sábado, maio 11, 2013

OS 28 DO DN

(Lisboa)  O Diário de Notícias da Madeira, ouvi na TSF, planeia despedir 28 trabalhadores. É conhecida a dificuldade por que passa a imprensa. O Mundo mudou e continua a mudar todos os dias e nos dias que correm, a concorrência na venda de informação é muita. A informação gratuita, em muitos sites da Internet, não consegue encontrar resposta adequada da informação paga. Enquanto isso Jardim, que tem sempre resposta para tudo diz que não pode deixar cair o monopólio nas mãos do Diário. Um desbocado. Na verdade a opinião de Jardim não muda nada e a sua influência acaba quando a terra se transforma em água em toda a fronteira da Ilha da Madeira. A verdade é que não existe concorrência ao Diário de Notícias na Madeira. É o único. O Jornal da Madeira é um panfleto ampliado do partido da maioria local. Quem tem vontade e interesse em o ler não sei, eu não tenho. Não deixa de ser curioso que quem cumpre regras e serve melhor a livre informação tenha mais dificuldades. Dá quase para pensar na justeza de tais pensamentos. Neste país, onde a vida é difícil é sempre complexo avaliar o que é certo e o que é errado. O errado cresce e multiplica-se e encontra nesse crescimento a justificação para a sua existência.

Isto tudo tem a ver com a ideia generalizada que as maiorias têm sempre razão e que a democracia tem de ser confortável. Uma ideia errada que nos custou esta doença crónica. Não se faz nada porque nada parece valer a pena. Ficamos deliciados quando um Beppe Grillo nos anima os dias. É disso que estamos à espera. Temos um Beppe Grillo na Madeira há mais de três décadas e também isso trouxe-nos à nossa triste realidade.

Enquanto isso mais vinte e oito pessoas vão para o desemprego. Os que vão para o desemprego são os daquela classe privilegiada que trabalha pelo menos quarenta horas por semana, não têm sindicatos fortes a defendê-los, ganham em média menos quinze por cento que os outros da outra classe sacrificada, são os que não têm tempo de antena nos telejornais. Enfim, são os que têm de fazer pela vida e não se podem prestar a queixas de barriga cheia.

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