(Lisboa) A Rua de São Pedro, na cidade do Funchal. Fiz esta rua muitas e muitas vezes, a pé, a caminho da Escola da Carreira onde fiz a minha primária, ensinado pelo Professor Brás. Digam o que disserem não há carro ou transporte público que substitua o conforto que é ir a pé para a escola ou para o trabalho. É um conforto que não tem preço e ao alcance, creio eu, de uma minoria.
Por vezes penso, que minha empresa tinha muito mais a ganhar se subsidiasse o transporte colectivo. Pagava o passe do funcionário e este deixava de vir de carro para o trabalho. Assim, não precisavam de ter tantos espaços de estacionamento nem tinham, com certeza, uma lista interminável de pessoas em lista de espera para colocarem o carro dentro da empresa. Era uma maneira de incentivar o uso do transporte público que só tem pontos positivos: a conta de gasolina é menor ao final do mês, faz as pessoas andarem um pouco mais a pé, reduz o número de carros que vão para a estrada todos os dias, menos poluição.
Como em tudo há sempre aqueles que vão se opor à medida e dizer que é impossível virem de transportes para o trabalho. Com certeza que alguns terão razão não pela impossibilidade física mas pela impossibilidade prática já que os transportes funcionam um pouco independentes uns dos outros, não existindo uma articulação entre eles. Mas existe muito mais preguiça em mudar do que uma real impossibilidade em fazer essa mudança para o transporte público.
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