sábado, janeiro 10, 2015

JARDIM - A PASSAGEM DE TESTEMUNHO

(Lisboa) Alberto João Jardim passa a pasta da liderança do PSD-M hoje, depois de muito tempo nessa posição. O mesmo acontecerá daqui a uns tempos como Presidente do Governo Regional. Critica a democracia que diz não existir. Segundo o mesmo (1), no seu lugar, existe a partidocracia. Foi na partidocracia que conquistou as suas maiorias e as suas inaugurações e foi com a partidocracia, a mesma que critica, que sempre afastou os seus adversários. Para um admirador da política americana parece-me estranho que não tenha tido hábitos de debate com os principais partidos da oposição (1) e os seus representantes. Tal como muitas vezes referi, a alternativa ao PSD arriscava-se a ser o próprio PSD. Inimaginável para mim, há alguns anos, ouvir pessoas do partido maioritário criticarem a sua própria abertura, a sua própria pluralidade, a qualidade da sua própria capacidade de ouvir os outros e mais, Miguel Albuquerque colocou mesmo em causa a limpeza da eleição de novembro de 2012 em entrevista ao DN-Madeira recentemente (3). Segundo Sérgio Marques o PSD-M não pode ser uma agência de empregos (2). Tudo isto e muito mais foi referido inúmeras vezes pela oposição nas últimas décadas na Madeira, foi conversa de café para muita gente nos últimos trinta anos mas ganha um significado especial quando os próprios reconhecem. Afinal não estava tudo bem. Nem as maiorias absolutas são atestado de qualidade. Nesta última eleição, como Jardim não participou, os delfins saíram todos da toca, com excepção de Albuquerque que em boa altura decidiu avançar sozinho contra o líder histórico regional.

Referências:
(1) http://www.rtp.pt/play/p1718/e178195/grande-entrevista
(2) http://www.dnoticias.pt/actualidade/politica/491681-o-psd-pao-pode-ser-uma-agencia-de-empregos
(3) http://funchal.blogspot.pt/2014/10/miguel-albuquerque.html

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