quinta-feira, março 03, 2005

O REGRESSO DO CIRCO

Este fim de semana começa mais um Mundial de F1. Na Austrália, como já vem sendo hábito desde os últimos dez anos. Não sei bem definir o que me atrai na F1 e no desporto motorizado em geral já que não sou um praticante da velocidade no dia a dia. Não sou um daqueles condutores que conduzem (mal) só com uma mão ou que usam (mal) o travão de mão ou daqueles machos de bairro que gostam de (estupidamente) arrastar pneu sabendo que a maior velocidade está associada sim ao rolamento da roda e não ao seu arrastamento. Mas gosto. Gosto da competitividade entre seres humanos. Da competição, daquela que faz com que acordemos mais bem dispostos todos os dias, daquela que nos faz fazer melhor porque o nosso concorrente está a fazer um bom trabalho e nós queremos fazer melhor ainda. Gosto da estratégia matemática que envolve várias variáveis como tipo de pneumático, quantidade de combustível no tanque e acerto de carro.

Voltando à F1 que é o que interessa. Este ano os portugueses vão vibrar mais porque Tiago Monteiro vai ser um dos poucos previlegiados que perticiparão num Grande Prémio. Isso e também o percurso que teve até chegar à F1 levam-me a estar atento às suas acções dentro de pista e a fazer parte daqueles que são os seus fãs. Não posso esperar que ele ganhe corridas mas que aprenda o melhor que puder e que esses modestos resultados para uns mas grandes para ele possam catapultá-lo para equipas com objectivos mais exigentes. Para além do patriotismo outras ansiedades tomam conta de mim nestes primeiros dias de Março, nestes primeiros dias (a sério!) de F1 de 2005. Será este ano um ano Schumacheriano? Acredito que sim. Quem serão os outros candidatos ao título para além da Ferrari? O novo regulamento veio para ficar ou vai ser mudado para o ano ou já este ano? E como será esse regulamento aceite nos que seguem a F1? Muitas perguntas que vão encontrar respostas já nos próximos meses.

Por enquanto a nossa referência são os testes de prétemporada. Testes são testes, não contam nada. Nunca se sabe em que condições um carro testa. Nunca se sabe se o recorde da pista em testes é batido com o carro dentro dos regulamentos ou não e por isso testes são um mau ponto de referência. Reparem os leitores que nos testes os carros não são inspeccionados pela FIA. As equipas estão completamente por sua conta e risco e por vezes um bom tempo e um lugar bem alto na tabela de tempos pode ser um bom argumento para arranjar um patrocinador. Afinal de contas as equipas vivem disso.

Por cá as imagens podem ser encontradas na RTP1, na madrugada do próximo Domingo no início da terceira hora do dia. Para quem gosta muito porque estar acordado a essa hora com o frio que nesta altura faz não é para qualquer um.

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