(Lisboa) O tema de capa da Revista do Expresso há umas semanas atrás era a mulher traída do americano homossexual que poderia ter sido a primeira dama dos Estados Unidos da América. Para além disso ela é descendente de portugueses ou terá mesmo nascido como portuguesa (já não me lembro). Nessa mesma revista o que mais me chocou não foi essa reportagem cor-de-rosa mas sim uma outra que na minha opinião deveria ter sido a capa. Era a reportagem Vidas a Prazo da autoria de Katya Delimbeuf com fotografias de Tiago Miranda.
Nessa reportagem muitos são os exemplos, em profissões tão diferentes umas das outras, de pessoas que têm horários, têm de responder a uma hierarquia e mesmo assim são profissionais liberais, isto é, passam recibos e não têm ligação nenhuma com a empresa onde trabalham. Não têm direitos nenhuns como outros trabalhadores, simplesmente não têm vínculo. No fundo todos somos cúmplices nisto, no nosso silêncio, nas nossas atitudes colaborativas ou quando simplesmente não sentimos revolva e ficamos indiferentes a estas situações. Inclusivamente são cúmplices as próprias vítimas que muitas vezes sabem das falsas promessas mas continuam no mesmo caminho por que no fundo acreditam na justiça e que tudo acabará por se ordenar. As razões para este comportamento são várias: somos passivos, não nos queremos chatear com mais isto, somos urbanamente egoístas, só pensamos no nosso umbigo.
São os recibos verdes para profissionais que não são liberais, são os estágios que servem de mão-de-obra barata e nada acrescentam a quem neles participa mais do que umas boas dores de cabeça, são as bolsas para investigação quando não se faz investigação nenhuma. E é este um país de baixas qualificações. Impressionante não?
No país da baixa produtividade parte-se do princípio que o trabalho é uma coisa penosa e dolorosa. A maior parte das pessoas não gosta do que faz. Conseguem perceber concerteza por que somos tão pouco eficazes no que respeita à produtividade não conseguem?
Nessa reportagem muitos são os exemplos, em profissões tão diferentes umas das outras, de pessoas que têm horários, têm de responder a uma hierarquia e mesmo assim são profissionais liberais, isto é, passam recibos e não têm ligação nenhuma com a empresa onde trabalham. Não têm direitos nenhuns como outros trabalhadores, simplesmente não têm vínculo. No fundo todos somos cúmplices nisto, no nosso silêncio, nas nossas atitudes colaborativas ou quando simplesmente não sentimos revolva e ficamos indiferentes a estas situações. Inclusivamente são cúmplices as próprias vítimas que muitas vezes sabem das falsas promessas mas continuam no mesmo caminho por que no fundo acreditam na justiça e que tudo acabará por se ordenar. As razões para este comportamento são várias: somos passivos, não nos queremos chatear com mais isto, somos urbanamente egoístas, só pensamos no nosso umbigo.
São os recibos verdes para profissionais que não são liberais, são os estágios que servem de mão-de-obra barata e nada acrescentam a quem neles participa mais do que umas boas dores de cabeça, são as bolsas para investigação quando não se faz investigação nenhuma. E é este um país de baixas qualificações. Impressionante não?
No país da baixa produtividade parte-se do princípio que o trabalho é uma coisa penosa e dolorosa. A maior parte das pessoas não gosta do que faz. Conseguem perceber concerteza por que somos tão pouco eficazes no que respeita à produtividade não conseguem?
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