terça-feira, agosto 23, 2005

PORTUGAL DOS PORTUGUESES II

Não tenho visto telejornais. Não tenho visto televisão para além de alguns minutos muito de vez em quando. Não gosto do espectáculo do chamado infotaiment que alguns adoram entre duas garfadas de arroz e um ignorar o resto da família permanente. Sei que o país está a arder pela rádio e embora não veja as imagens que passam nas TVs que toda a gente fala compreendo a gravidade. E passa-se todos os anos. Já ouviram a expressão época dos fogos? Existe também a época das cheias, a época das gripes e se calhar outras épocas. Existem estas fatalidades que ninguém pode escapar. Depois das épocas volta tudo à normalidade e esquecemo-nos das nossas capacidades de aprendizagem. Aprender com os erros. Prevenir o futuro. Não fazemos porque logo aparecem outras coisas que nos remetem para a tranquilidade. A pachorrenta tranquilidade do futebol. Esquecemos que somos nós que construímos o nosso futuro mais do que os outros.
Essa é uma das coisas que mais errita no ser português: o deixa andar e esperar por dias melhores. Esperar por dias melhores? Como esperar? Se se espera não se actua. Se não se actua e somamos dois com dois o resultado será sempre quatro. Para cinco é preciso somar dois com três por exemplo. Resultados diferentes requerem comportamentos diferentes.

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