segunda-feira, junho 15, 2015
REABASTECER LÁ NO ALTO
(Lisboa) Esta ideia de abastecer aviões em voo não é nova. Ela inclusivamente já é usada pelos militares, não sei se por motivos de poupança de combustível como parece ser o objectivo dos civis mas por ser mais rápido de preparar o avião para a nova missão ou para a continuação da mesma. Para isto ir para a frente o ganho de combustível tem de ser grande para compensar o levar um outro elemento carregado até lá cima. E o somatório desse ganho com o custo de enviar um avião bomba de gasolina tem de ser ainda assim compensador porque para ficar na mesma voamos como até aqui, pelo menos retiramos a operação de risco. O abastecimento lá em cima será sempre uma operação que envolverá algum risco. A indústria da aviação melhorou os seus consumos nas últimas décadas consideravelmente. De acordo com a revista National Geographic, versão original EUA, de abril deste ano, na página 13, um Boeing 727-200, em 1970, percorria 43 milhas por passageiro com um galão. Em 2014 esse valor passou a ser de 76.2, num Boeing 737-800. Não interessa a correspondência destas unidades no sistema métrico. Se procurar na Internet a conversão, rapidamente chegará aos litros e quilómetros equivalentes. O que interessa aqui é que as comparações foram feitas com as mesmas unidades e dá para perceber as diferenças. Mas esta notícia que eu primeiro encontrei no Diário de Notícias da Madeira (1) não é só importante por causa da novidade dos abastecimentos em plena altitude de cruzeiro ou em pleno voo para a aviação civil, ela fez-me pensar que isto ao ir para a frente poderia ser também uma oportunidade de negócio para as ilhas atlânticas já que estes postos de abastecimento, em voos transatlânticos por exemplo, teriam de ser feitos em pleno oceano e aí nesse caso, a geografia beneficiaria a Madeira.
Referências:
(1) - http://www.dnoticias.pt/actualidade/economia/507971-reabastecer-avioes-em-voo-poderia-reduzir-combustivel-em-23
(2) - http://www.cruiser-feeder.eu/
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