sexta-feira, novembro 21, 2008

NÃO É CENSURA, TEM OUTRO NOME. QUAL?

(Lisboa) Notícia de hoje do Diário de Notícias: Assembleia controla imagens do plenário. O link só o redireccionará para a notícia depois de se registar no Diário de Notícias.

Nas últimas semanas, quem acompanha os trabalhos da Assembleia Legislativa da Madeira através da Internet (www.alram.pt), não está a ver imagens em tempo real, mas com um atraso de cerca de cinco minutos. Uma situação curiosa, que surpreendeu, sobretudo, os partidos da oposição.
in Diário de Notícias da Madeira

Continuei sem perceber mas continuei a ler, afinal de contas o burro (eu) estava a ser esclarecido. Continuei a ler mais um pouco e eis que surge a explicação:

O atraso permite evitar a emissão de 'episódios' que possam prejudicar a imagem do parlamento madeirense. As 'broncas', que se têm multiplicado nos últimos meses, sobretudo as que acontecerem já com os trabalhos interrompidos, poderão ser excluídas das imagens disponibilizadas na página da ALM.
in Diário de Notícias da Madeira

Estou esclarecido. O burro (eu) percebeu o que os iluminados e responsáveis por tão sábia e elevada medida pretendem fazer. O burro (eu), curioso por aprender, pois só os burros podem aprender já que os sábios já sabem tudo foi ao dicionário ver o que quer dizer a palavra censura.

O Dicionário Online da Priberam define assim a palavra censura:
cargo ou dignidade de censor;
poder do Estado de interditar ou restringir a livre manifestação de pensamento, oral ou escrito, quando se considera que tal pode ameaçar a ordem pública vigente;
corporação encarregada de examinar as obras submetidas à sua aprovação;
exame;
crítica;
repreensão.

Parece-me que o foi feito na Assembleia Legislativa da Madeira é censura sim. É sim! Desculpem lá a minha falha mas é sim, é censura e não tem outro nome, é censura da mais básica.

Outras perguntas que faço a mim próprio: quem define quando se deve ou não cortar a emissão? Existe algum documento onde estejam tipificados os episódios que poderão ser cortados? Por que não deixar a quem vê a livre interpretação dos factos, será o povo assim tão ingénuo que não tenha a capacidade de pensar e tirar as suas próprias conclusões? Já agora já pensaram em fazer como se faz na China e limitar o resultado das buscas feitas pelos motores de busca na Madeira? Mais uma ideia para essas cabecinhas pensadoras começarem a pensar. Hein? Gostaram da ideia?

Sem comentários: