sábado, junho 23, 2007

ZOMBARIAS DE BANCÁRIOS

(Lisboa) Trabalhar numa empresa de Outsourcing tem as suas vantagens. Não sei o equivalente em português da palavra. A minha sensibilidade diz-me que não existe um equivalente mas posso estar errado. Pelo menos um equivalente que seja usado com o mesmo significado, que seja útil a uma comunidade.

A vantagem é não ter compartilhar o mesmo espaço com as mesmas criaturas durante muito tempo, neste caso as criaturas da empresa cliente. Ao ter como cliente um conhecido banco português deparei-me com uma situação eticamente reprovável e digna de se tomar uma atitude que não poderia deixar de passar por mandar todos os envolvidos procurar outra profissão. Talvez estejam a imaginar outras circunstâncias as quais não vou relatar mas caro leitor, se chegar ao fim deste texto e não concordar que os pobres diabos deveriam ser todos colocados no olho da rua, acho que deveria reavaliar o seu próprio código de ética.

Ao voltar de um almoço deparo-me com os ilustres trabalhadores do banco, sentados em volta de uma mesa, também eles em ritmo de pós almoço, um deles com um monte de folhas na mão que vim a perceber mais tarde serem currículos. Estavam os gloriosos bancários a parodiar dos candidatos, a gracejar e a dizer dichotes sobre cada um deles. Tudo isto à vista de todos os presentes naquela zona da empresa, inclusivamente eu, um colaborador de outra empresa. Talvez seja por estes ânimos tão leves que muitas vezes se escolhem as pessoas erradas para as funções. Já se imaginou o leitor alvo destes motejos? Já imaginou o leitor o seu CV nas mãos destas aberrações da natureza? Eu imaginei isso tudo e não gostei. Não gostei mesmo nada e senti-me muito revoltado por pessoas destas poderem fazer o que fazem: são uns lixos.

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