(Funchal) Creio que vem a propósito do 1º de Maio, de direitos conquistados que não são adquiridos, estão permanentemente ameaçados.
Uma mãe com um bebé de seis meses teve de ficar em casa porque o filho estava doente. O médico passou um atestado de assistência à família, conforme previsto na Lei. Querem saber o que aconteceu? Não... não foi o patrão que levantou qualquer problema. Aceitou muito bem porque , tendo também filhos pequenos, entendeu bem o drama daquela mulher. Quem vociferou, quem a achincalhou , quem duvidou das suas intenções foram os colegas do escritório. Corrijo. "As" colegas do escritório. Os homens, este caso, foram bastante mais compreensivos do que as mulheres. Estas, todas com idade à roda dos vinte, vinte e poucos anos, não demonstraram a menor solidariedade com a colega. Que "já tinha tido quatro meses de boa vida após o nascimento do bebé", que "por este andar passava mais tempo em casa do que a trabalhar", que "bem sabiam o que eram estas doenças, uma excelente desculpa para dormir até tarde, baldar-se ao emprego e passar a tarde no café".
in O Grande Livro do Bebé, O Primeiro Ano de Vida, de Mário Cordeiro.
No ano em que fui pai e antes de o ser também ouvi boquinhas do tipo, então vais iniciar o ano das férias. As pessoas, no geral, confundem privilégios com direitos e quanto a isso não há muito que se possa fazer. É ter paciência e aturar as ignorâncias de cada um.
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