quarta-feira, maio 20, 2020

BRASIL

BRASIL - COVID-19

(Lisboa) "Cloroquina cloroquina, cloroquina lá do SUS, eu sei que tu me cura, em nome de Jesus", é uma adaptação da música do Tiririca Florentina de Jesus. Engraçado, não acham? É esta a letra da música que os patetas de curral cantam ao Airton Guedes ou seria ao Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz, um dos pseudónimos de Bolsonaro? O debate sobre a cura milagrosa da cloroquina continua em dois lugares no mundo: EUA e Brasil. O primeiro e o terceiro país com maior número de casos. A Folha de São Paulo noticiava em meados de abril que o Presidente da República pedira, e o exército produzira, mais cloroquina. Na mesma altura o Ministro dos Negócios Estrangeiros falava, no seu blogue pessoal, em comunavírus. Sara Winter, uma cacique bolsonarista, em frente ao Palácio do Planalto, há uns dias atrás, fazia o tiro ao alvo que consistia em mandar sacos de água contra uma faixa com 6 rostos: Alexandre de Moraes (o juiz que barrou, e bem, o nome de Alexandre Ramagem para a Polícia Federal, em Portugal seria a Polícia Judiciária), Rodrigo Maia (o Presidente da Câmara dos deputados), Sérgio Moro (o ex-herói dos bolsonaristas), João Dória (Governador de São Paulo e alvo actual preferido dos cegos por Bolsonaro), Joice Hasselmann (Deputada Federal pelo PSL, o expartido de Bolsonaro) e Wilson Witzel (Governador do Rio de Janeiro). Ela dizia que o objectivo era desmoralizar os alvos. No mesmo vídeo há um tipo que a certa altura se junta na sua caminhada, por alguns instantes, e convida o espectador a ir para Brasília, segundo ele existe o acampamento e tem comida, por isso venham. Como diria Luciano Huck, loucura loucura loucura!!!
Entretanto chegamos hoje, no Brasil, ao patamar das mil mortes registadas num dia. Esse patamar deve-se manter nesta semana e aumentar um nível na próxima. As mortes só devem diminuir o seu ritmo de crescimento uns dias depois dos novos casos reportados diminuírem. Menos pessoas a serem infectadas significam menos pessoas hospitalizadas, menos em cuidados intensivos e menor fatalidade.
O gráfico com os dados oficiais do Ministério da Saúde representa o incremento de mortes e casos diários.

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