(Lisboa) Há duas semanas escrevi aqui sobre a primeira fase do Mundial de Futebol 2014 que se realiza no Brasil, como toda a gente deve saber. É um mês em que as pessoas entretêm-se a apoiar as suas seleções. No caso de já terem sido afastadas, escolhem outras até ao grande dia, o dia da final onde jogue quem jogar, quase toda a gente vai ver. Há quem torça pelos mais fracos, há quem torça pelos grandes do costume.
O tema da última vez foram as distâncias que cada equipa vai percorrer na fase de grupos. Há diferenças em quilómetros que são consideráveis. Os EUA, a equipa que mais milhas vai acumular no seu saldo, na primeira fase, terá de percorrer cinco mil seis centos e cinco quilómetros. A que menos vai ver o seu conta quilómetros andar será a Bélgica, com seis centos e oitenta e oito. Com seis centos e oitenta e oito quilómetros de crédito eu chego até Madrid, partindo de Lisboa mas não dá para ir até Barcelona. Se continuar a sair de Lisboa não chego ao Funchal, com os tais seiscentos e oitenta e oito. Fico a mais ou menos a dois terços do caminho. Se o crédito de milhas for o dos Estados Unidos já consigo chegar ao outro lado do Atlântico, partindo de Lisboa: a Nova Iorque, por exemplo. Cinco mil e seiscentos quilómetros é suficiente para chegar às costas dos estados mais a noroeste do Brasil como o Ceará ou o Rio Grande do Norte.
Passada primeira fase, dos oito grupos formados e sorteados na Bahía, os dois melhores classificados de cada um seguem para a fase final. Dois de cada um dos oito grupos, logo, dezasseis. São oito jogos nos dezasseis avos de final. De doze estádios que recebem quatro jogos cada um na fase de grupos, quatro deixam de receber jogos quando se passa para a segunda fase, as dos dezasseisavos de final, são eles: Arena Pantanal (Cuiabá), Arena da Baixada (Curitiba), Arena Amazónia (Manaus) e Estádio das Dunas (Natal). Estes quatro estádios novos só vão servir para quatro jogos do Mundial e depois ficam para as respectivas cidades cuidarem deles e lhes darem uso.
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