domingo, setembro 12, 2004

MEMÓRIAS DE CABO VERDE. Dia 24.

CABO VERDE
Avião à uma hora da manhã.
No Aeroporto Amílcar Cabral encontro o casal de belgas que encontrei quando ia para a Ilha de Santo Antão e que reencontrei quando vinha para S. Vicente de novo e de novo aqui. Cumprimentei-os com um ligeiro movimento de cabeça ao qual fui respondido e continuei no meu processo de check in. Como sou grosseiro! Mas nós nunca tínhamos falado e eu não falei com eles ali também. A belga cujo nome não sei era uma doçura.
Despachei as minhas malas e fui-me sentar num banco ainda a fazer o balanço da viagem que naquela noite iria terminar. Sempre a tentar desfrutar ao máximo de um lugar onde não sei se voltarei algum dia a visitar novamente.
No balcão a belga falava empenhadamente com a funcionária dos TACV. Eu não os vi no avião nem em Lisboa, na chegada, por isso penso que terão apanhado outro voo.
Fui andando pela área dos passageiros tentado encontrar algum souvenir e sem perceber porquê sentia aquela necessidade de souvenir tal como não percebo a necessidade de usar essa palavra neste texto.
As recordações que tenho não se podem reduzir a uma coisa que é comprada numa loja. As recordações que tenho ficam comigo, são feitas das pessoas que conheci, dos lugares onde estive, do que vi, imaginei e pensei em cada lugar, em cada momento. Não, cheguei à conclusão que não ia comprar nada para mim nem para ninguém.
Já no autocarro vieram-me mudar de lugar para classe executiva. Não sei por que fizeram isso, não foi a primeira nem a segunda vez que isso aconteceu mas posso dizer que foi um presente agradável da TAP. Como estava fresco no autocarro de transporte até ao avião! O pessoal abusa do ar condicionado! Estas mudanças de temperaturas não são boas para o corpo.
De regresso voltei a ver luzes nas Ilhas Canárias e de regresso também o dia nascia em Portugal. Eram quase sete horas da manhã quando aterrei na Portela.
Chegada a Lisboa. The End.

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