(Funchal) Escreveu o Visconde do Porto da Cruz na página 104 do seu livro A Revolta que "Neste Século das velocidades" fica-se com a impressão de que se encurtou o tempo e desapareceram as distâncias! Há pouco mais de um século a "boa sociedade" de Lisboa ia veranear para Belém e para São José de Ribamar... Era uma viagem demorada... Hoje bastam uns tantos minutos nos carros ronceiros e desconfortáveis da "Carris ou em taxi" para ali ir e vir com a maior facilidade... Outrora ir a Benfica ou ao Lumiar e a Cintra era como ir ao fim do mundo! Hoje faz pouca diferença viver em qualquer dessas localidades, porque é quase como residir em Lisboa...
Esse Romance é de 1954. O Aeroporto da Madeira foi inaugurado dez anos depois, em 1964. Estava ele, o autor dessas linhas, longe de imaginar o que faria o desenvolvimento da aviação nas décadas seguintes. A evolução não deve ficar por aqui. Com o regresso dos supersónicos aviões comerciais, ausentes desde a aposentadoria do Concorde, o que hoje é comum, ou relativamente comum, como ir passar um fim de semana a Paris, Londres ou Roma que requerem, mais ou menos, um par de horas de viagem, pode bem vir a ser aplicado com Sidney ou qualquer destino asiático nas próximas dezenas de anos.
Na imagem, um dos catorze Airbus A380 da empresa alemã Lufthansa. É o A380 de matrícula D-AIMC batizado de Peking. Será Pequim em alemão? Bom ano!
Referências:
(1) - http://aprenderamadeira.net/cruz-visconde-do-porto-da/
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