FRIO
Está. Chuva, granizo. O céu está cinzento. O País está cinzento e nem o sorteio do Euro consegue animar as almas.
O Outono já passou e veio de vez o Inverno.
Por aqui, neste aborto subúrbio deserdado de cidade ainda se sente mais este cinzentismo. Lá ao longe o clarão de Lisboa descrimina ainda mais este isolamento.
Isto não é o Inferno. O Inferno é um lugar quente, vermelho, cheio de diabas a dançar tecno armadas com garfos e a beber alcool. Isto é a embaixada do Céu na Terra. Uma paz de cemitério por vezes insuportável. Aqui, o silêncio faz um barulho intolerável no meu ouvido. Tenho vontade de fugir daqui para fora para lugar nenhum.
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