(Lisboa) O Beco da Princesa, um beco sem saída ou um beco cuja entrada coincide com a saída. A entrada e a saída dão para a rua 31 de Janeiro, entre a rua do Bom Jesus e a rua da Ponte Nova. Já não entro neste beco há mais de vinte anos. Mais abaixo, caminhando para o mar, também na rua 31 de Janeiro, no mesmo quarteirão, existe outro beco também ele sem saída, chamado Beco do Tintureiro. Em tempos existia também um bar onde na fotografia se vê uma imagem da Brisa, a bebida dos madeirenses. O nome desse bar não me recordo mas já fechou há muitos anos e todo aquele edifício onde funcionava o bar parece devoluto. Em tempos entravam e saíam escoteiros do beco. O beco não é recto fazendo uma ligeira inflexão para a direita mas é possível na sua entrada ver a porta, ou parte dela, da casa onde esse caminho desemboca. À data desta fotografia era assim e isto já foi em outubro de 2012. Não sei por que razão se chama Beco da Princesa. Procurei mas não encontrei a resposta. Talvez algum leitor saiba e possa-me dizer. Estas linhas podem ficar aqui escritas por muitos anos, talvez depois da minha morte ou para sempre. Talvez um dia alguém que saiba a resposta a esta pergunta se cruze por esta página tal como eu me gostaria de cruzar outra vez por esse beco adentro viajando no tempo das minhas recordações como um filme que está gravado no meu cérebro. Mas um beco é um beco e eu não poderia justificar a minha presença no meio dele se fosse descoberto por alguém que justamente ou não quisesse saber a razão de um estranho estar por ali a passear.
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