quinta-feira, julho 12, 2012
OS NOSSOS BRINQUEDOS
(Lisboa) Todos nós temos os nossos brinquedos também! Os governos, os deputados, toda a máquina partidária é um pedaço da sociedade. Quem toma decisões é uma amostra. Se a sociedade tem vícios e não toma decisões eficazes, se cada um de nós, em média, não tem uma relação saudável com o dinheiro e não o consegue controlar o quê nos poderia fazer pensar que os tomam decisões por nós, ou em nome de nós todos, têm? Eles são um apanhado do colectivo (com mérito sem dúvidas nenhumas, haha).
É frequente fazer o exercício de imaginar pessoas conhecidas minhas em cargos de gestão. Sabendo os pequenos vícios que têm e as pequenas corrupções que fazem todos os dias à escala de influências que dominam. Não vejo grandes diferenças.
Lembro-me de há uns tempos ter lido, num artigo da Proteste Investe, a informação de que se a economia paralela migrasse para a economia legal tínhamos um superavit. A própria ideia de défice já é uma espécie de incumprimento aceite. Isto leva-me a pensar que somos pobres porque gostamos de o ser. Encontramos na pobreza uma razão de existência, um conforto. O destino é ser pobre mas o destino pode ser reescrito.
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