domingo, fevereiro 18, 2007

NÃO VAI HAVER ELEIÇÕES ANTECIPADAS, É CARNAVAL

(Lisboa) De vez em quando há estes espectáculos para atrair a atenção de todos. Na verdade porque haveria eleições antecipadas na Madeira? Por causa da Lei das Finanças Regionais? Não. Existe alguma confusão. O espaço mediático é tão importante que se aproveita o canal de comunicação para não só falar da Lei das Finanças Regionais como também do recente resultado do referendo à interrupção da gravidez. Confusão total. Pelo meio vem uns números ensaiados (mal ensaiados) de teatro à porta da sede do PSD-M na Rua dos Netos. Uma pessoa como o nosso presidente, tão apegada ao poder porque é de poder que ele e muitos à volta dele vivem e sem poder morrem no dia a seguir, não entrega assim o jogo. Este é mais um amuo de criança que passa com o lento caminhar do tempo. Não nos podemos esquecer que na mesma notícia em que passa (outra vez!, eu vou, eu vou, mas, daqui não saio) a ameaça de eleições antecipadas o Chefe do Governo Madeirense também aproveitou para alegar a inconstitucionalidade do referendo da última semana, bem como o facto de não ser vinculativo. Se não é vinculativo este também o não o foi o de 1998. A abstenção na Madeira foi maior que a média nacional e isso só se explica pelo desinteresse de participação pública o que só tira legitimidade ao povo de se queixar. Sendo assim, alguém tem de decidir. Como podem ver uma confusão das antigas em que se mistura tudo e em que se atiram tiros para todos os lados.

Por outro lado, poderão pensar alguns, este homem dado a espectáculos mais do que a qualquer outra coisa pode muito bem encontrar nesta altura tão particular uma desculpa para ir embora dizendo que há que dar lugar aos mais novos, a desculpa de quem quer encontrar uma fuga. Sai pela porta grande sem nunca ter tido uma derrota em eleições (na verdade teve apenas uma, nas Presidenciais de 2001 em que o PSD-M apoiou Ferreira do Amaral e ganhou na Madeira Jorge Sampaio). Se houver eleição, ele candidata-se outra vez mas não haverá. Há sim um número ensaiado, uma peça de teatro para atrair atenções mediáticas nacionais para o próprio arranjar tempo de antena como sempre aproveita descaradamente em cada inauguração de lavatório e de banheira que o seu governo local promove.

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