quinta-feira, novembro 16, 2006

A NOVA AUTO-INTITULADA VÍTIMA: A BANCA

nota de 500 euros(Lisboa) Já se sabe que quando se fala sobre dinheiro há muita tendência para a inveja e para muito mal estar em relação ao sucesso do nosso vizinho. Vivemos muito mal com a prosperidade dos nossos amigos, dos nossos familiares, dos nossos vizinhos, conhecidos para já não falar com os desconhecidos que todos os dias encontramos em muito maior número.

Mas a questão do arredondamento das taxas de juro ultrapassa isso tudo. Há coisas que não é suposto se fazer porque afectam a nossa credibilidade. A mim não me interessa muito se o resultado final disto for a diminuição das prestações pelos empréstimos. Não é disso que se trata e o Sr. Presidente da Associação Portuguesa de Bancos, João Salgueiro, deveria perceber isso mesmo. Sei muito bem que os bancos, e estão no seu direito, vão buscar lucro a outro lado mas veja o leitor a seguinte situação: eu tenho uma loja de produtos e vendo um deles marcado com o valor de €1.5 a €2 porque arrendondo todos os preços à unidade. Estou a produzir uma informação errada e a dá-la ao consumidor. É disso que se trata: aquilo que muita gente pede é que os bancos sejam mais claros na informação que disponibilizam aos clientes e que vão buscar lucros onde de facto deveriam ir buscar. É só isso que se trata. Não vem nenhum mal ao mundo pelo facto dos lucros dos bancos serem grandes e não pode ser justificação para toda a obra esse argumento.

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