sábado, setembro 21, 2013

DINHEIRO A VOAR

(Lisboa) A foto resulta de uma colagem de imagens. A minha pequena compacta S50 da Cannon não tem uma grande abertura, por isso nunca conseguiria bater uma destas. Ficou com falhas como se pode ver no poste. Estes postes e fios eléctricos sempre causam problemas quando estão próximos e pretendem-se fazer panorâmicas. No canto direito chega o CS-TTL da TAP. Um Airbus A319-111 de catorze anos também conhecido por Almeida Garrett. Um aparelho destes é brinquedo para uns muitos milhões de euros. Os novos A350 que chegarão à TAP comecei a ouvir, ler, ver, que em 2013, depois 2015 e mais recentemente em 2017 [1] têm um custo unitário de cento e vinte e cinto milhões de euros [1]! Sim isso tudo. O avião não é desenhado de raiz e deve ser muito inspirado no A330. Se qualquer maneira fiquei impressionado com o preço absurdo. Absurdo no sentido do valor absoluto porque imagino que é preciso investir muito para produzir máquinas tão complexas como um avião de passageiros para a aviação comercial.

A TAP tem aviões semelhantes ao A350. São os A340 e os A330. Vamos pegar num A340. Se tivesse custado cento e vinte e cinco milhões de euros em 1994, ano em que começou a operar para a TAP o primeiro A340, o CS-TOA, e imaginando que terminaria o seu serviço aos vinte anos, portanto em 2014, teria um custo anual de seis milhões e duzentos e cinquenta mil euros. Conta fácil. Isso dá, por dia, dezassete mil cento e vinte e três euros e trinta cêntimos. Cristiano Ronaldo ganha quarenta e sete mil por dia [2]. Dezassete mil por dia é o custo para ter um brinquedo destes no seu aeroporto particular. Depois é preciso comprar gasolina porque estes pássaros de metal não se alimentam de sol. Pagar pilotos, pelo menos três, e tripulação. Em contas de merceeiro é mais ou menos assim que funciona o negócio da aviação.

Continuando com as contas de merceeiro. Um A340 leva duzentos e setenta e quatro passageiros. Ou seja na minha pequena empresa de aviação a, Air Figueira, empresa imaginária, cada lugar vazio tem um custo diário de sessenta e dois euros e quarenta e nove cêntimos. Nunca se esqueçam dos pressupostos, estamos a considerar vinte anos de serviço, estamos também só a falar de custo de aquisição do equipamento. Não estamos a falar de outros custos como combustível, tripulação, manutenção. É um negócio caro.

AEROPORTO DA MADEIRA

Referências:
[1] - O Meu Programa de Governo de José Gomes Ferreira
[2] - http://sol.sapo.pt/inicio/Desporto/Interior.aspx?content_id=85571

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