domingo, fevereiro 10, 2013

CARNAVAL BRASILEIRO

BARRA - RIO DE JANEIRO

(Lisboa, menos frio que na Inglaterra mas frio) Fotografia da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, abril de 2012. Final da tarde, liberto do trabalho. Saí do Transamérica, atravessei o pequeno rio num barco a motor ao serviço dos condomínios da zona, caminhei uns dez minutos por entre casas de padrão acima da média e cheguei à marginal. No caminho um ou outro a fazer jogging, o cooperzinho, como se diz por lá. Ainda faz calor e o movimento maior é ao início da noite, final da tarde. A foto transmite calor e o título é um pleonasmo? Talvez, não sei, depende da fé de cada um. Carnaval, para mim é Brasil. Carnaval é tempo quente e nós não temos tempo quente nesta altura do ano, pelo menos aqui em Portugal. Talvez na Madeira se consiga estar bem com pouca roupa, fora de casa. Carnaval é uma festa de rua e o tempo frio desmotiva as festas de rua. Um jornal, na passada sexta-feira listava as empresas que dão a terça-feira aos seus trabalhadores ou, como modernamente se diz agora, aos seus colaboradores. Todos os anos aparece a mesma discussão sobre o feriado ou não feriado desta data. Também no Brasil é mais claro, é feriado e ponto final.

No Carnaval sempre fui mais espectador do que um ator. Lembro-me de ser cowboy nos tempos da Escola da Carreira, no Funchal, e ficou por aí a minha participação ativa. Depois vieram os tempos das noites do travesti mas ao contrário de vários amigos meus, sempre me senti bem com a minha sexualidade e nunca me apeteceu vestir uma saia e os colãs são só para os dias mais frios do ano e para usar por dentro de calças. No cinema e no teatro também sou espectador e isso não me impede de ser um apreciador. Vi algumas vezes o Cortejo de sábado à noite ao vivo, no tempo em que subir a Avenida Zarco era um desafio para muitos carros alegóricos e no tempo em que o Largo do Município era o ponto final do desfile. No domingo de manhã, no dia seguinte, saía com o meu pai, de manhã, e via alguns carros do alegóricos estacionados em frente ao tribunal ou mesmo abandonados no Largo do Colégio, ou nos passeios da Avenida Arriaga. Eram os restos do dia anterior. Na terça-feira o cortejo trapalhão, sem comparação com o outro, mais simples, mais desorganizado. Por vezes saiam repetidos nos dois cortejos, alguns elementos.

Fiquei agradavelmente surpreendido de ver os Cortejo de Sábado do Funchal transmitido na RTP1. Espero que passe a fazer parte da tradição.

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