domingo, março 24, 2019
FLYDUBAY
(Lisboa) A FlyDubai é uma companhia aérea com pouco mais de meia dúzia de dezenas de Boeing 737. Não voa para Portugal. Se eu quiser percorrer a menor distância possível para ver um destes teria de ir à Sicília, na Itália, ao Aeroporto da Catânia. Tive uma vez, no século passado, uma correspondente na Sicília. O professor de inglês dos Salesianos cujo nome não me lembro mas a malta chamava de verdinho, apresentou aos seus alunos umas folhas com muitas bandeiras e cores, da International Youth Service (IYS). Preenchíamos aquelas folhinhas fininhas com quem nos queríamos corresponder em troca de uma taxa e umas semanas depois recebíamos no nosso correio uma carta com a morada da pessoa. Nem sei como efetuava o pagamento. Sei que apenas o primeiro correspondente foi conseguido através do professor. Depois fiquei eu próprio a tratar de arranjar mais. Já me correspondia com outras pessoas a nível nacional. O objectivo era praticar o inglês mas não só. Saber como outras pessoas, outros jovens, viveriam e trocar experiências de vida. A primeira correspondente internacional que arranjei era belga, não me lembro o nome. Depois tive uma de França, do Brasil de quem ainda guardo um postal do Rio de Janeiro e a Rosa, que vivia na Sicília, em Itália, com quem troquei mais correspondência. Com ela e com a Alexandra, de França que teve um acidente de viação e deixou de me responder mais ou menos na altura em que vim para Lisboa estudar. Espero que esteja tudo bem com ela e com todas as outras pessoas com quem me correspondia, dentro e fora de Portugal. A IYS, de acordo com (2) teria fechado em junho de 2008 por falta de clientes, gente interessada em se corresponder por carta. Há um grupo no Facebook que ainda alimenta estas ligações feitas por cartas. Devo a esta experiência ter ganho contacto com outras pessoas que tal como eu queriam comunicar com jovens de outros países. Nunca cheguei a conhecer pessoalmente nenhum penfriend como eram chamados, nem nacional nem internacional mas era mágico receber notícias por carta e escrever contando o que me apetecesse. Engraçado que quando estava diante da folha em branco pensava: mas que tenho eu para escrever de interesse para esta gente? Mas as letras iam saindo da caneta ou do lápis e formando palavras e frases e as cartas de uma página ou uma folha até eram raras. O normal eram umas folhas de escrita. Depois apareceu a Internet mas ficou a vontade de escrever e talvez por isso ainda alimente este blogue lido só por mim mesmo mas não interessa. O que interessa realmente é fazer as coisas e sentir que têm algum significado, nem que seja só para mim. Esse é o sentido da vida também, fazer coisas que nos preenchem e nos dão alegria. É claro que o que me faz feliz não será necessariamente o que faz feliz a outras pessoas nem o contrário.
Referências:
(1) - https://www.airfleets.net
(2) - http://penpallingandletters.blogspot.com/2010/02/iys-international-youth-service-founded_06.html
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