TV BLOGUE - CHUVA QUENTE

(Lisboa) Repararam no tamanho relativo do Planeta Terra que a certa altura apareceu? Cada segundo corresponde a seis minutos, ou seja, o vídeo está acelerado trezentas e sessenta vezes.

TV BLOGUE - V1, ROTATE

(Lisboa) Viajar é um bom remédio para combater a onda negativismo que varre todo o país. Convido-os para um passeio. Uma viagem entre o Galeão (Rio de Janeiro) e Guarulhos (São Paulo). Lindo. É o melhor que vos consigo arranjar. Melhor que isto só mesmo entrar no avião e fazer a viagem. Apertem os cintos e relaxem, como se diz no vídeo de segurança da TAP. São só quarenta e três minutos de viagem.

EDIFÍCIO ANDRAUS

(Lisboa) No dia 24 de Fevereiro de 1972 o Edifício Andraus, há quarenta e um anos, sofria um incêndio que provocou vítimas fatais. O Edifício Andraus fica muito perto da Praça da República, oposto ao Edifício Itália. A foto foi tirada deste último e o edifício que escrevo está no centro da foto. Ele é atravessado pela divisória no vidro.

TV BLOGUE - AS VOLTAS DA ÁGUA

(Lisboa) As Voltas da Água é um documentário feito pela RTP-Madeira (autoria de Raimundo Quintal) no já longínquo ano de 1993. Nessa altura a Via Rápida ainda estava a ser construída e não deveria passar muito de São Martinho. Da descida que vai para os Socorridos, onde nesses tempos, à direita de quem vem do Funchal estava uma antena enorme, de reflector parabólico. A cota 200 estava pensada mas ainda também não construída. O Teleférico que liga o centro do Funchal ao Monte não existia. A TAP ainda aterrava os Boeing na pista de Santa Catarina. Nessa altura os aviões faziam muito mais barulho. O Aeroporto da Madeira ainda tinha a pista antiga, menos extensa, mais curta e perigosa. A estrada que o ligava à então única cidade da Madeira percorria as encostas todas demorando, para a percorrer, bastante mais tempo do que hoje se leva pela nova estrada. Não sei se já existia rede móvel na Ilha em 1993, talvez não, embora o serviço móvel tenha começado em 1992 em Portugal. A Optimus não existia nesta altura. O Banco Português do Atlântico, onde trabalhava o meu pai ainda não tinha sido engolido pelo pequeno (na altura) BCP. Os anos noventa do século XX foram os anos das obras, do dinheiro fácil que vinha da Europa. Era o máximo, a Madeira estava a mudar rapidamente e parecia que o ter era garantia de ser. O Senna era vivo e eu estudava nos Salesianos, muito chateado por estar numa escola masculina e de padres.

Voltando ao tema do documentário. A água é um recurso muito importante. Importante demais para ser privatizado nesta economia global onde basicamente o consumidor ganha pouco com isso (ou nada) e os pequenos são todos, mas mesmo todos, engolidos pelos maiores que ficam cada vez mais gordos. São 24 minutos de documentário. Desligue a televisão cheia de notícias deprimentes e relaxe com mais esta obra de Raimundo Quintal.

AVENIDA SÁ CARNEIRO

(Lisboa) O navio é o Grand Mistral. A avenida é a recentemente restaurada e transformada Avenida Sá Carneiro, no Funchal. O tempo não anda bom. Chuva e vento, mas não há mal que sempre dure.

AIDASOL

(Lisboa) Será que alguém vive em cruzeiros? O ano inteiro a viajar e a visitar os portos por onde passa. Uma versão aventureiro conservadora em que o dinheiro não só paga o conforto mas também a falta de segurança de andar por aí, num barco à vela. A foto é do AidaSol em Outubro de 2012, no Porto do Funchal. Ficou bonita a Praça do Mar, creio que é o nome que deram ao espaço aberto e miratório (esta palavra é capaz de não existir nos dicionários) do cais norte. Voltando ao tema inicial. Era preciso ser muito inútil na vida para viver o ano inteiro num barco de cruzeiros. A riqueza verdadeira é fazer o que se quer, quando se quer. Não é viver a vida inteira de papo para o ar, igual a um inútil. Se conhecerem algum inútil que viva a vida assim enviem um comentário ou escrevam-me um email. Coloquei um email de contacto lá perto do título deste blog. Aliás, se tiverem fotografias antigas da Madeira podem mandar. O único requisito é serem os donos dos direitos de autor das fotos e autorizarem-me a publicar. Nada mais.

TV BLOGUE - O PRINCÍPIO DO FIM DO MUNDO

(Lisboa) Está muito boa esta compilação de vídeos sobre o meteorito da Rússia. Num dos vídeos parece que vem na direcção do vídeo amador. Entretanto já se sabe o tamanho da rocha celeste. Segundo a NASA, teria o tamanho de um carro ligeiro. Não é preciso muito para fazer mossa no nosso planeta. Estas coisas parecem que acontecem só a russos e americanos. Também parece que nada acontece em Portugal. É só uma sorte estatística. Portugal é um país pequeno em área (não só em valores) por isso a probabilidade de acontecer é proporcional.

TERAPIA DA REJEIÇÃO

(Lisboa) Todos os dias, ao longo de cem, Jia aceita o desafio de procurar um não que parece garantido. Ele tem um blogue, grava vídeos e claro, tem a representação no Facebook desta missão. Todos temos medo ou receio dos nãos. Evitamos dizer que nos candidatamos a isto ou aquilo e não fomos escolhidos. Só comunicamos quando a vitória é garantida. Esta missão de procurar um não é mesmo uma terapia.

TV BLOGUE - ATERRAR EM SÃO JORGE

(Lisboa) São Jorge, não da Madeira mas sim a ilha nos Açores. O título do vídeo, em inglês, não ultrapasse esta pista. Poderia ser no Aeroporto da Madeira, há uns anos atrás. Creio que haverá algumas pistas assim, sempre em ilhas, um pouco por todo o mundo. Na Ilha de Santo Antão, em Cabo Verde,  na Ponta do Sol, o aeroporto também é pequeníssimo, consta-me que estará encerrado há anos.

NOVA VIDA PARA O ORELHÃO

(Lisboa) Existem quase um milhão de orelhões por todo o país (Brasil). Mais de metade vão ser abatidos por falta de uso. No entanto, os que ficarem vão ter direito a uma nova vida. Serão centros multimédia ou pontos de acesso. Não consigo imaginar muito bem qual o resultado final da transformação mas a noticia completa de O Globo está aqui. Aproveitem enquanto existem para bater fotos dos orelhões. Se tiverem imagens de orelhões mandem para mim. Eu só tenho de São Paulo, onde são amarelos e do Rio de Janeiro, onde são iguais aos da fotografia. Não sei se tenho alguma coisa de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul mas sem dúvida os mais comuns para mim são os da capital do Estado de São Paulo. Como será um orelhão em Amapá, no Acre, em Roraima ou no Maranhão? Será patrocinado pela Telefonica Brasil, pela Oi ou por outra operadora?

CARNAVAL BRASILEIRO

(Lisboa, menos frio que na Inglaterra mas frio) Fotografia da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, abril de 2012. Final da tarde, liberto do trabalho. Saí do Transamérica, atravessei o pequeno rio num barco a motor ao serviço dos condomínios da zona, caminhei uns dez minutos por entre casas de padrão acima da média e cheguei à marginal. No caminho um ou outro a fazer jogging, o cooperzinho, como se diz por lá. Ainda faz calor e o movimento maior é ao início da noite, final da tarde. A foto transmite calor e o título é um pleonasmo? Talvez, não sei, depende da fé de cada um. Carnaval, para mim é Brasil. Carnaval é tempo quente e nós não temos tempo quente nesta altura do ano, pelo menos aqui em Portugal. Talvez na Madeira se consiga estar bem com pouca roupa, fora de casa. Carnaval é uma festa de rua e o tempo frio desmotiva as festas de rua. Um jornal, na passada sexta-feira listava as empresas que dão a terça-feira aos seus trabalhadores ou, como modernamente se diz agora, aos seus colaboradores. Todos os anos aparece a mesma discussão sobre o feriado ou não feriado desta data. Também no Brasil é mais claro, é feriado e ponto final.

No Carnaval sempre fui mais espectador do que um ator. Lembro-me de ser cowboy nos tempos da Escola da Carreira, no Funchal, e ficou por aí a minha participação ativa. Depois vieram os tempos das noites do travesti mas ao contrário de vários amigos meus, sempre me senti bem com a minha sexualidade e nunca me apeteceu vestir uma saia e os colãs são só para os dias mais frios do ano e para usar por dentro de calças. No cinema e no teatro também sou espectador e isso não me impede de ser um apreciador. Vi algumas vezes o Cortejo de sábado à noite ao vivo, no tempo em que subir a Avenida Zarco era um desafio para muitos carros alegóricos e no tempo em que o Largo do Município era o ponto final do desfile. No domingo de manhã, no dia seguinte, saía com o meu pai, de manhã, e via alguns carros do alegóricos estacionados em frente ao tribunal ou mesmo abandonados no Largo do Colégio, ou nos passeios da Avenida Arriaga. Eram os restos do dia anterior. Na terça-feira o cortejo trapalhão, sem comparação com o outro, mais simples, mais desorganizado. Por vezes saiam repetidos nos dois cortejos, alguns elementos.

Fiquei agradavelmente surpreendido de ver os Cortejo de Sábado do Funchal transmitido na RTP1. Espero que passe a fazer parte da tradição.

OS PUTOS RICOS DO INSTAGRAM

(Basinstoke, 51º15'N 1º04'W) Está um frio de rachar, lá fora. Instagram, para quem não sabe, é um repositório de fotos que se tiram com o telemóvel ou com um tablet. Com uma coisa dessas. Ficam armazenadas algures na rede e ou no seu equipamento até haver uma ligação à Internet. Não sei quem fez este blog. O nome do blog é Rich Kids of Instagram. A fazer de subtítulo aparece a mensagem Eles têm mais dinheiro do que tu, e é isto que fazem com ele. Cada imagem tem uma história de ficção que se vai formar na nossa cabeça. Alguns ficarão indignados que em tempos como este se ostente tanto mas na verdade gostam é de fazer o mesmo e fazem-no à sua escala nos facebooks da rede. A única condição para uma foto aparecer aqui é não poder ter sido tirada por qualquer um.

Gostei particularmente da imagem do gato selvagem.

Já que roubei a imagem do site devo também colocar o link para quem quiser visitá-lo. http://richkidsofinstagram.tumblr.com/

BASINGSTOKE

(Basingstoke, com muito frio e a ficar cada dia pior) Fica a uns oitenta quilómetros de Londres mais ou menos na direcção de sudoeste. Uma hora de comboio da capital, mais ou menos o mesmo tempo de carro para o Aeroporto de Heathrow. Sabem quem é a Elizabeth Hurley? Ela é de cá. Tirando o taxista que nasceu em Espanha e lá viveu durante mais de vinte anos e obviamente depois desse tempo todo, falava espanhol, nada de verdadeiramente fora de série aconteceu comigo aqui. É sempre agradável estar em Inglaterra. O país é limpinho e a chuva frequente por estas latitudes também ajuda a lavar muita coisa. Tudo é verdinho, as casas são acolhedoras e quentes mesmo no inverno, os ingleses falam inglês e a minha televisão, desta vez, fica bem desligada que é o melhor. Há muito tempo que as notícias são sempre as mesmas por aqui e por ali. Não passa daquilo. Sem querer me por em bicos dos pés, parece que estamos a chegar ao fim de algo. O fim do mundo de há dois meses atrás caiu bem nestes tempos de pouca esperança e incerteza mas talvez não seja bem o fim do mundo que aí vem. Virá outra cena qualquer. Depois de acontecer vou poder escrever eu bem vos disse, armando-me em comentador de TVI. O mundo mudou. Eu acho que sempre mudou e não apenas agora. A boa notícia é que vai continuar a mudar e vamos continuar a ter dias e noites e verão e inverno. Talvez me estejam a ler daqui a cinco minutos, num domingo à tarde no ano de 2050 mas, aqui, nesta hora em que vos escrevo, desejo-vos uma boa noite.

BOM DIA

(Basingstoke) Serve este artigo para testar a escrita do blogue num telefone esperto, o que se costuma chamar um smartphone. Estes telefones espertos são, em alguns casos, muito pouco espertos mas isso é só a minha opinião.

TV BLOGUE - A DANÇA DE HEATHROW

(Londres) Creio que o vídeo tem um erro. Normalmente o sentido de descolagem é o mesmo que o sentido de aterragem. É impressionante como a capacidade do aeroporto pode ser levada ao limite. Sessenta e três milhões de passageiros por ano. Isso dá cento e setenta e duas mil pessoas por dia. Em Heathrow, os aviões dançam uma dança complexa e de regras apertadas mas bem definidas. Gosto de ver os recursos usados até ao seu limite. Não acho positivo construir alguma coisa só para ficarmos com algo novo.