terça-feira, março 08, 2005

TIAGO MONTEIRO POSITIVO

E começou a F1. Este ano com outros motivos de interesse para o público português. Não é hábito ter um piloto luso na F1. Aproveitem.
Nós, portugueses, não devemos exigir muito mais do Tiago do que ele conseguiu este fim de semana. Não dá para mais. Alguém escrevia há uns dias atrás que se ele conseguisse passar David Coulthard já era muito bom. Esqueçam, a Red Bull está noutro campeonato. Não vai dar para o Tiago concorrer com eles. O mais importante na Malásia é conseguir o que não foi conseguido no Domingo passado: ficar, no fim da corrida um lugar acima do indiano. Mais alto é muito pouco provável é superar os lentos Minardis é uma obrigação. Logo, com vinte carros à partida o objectivo parece ser o décimo sexto lugar.

Eram três os objectivos que se colocavam a Tiago Monteiro. O primeiro deles era terminar a prova. Na primeira corrida da época é frequênte o número de abandonos ser grande ainda mais num ano com mudanças a nível de regulamento e terminar até pode significar ganhar pontos. O segundo objectivo consistia em superar a Minardi. Sejamos claros, a Jordan não está lá para ganhar provas e é inclusive o segundo pior carro atrás da Minardi. Aumentava importância desse objectivo sabendo que os carros italianos com a composição de 2005 nem testados tinham sido. O terceiro objectivo era superar o Narain Karthikeyan mas infelizmente isso não aconteceu. O Tiago perdeu uma batalha mas a guerra é longa e este ano ainda faltam dezoito corridas para acabar a época.

Fisichella que há umas semanas atrás fazia capa no Autosport com a sua vontade de ganhar no país dos cangurus levou mesmo o troféu maior e subiu ao degrau mais alto do pódio mostrando que a Renault quer e tem material para conquistar os dois títulos.
A Ferrari não teve um fim de semana mau e o segundo lugar de Barrichello demonstra que embora não estejam imbatíveis como no ano passado estão lá para ganhar também. O abandono de Schumacher Hepta coloca-o pela primeira vez atrás pontualmente na equipa mas acredito que é muito cedo para essa pressão começar a aparecer. O piloto alemão tem muita experiência de não ganhar e sabe que a persistência é uma qualidade muito valiosa.
O mais surpreendente desta corrida inaugural na Austrália para mim foi o lugar ocupado por David Coulthard. A equipa que renasceu da Jaguar parece com vontade de crescer e fazer esquecer o passado recente.

Daqui a duas semanas o circo estará na Malásia mas muitos afirmam que a F1 só começa mesmo quando as corridas chegam à Europa. Quem viver verá.

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