem método não acontece o sucesso. O que acontece algumas vezes é que a coisa até dá. Quem é que já não foi ao bowling e mesmo sem ser grande praticante derrubou os pinos todos com um só lançamento? Muitos. Acontece-me sempre que lá vou pelo menos uma vez. O que acontece é que o bom praticante de bowling faz isso muitas vezes e o mau, como eu, faz muito de vez em quando e sente-se o maior do mundo quando isso acontece. O que nos falta é método e disciplina para sermos brilhantes não de tempos a tempos mas mais consistentemente, para sermos bons e não talentosos por que o talentoso não é profissional, faz um brilharete mas logo a seguir enterra-se.

É mau mas muitos de nós realmente acredita na teoria do desenrascanço. Somos desenrascados há muitos anos mas não conseguimos descolar. O tempo passa e não aprendemos. Quando é que vamos aprender que só se chega lá com método e com planificação.

sábado, maio 26, 2007

AVENIDA DO MAR

AVENIDA DO MAR - FUNCHAL - ILHA DA MADEIRA
(Lisboa) Fotografia tirada em cima da entrada sul do Marina Shopping, num lugar abandonado e escuro em que os namorados usam para os seus beijos e apalpanços intermináveis e dividem o espaço com um cheiro insuportável a urina.

segunda-feira, maio 21, 2007

E MAIS UMA VEZ PORTO!


(Lisboa) E mais PORTO!!! O relato de algumas vozes bem conhecidas da nossa rádio e televisão.

PORTO CAMPEÃO!!!







(Lisboa) Para quem gosta aqui ficam mais uma vez os golos de ontem. O Lisandro marcou um golaço, o quarto do Porto.

CARTAS DOS LEITORES XI

Cheguei ontem ao seu blog quando fazia uma pesquisa sobre os preços das entradas nos complexos balneares do funchal, é que sou utilizadora assídua do Lido mas queria saber quanto poupava em comprar um cartão de 80 entradas, por 30 euros, que é válido até ao
fim de Junho :)
Hoje reparei que temos mais em comum, para além de sermos madeirenses somos adeptos do Futebol Clube do Porto :) daí ter resolvido escrever-lhe. Felicidades para o seu blog que meti nas bookmarks do meu RSS e que mais logo sejamos bi-campeões :)

Ana Ferreira



(Lisboa) Obrigado a todos os meus leitores. E não é que somos campeões outra vez. E não é que mais uma vez aparecem os pobres diabos do costume a desvalorizar as conquistas gloriosas dos outros. Inveja misturado fobia à vitória e ao sucesso. A equipa do FC Porto vacilou no fim do campeonato, perdeu muitos pontos na segunda volta mas ganhou e isso é o que mais importa.

Para quem não sabe o que é um RSS. É uma maneira de acompanhar conteúdos actualizados frequentemente como é o caso dos blogs sem ter de visitá-los ou seja, não precisa de escrever o endereço do site para ver se ultimamente foi actualizado ou não. Se tiver um leitor de feeds e eles podem ser diferentes do formato RSS, pode aceder a uma lista de artigos ultimamente produzidos dos seus blogs favoritos. Dependendo dos programas pode mesmo ler os artigos sem aceder directamente à página.

domingo, maio 20, 2007

FORTALEZA DE SÃO TIAGO

FORTALEZA DE SÃO TIAGO
(Lisboa) A fortaleza de São Tiago foi reedificada em 1767, segundo se vê duma inscrição que está sôbre a porta principal, no ângulo leste-sul do largo da entrada, tendo o governador e capitãogeneral José Correia de Sá mandado vir de Londres 50 peças de artilharia com todos os seus pertences, para defesa dela. in Elucidário Madeirense.

sábado, maio 19, 2007

O DESAFIO AO PODER


(Lisboa) A sociedade madeirense é caracterizada pela submissão ao poder de uma maneira que chega a ser, em certos casos, indecorosa para a própria condição humana. O Gervásio ensinava-nos a reciclar em pequenos blocos televisivos de poucos segundos. Este macaco ensina-nos a viver melhor também. O desafio ao poder de uma maneira elegante sem nunca significar falta de cultura e ignorância ou mesmo indisciplina. Também na empresa onde trabalho existe a cultura do GNR.

sábado, maio 12, 2007

SANTO DA SERRA - ILHA DA MADEIRA

Santo da Serra - Ilha da Madeira
(Lisboa) Uma visão do miradouro do Parque do Santo da Serra. Imagem composta da união de outras. Em frente o Vale de Machico.

domingo, maio 06, 2007

ELEIÇÕES REGIONAIS 2007

Eleições Regionais 2007
(Lisboa) Na imagem estão representadas todas as eleições regionais compiladas pelas informações no sítio da Comissão Nacional de Eleições. De cima para baixo estão ordenadas das mais antigas para as mais recentes sendo que as de 2007 são as que estão no lugar mais baixo. Não percebo o desnível que existe em relação a 1984, o terceiro grupo de barras a contar de cima. O que terá acontecido em 1984 para termos apenas cerca de oitenta mil inscritos?

No que se refere a hoje, tudo ficará na mesma. Continuo com a opinião da inutilidade destas eleições. Estas foram apenas umas eleições em que a pergunta era se a Madeira deveria ter direito a menos dinheiro ou não e é óbvio que os madeirenses votaram que não. Você leitor, aceitaria que a sua empresa reduzisse o seu salário, sem reacção nenhuma?

Ao ouvir os festejos dos PSD hoje na TSF que adoram cerveja à borla continuo com a mesma opinião: acho que a oposição deveria fechar as portas e a Madeira deveria se render ao partido único. Não há nada que se possa fazer, está toda a gente satisfeita com tudo.

Tivemos uma abstenção de noventa e um mil eleitores. A oposição teve uma votação de cerca de quarenta e sete mil eleitores e no PSD votaram noventa mil e poucos. Devemos registar que a abstenção continua altíssima e registou mais apoiantes que toda a oposição junta.

Amanhã segunda-feira tudo estará na mesma. Continuaremos com o mesmo Governo Regional e sobretudo a maioria dos continentais continuará a pensar que somos todos uns pedintes e só sabemos viver às custas do resto do país. A economia madeirense continuará a ser dominada pelo público e o investimento privado será uma espécie rara por estes (esses) lados. Quem está montado nos dinheiros públicos não se queixa mas os outros é que fazem vista de invejosos. Vamos continuar na mesma como sempre quisermos estar. Não nos podemos então queixar de nada: podemos decidir hoje e nada fizemos.

Uma coisa boa neste desastre todo que foram estas eleições será o número de mandatos reduzido. Temos agora quarenta e sete assalariados em vez dos sessenta e oito resultantes da desgraça de 2004, na Assembleia Legislativa Regional. Já que tudo vai ficar na mesma ao menos serão menos os montados nos dinheiros públicos. E que confortável que é estar montado nos dinheiros públicos: não há falência nem resultados a apresentar.

sábado, maio 05, 2007

FICHAS DA IRLANDA - 067 (HERBERT PARK - DUBLIN)

Herbert Park - Irlanda - Dublin
(Lisboa) Herbert Park fica a cinco minutos da minha primeira casa em Dublin. Abre e fecha a horas diferentes quer se esteja no Inverno ou no Verão. Existe uma rua que o atravessa de nome homónimo que tive a ideia de percorrer no caminho para casa a altas horas da noite. Essa rua é mesmo escura e tinha mesmo dificuldade em ver por onde ia. Dublin é uma cidade segura e Dublin 4 é sem dúvida uma das zonas mais seguras para se andar a pé mas mesmo assim deveria ter tido um pouco mais de cuidado.

Este parque, um dos muitos em Dublin, fica perto de Ballsbridge e acompanha o rio Dodder numa pequena parte do seu percurso. Quem vivia neste local por volta do Séc. XVII era um Sr. conhecido por muitos como Mr. Ball. Foi esse tal Mr. Ball que deu nome ao sítio, conhecido hoje como Ballsbridge.

Herbert Park - Irlanda - Dublin
O rio Dodder tem muita corrente em muitas partes do seu percurso e por essa razão foram construídas algumas centrais hidroeléctricas ao longo do seu percurso. Uma dessas ficava situada na zona do parque embora nunca a tenha visto enquanto lá estive a viver. Mais uma prova que pode-se olhar e não ver nada.

Herbert Park - Irlanda - Dublin
Herbert Park deve o seu nome ao Lord Herbert of Lea, Sydney Herbert (1810 - 1861). Muita gente vem para cá correr, andar de bicicleta e jogar futebol também, basta estar um pouco de Sol, as pessoas adoram o bom tempo por que não é tão comum como no sítio onde provavelmente vive o leitor destas linhas. Enquanto vivi perto de Herbert Park todos os dias quando ia para o trabalho passava por ele e ouvia os pássaros a cantar, hoje em dia passo na 2ª Circular e ouço buzinas e gente stressada.

terça-feira, maio 01, 2007

FALTA DE DISCIPLINA

(Lisboa) Há uns dias atrás um colega meu, daqueles chatos, ausentou-se para resolver um problema pessoal após o almoço. Ele é daquelas pessoas que estão sempre a reclamar de tudo e de todos e pensa sempre o trabalho do outro como não tendo valor nenhum, descontente sempre com as tarefas a ele incumbidas. É uma personagem engraçada, parece saído do programa dos Gato Fedorento. Criaturas assim são conhecidas como cromos. Passa a ideia de uma falsa segurança. Gosta de impressionar com palavras, mas só com palavras e não com atitudes. Gosta de chamar à atenção com o discurso Bem hoje vou fazer uma directa aqui ou então talvez volte para ficar aqui até à meia-noite ou então com um quando chegar vou acelerar tudo. Eu pergunto a mim mesmo para quê dizer estas coisas quando depois não actuamos nesse sentido? Em vez de aumentar a velocidade nos últimos cinco minutos por que não manter sempre a mesma velocidade de produção? Para quê fazer esse discurso de salvador da pátria? A qualidade e o profissionalismo não podem ser picos de estado mas sim uma constante nas nossas vidas. O sucesso de uma tarefa constroi-se em todos os momentos a ela dedicados.

Continuando. Depois saiu lá do sítio onde foi e começou-se a sentir doente (palavras do próprio) e decidiu não aparecer até porque já eram tantas horas e já não iria fazer nada segundo ele. Foi mesmo assim que descreveu a situação: saiu, sentiu-se doente e foi para casa por que estava a sentir-se doente. Fiquei confuso: afinal estava doente ou duas horas de trabalho jogadas fora não adiantam nada? Conseguem perceber a minha confusão?

Tendo tido já o privilégio de ter trabalhado fora de Portugal e de ter visto outros níveis de exigência sei que não nos falta capacidade técnica. Falta-nos disciplina nestas pequenas coisas que depois acabam por fazer toda a diferença. Somos atrasados por que queremos e não por destino como muita gente pensa.

A CAMPANHA NA MADEIRA

(Lisboa) Eu ainda sou do tempo em que os partidos cobriam as ruas com pequenos papeis do tamanho de bilhetes de cinema. Pequenos papeis que tinham apenas impresso o símbolo da organização e pouco mais do que isso. As ruas ficavam cobertas por esses papeis pequenos igual a uma rua depois de um cortejo de Carnaval. Era igual. No fundo foi a isso que as campanhas nos habituaram: habituaram-nos ao Carnaval, habituaram-nos a nada nos esclarecer, a serem festivais de insultos. Os próprios insultos não são trabalhados, são básicos, de baixo nível. É literalmente a força dos mais fortes e não dos mais inteligentes ou dos mais capazes. Quem tem poder tem muito mais condições para o manter do que os que não o têm.

Muita gente me tem perguntado a razão de não falar sobre a campanha. Porque a campanha mesmo acompanhada de longe parece-me muito nojenta. Cheira muito mal. Coisas que se compreendem em amadores e pouco experientes nestas coisas já não se percebem em pessoas que sabem que já ganharam, que já ganharam tudo o que havia para ganhar.

Se se confirmarem as projecções no Domingo e a maioria se mantiver ou for mesmo reforçada eu penso que a oposição deveria fechar as portas. Fechar mesmo. Imagino que os prédios dos partidos que a representam poderiam ser abandonados e vendidos. Essas pessoas a quem o destino levou por caminhos errados deveriam filiar-se no PSD e assim tentar o caminho do sucesso fácil tentado agradar o máximo possível ao chefe sem nada fazer de concreto. Se o PSD-M ganhar outra vez com maioria reforçada a oposição deveria renunciar aos seus lugares no Parlamento Regional pois de nada adianta tentar esvaziar o mar com um balde. Numa terra onde os representados votam em massa num único partido isso só quer dizer que se sentem bem representados. Está tudo bem. Se está tudo bem para quê mudar?

Os culpados não são os candidatos ou os que ocupam os lugares de responsabilidade. Esses são uma amostra dos cidadãos. O que se passa é que o universo é medíocre e sendo assim a amostra que o representa também o é. Para quê mudar? Mudar custa. Mudar é um choque que a maior parte das pessoas não está em condições de sofrer.