terça-feira, fevereiro 20, 2007

UM GOVERNO DE MEDÍOCRES

(Lisboa) Afinal vai haver eleição. Na Madeira há pessoas que se dão ao luxo de brincar às eleições. Eleições que para nada servirão, tudo continuará na mesma. Inúteis porque a lei continuará, porque o Governo Central continuará e mais, continuaremos a ser vistos por muitos outros portugueses como pedintes, coisa que o poder regional actual nunca soube corrigir. Se de cada vez que uma decisão de Lisboa com impacto na Região não for do agrado do Clube Laranja tivermos esta reacção então até final deste ano vamos ter mais umas.

Registo no entanto a frase de Alberto João Jardim, a seguinte, durante o triste espectáculo, que infelizmente foi protagonista:

... recandidato-me porque em minha opinião pessoal acho que a Madeira não merece passar a ter um Governo de medíocres, de incultos, de traumatizados sociais e de subservientes e a Lisboa...


é exactamente isso que eu penso também e pelos vistos o Sr. Presidente também pensa. Ele acha que se sair os que ficarem são incultos e traumatizados sociais. Pois bem, ele tem uma excelente imagem do seu próprio partido e teve a coragem de o dizer publicamente. A imagem de pessoas que seguem cegamente o seu líder e que precisam dele para crescerem, a imagem de um grupo que não é uma equipa mas sim um rebanho controlado por um pastor. Os madeirenses são governados há anos por um pastor, um pastor que nem confiança tem nas suas ovelhas, não acha que no seu partido haja pessoas capazes de fazer um bom trabalho. Afinal quem teria coragem de partir e concorrer contra o líder? Ninguém. Está tudo à espera para ver quando vai embora e aí vai ser um massacre sanguinário.

Nem falo da oposição porque essa já morreu há muitos anos, mesmo antes de ganharem nem que sejam pequenas batalhas perdem-se com lutas internas para decidir quem é que manda na rua, um velho problema de disciplina nestas latitudes.

E para quê isto tudo? Para quê? Para no fim o Sr. ser aclamado pela milésima vez Presidente do Governo Regional com mais uma maioria absolutíssima? Ou alguém duvida que a personagem ganhe outra vez? Alguém duvida disso? E vai mudar o quê? No dia a seguir às eleições digam-me de vossas justiças o quê que isto representou para a Madeira e se não foi pura e simplesmente um capricho com sérios sinais já de demência. Uma demência que não se fica pelo próprio, é uma demência de grupo. Precisa-se: Salvadores de Pátria!

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